27 de março de 2009
O engenho colonial.
Teixeira Jr., Luiz Alexandre: O Engenho Colonial. O Cotidiano da História. Editora Ática.
Teixeira em seu livro O Engenho Colonial, relata o dia-a-dia da sociedade canavieira na época colonial, ele cita a importância do nascimento de descendente varão do senhor e que isso era motivo de festa. O autor enfatiza o poder do senhor em relação aos seus familiares, escravos e os agregados da propriedade.
No livro de Arruda; o senhor de Engenho era a pessoa que detinha o maior poder dentro da família e da sociedade brasileira daquela época. De forma idêntica; Maria Cristina Giovani diz em seu livro: “ os senhores de engenhos eram os mais importantes e influentes proprietários de terra, tinham grande poder econômico, social e político, eram temidos. Todas as pessoas que viviam em suas propriedades estavam sob seu domínio e deviam obedecê-lo, tinham poder de vida e morte sobre seus escravos, trabalhadores livres e seus familiares.
O autor cita que o trabalho dos escravos era duro e eram constantemente vigiados pelos feitores e a qualquer deslize era castigado a chicotadas, e se cometessem alguma falha ou fugissem eram levados ao tronco e o castigo era visto por todos os que estivessem na propriedade.
Piletti diz: “ que os escravos começavam a trabalhas ao raiar do dia e só paravam ao escurecer. Quase não tinham descanso. Nos engenhos as condições de trabalho eram extremamente duro, tanto nos canaviais quanto nas moendas e nas caldeira”.
Tanto Piletti quanto Teixeira concordam em relação a alimentação dos escravos; que eram insuficientes e de péssima qualidade, e que eles aproveitavam as sobras das comida dos senhores, principalmente nos dias de festa.
Quando havia festas as mulheres vestiam suas melhores roupas, os escravos eram também vestidos para acompanhar seus donos , principalmente quando a festa era em outra propriedade.
Ao se comparar o autor com outros autores de livros didáticos percebe-se que na maioria deles há uma certa semelhança dos fatos, apesar de que os livros didáticos trazem os conteúdos muito resumido, levando o leitor a ter que examinar várias obras para completar o entendimento.
Os manuais erram pela omissão, redução e simplificação ao não considerar todo o processo histórico em curso no continente. Sobre a escravidão no Brasil, o exemplo mais claro disso é a forma como o negro é tratado nos livros didáticos, mesmo os mais politicamente corretos, acabam tratando o negro como objeto. “ A maioria das figuras nos livros, mostram sempre o negro apanhando, em uma situação constrangedora em relação ao branco”. Ignoram os casos de ascensão social de negros. Há registro de negros que se tornaram livres e compravam escravos.
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