27 de março de 2009

A REVOLUÇÃO SOCIAL 1945-90

Nadir Costa





No século XX o mundo o entrou numa transformação rápida e universal que a história humana já viveu . Para se notar essas transformações levou-se algum tempo. Para a 80% da humanidade , a Idade Média acabou em meados da década de 1950, mas percebeu-se que ela acabou na década de 1960. Os que viveram essas transformações não perceberam toda a sua extensão, porque essas transformações era gradativa e por mais dramáticas que sejam, não são concebidas como revoluções permanentes.

A mudança social que mais marcou a Segunda metade deste século foi a morte do campesinato, com exceção da Grã-Bretanha que a maioria da população empregada era de agricultores e camponeses.

No início da década de 1980, menos de três em cada cem britânicos ou belgas estavam na agricultura. Nos EUA a população agrícola também declinou em idêntica proporção. No Japão, os camponeses foram reduzidos de 52,4% da população em 1994 a 9% em 1985.

Com essas estatísticas ficou comprovado a previsão de Marx de que a industrialização acabaria com o campesinato. Enquanto a maioria camponesa diminuía em vários países, na Europa agrária ainda aravam a terra. Mas na década de 1980 só u bastião de camponeses restava na Europa e no Oriente Médio ou seus arredores. Apenas três regiões permaneceram dominadas por aldeias e campos: África subsaariana, o sul e o sudeste da Ásia continental e a China. Nessas regiões os camponeses representavam a metade da raça humana no fim do nosso período. Porém já desmoronavam pela bordas sob as pressões do desenvolvimento econômico.

O progresso agrícola ocasionou o êxodo do campo na maior parte do mundo, os países desenvolvidos transformaram em grandes produtores agrícolas para o mercado mundial, o aspecto mais visível era a quantidade de máquinas utilizadas e a disposição dos agricultores de países ricos, e menos visível mas significativa era a Química agrícola que era utilizadas. Não mais se precisava de grande números e mãos de obras para se colher uma safra.

Nas regiões pobres do mundo a revolução agrícola também foi notada embora fosse em menor escala. Nos países do Terceiro Mundo e partes do Segundo Mundo não mais alimentavam a si mesmos, e muitos menos produziam os grandes excedentes exportáveis de alimentos que se poderia esperar de países agrários. As regiões das quais os camponeses saíam em massa eram muitas vezes, pouco povoadas e cultivadas, e tinham fronteiras abertas para as quais uma pequena proporção dos compatriotas migrava como posseiros e colonos livres.

O mundo da Segunda metade do século XX tornou-se urbanizado, em meados da década de 1980, 42% da população era urbana, se não fosse o peso das enormes populações rurais da China e Índia, que equivale três quartos de camponeses asiáticos. A “cidade grande” tornou-se uma região de assentamentos, em geral concentrados numa área ou áreas centrais de comércio ou administração. A partir da década de 1960 houve uma revolução no transporte público, e, novos meios de transporte suburbanos foram construídos ao mesmo tempo. Contudo na cidade do Terceiro Mundo o sistema de transporte eram absoletos e inadequados, mesmos sendo utilizado por 10 a 20 milhões de habitantes que gastavam várias horas de viagem por dia para irem trabalhar.











No fim da década de 1980 os governos ofereciam à população a alfabetização básica, e, só os estados mais honestos admitiam ter até metade de sua população analfabeta, na África admitiam que menos de 20% de sua população sabia ler e escrever. A alfabetização progrediu, apenas nos países comunistas eram admitidos que haviam liquidado o analfabetismo num tempo bem curto. A alfabetização em massa gerou uma demanda para a educação secundária e superior.

Na década de 1960 os estudantes tinham costituído, social e políticamente, uma força que jamais haviam sido.Pois em 1968 as explosões de radicalismo estudantil em todo o mundo falaram mais alto que as estatísticas. À primeira vista nota-se que a corrida as universidades nos países socialistas fora bem menos acentuadas.

Supreendentemente o crescimento da educação superior, no início da década 1950 produziu 100 mil professores no nível universitários causada pela pressão dos consumidores, apesar dos governos socialistas não estarem preparados. Para conquistar um status e uma renda melhor, as famílias corriam a pôr os filhos nas universidades. A grande explosão mundial possibilitou as famílias modestas, empregados de escritórios e funcionários públicos, logistas e pequenos comerciantes, fazendeiros e, no Ocidente, até prósperos operários a pagar em tempo integral os estudos de seus filhos.Em países democráticos e igualitários, ao terminar os estudos secundários os alunos passavam automaticamente para as escolas superiores que multiplicaram–se para receber os novos alunos, e na década de 1970 os novos estabelecimentos universitários quase dobrou no mundo.

Essas massas de moças e rapazes e seus professores, constituíam um novo fator na cultura e na política . Movimentavam-se e comunicando idéias e experiências, como mostrou na década de 1960 o radicalismo estudantil principalmente em países ditoriais. A política deles era a capacidade de agir com sinais e detonadores para grupos maiores, mas que se inflamavam menos . Em 1968 provocaram enormes ondas de greves operárias na França e Itália.

As rebeliões estandantis parecem detonar a revolução, forçando o governo a tratá-los como sério perigo público, massacrando-os como na praça Tiananmen, em Pequim. Apos o fracasso alguns estudantes radicais tentaram fazer revoluções sozinhos, através de terrorismo de pequenos grupos, mas não houve impacto político sério e onde ocorreu essa ameaça, foram eliminados. Os únicos sobreviventes dessas iniciativas na última década do século eram o grupo terrorista nacionalista basco ETA e a guerrilha camponesa teoricamente comunista Sendero Luminoso no Peru, e antes da Segunda Guerra Mundial, a grande maioria dos estudantes na Europa Central e Ocidental e na América do Norte era apolítica ou de direita.

Durante esses dez anos, o número de estudantes de humanidades multiplicou, a consequência foi tensão entre essa massa de estudantes, despejadas nas universidades e instituições que não estavam preparadas para tal influxo. E, além disso ir para a universidade deixou de ser privilégio e constituía uma recompensa em si, e as limitações que lhes era imposta deixava-nos mais ressentidos o que ampliava –se ressentimentos contra qualquer autoridade , e portanto no Ocidente os estudantes inclinavam-se para a esquerda.

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