História do Brasil
Líder da Coluna Prestes que percorreu 25 mil quilômetros, partindo do Sul do Brasil, em 1925. A coluna Prestes foi uma tropa formada por centenas de militares, cujo objetivo era a derrubada do governo das oligarquias. A coluna desenvolveu uma guerrilha no interior do Brasil, combatendo os coronéis e incitando o povo à luta contra a opressão.Luiz Carlos Prestes, engenheiro, nasceu em Porto Alegre em janeiro de 1898. À frente da Coluna, liderou tenentes em defesa de um nacionalismo econômico do qual nunca se afastou. Prestes foi um dos mais ferrenhos e convictos defensores do ideal tenentista, nos tumultuados anos 20.Exilado posteriormente na Argentina, mais precisamente em 1929, Prestes articula-se com os revolucionários que preparavam a derrubada do governo Washigton Luis, e acaba denunciando o movimento como uma simples troca de elites burguesas no poder e toma a decisão de filiar-se ao Partido Comunista do Brasil ?PCB ? cujo levante é frustrado em 1935. Preso e condenado, Prestes, torna-se o perseguido político mais famoso da América Latina. Luiz Carlos Prestes foi o principal dirigente comunista do país até a década de 80. Morreu aos 92 anos, sem partido, porque havia sido expulso do PCB, mas manteve-se um comunista convicto. Graças a última anistia política foi condecorado general aos 74 anos, embora sempre tenha sido reconhecido por seus comandados e até por seus inimigos como capitão-general. Cavaleiro da Esperança é a legenda que lhe atribui Jorge Amado ao escrever sua biografia.
Fonte:http://www.netsaber.com.br
4 de abril de 2009
UNIÃO IBÉRICA 1580-1640 E AS INVASÕES HOLANDESAS
A Invasão Holandesa No Brasil
(História do Brasil)
Sebastião, rei de Portugal, morre na Batalha de Alcácer-Quibir, na África em 1578.
Assume o cardeal Henrique que morre dois anos depois.Não deixou herdeiros, terminando a Dinastia de Avis. Felipe II, rei da Espanha e primo de Sebastião apodera-se do império colonial português. Todas as terras portuguesas passam ao domínio da Coroa Espanhola.
A União Ibérica colocou o Brasil no centro das disputas que envolviam a Espanha.
Em 1595 a Holanda atingiu o centro de produção das especiarias, abrindo um canal com o Oriente. Felipe II proibiu o comércio espanhol com os holandeses. Em 1602 os holandeses criam a Companhia das Índias Orientais que monopolizou o comércio0 com o Oriente e impõe uma dura derrota a Felipe II.
OS HOLANDESES NO BRASIL
Com grande interesse no açúcar brasileiro, que tinha capital da Holanda investido aqui.
Quando a União Ibérica fez do Brasil uma colônia espanhola, os holandeses viram o lucrativo negócio ameaçado e decidiram ocupar a área produtora de açúcar, o Nordeste brasileiro.A primeira tentativa foi na Bahia em 1624, houve resistência da esquadra espanhola. Em 1630, os holandeses invadem Pernambuco, região menos policiada e grande produtora de açúcar. Até 1634 enfrentaram a resistência portuguesa, porém a desestruturação da lavoura canavieira e a destruição dos engenhos nas lutas e fugas dos escravos, acabou em rendição.
João Maurício de Nassau, estabeleceu a paz na região, liberou crédito aos proprietários para reconstituírem as lavouras e os engenhos e também para comprarem escravos.
Recife, capital do governo holandês no Brasil, foi urbanizada. Implantou a tolerância religiosa, liberdade de culto a católicos e judeus. ( os holandeses eram protestantes).
Depois de consolidada Pernambuco, os holandeses se expandiram para o Maranhão e Sergipe.
INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA
A partir de 1645 inicia uma luta contra a Companhia das Índias Ocidentais, habitantes da colônia ajudados por Portugal que lutava para se reestruturar eclodem a Insurreição Pernambucana. Em 1654 expulsam os holandeses que levam mudas de cana para as Antilhas Holandesas, gerando uma concorrência internacional ao açúcar brasileiro.
Uma grave crise econômica se instalou em Portugal e o empobrecimento dos poderosos
Senhores de engenho.
fonte:
http://www.netsaber.com.br
(História do Brasil)
Sebastião, rei de Portugal, morre na Batalha de Alcácer-Quibir, na África em 1578.
Assume o cardeal Henrique que morre dois anos depois.Não deixou herdeiros, terminando a Dinastia de Avis. Felipe II, rei da Espanha e primo de Sebastião apodera-se do império colonial português. Todas as terras portuguesas passam ao domínio da Coroa Espanhola.
A União Ibérica colocou o Brasil no centro das disputas que envolviam a Espanha.
Em 1595 a Holanda atingiu o centro de produção das especiarias, abrindo um canal com o Oriente. Felipe II proibiu o comércio espanhol com os holandeses. Em 1602 os holandeses criam a Companhia das Índias Orientais que monopolizou o comércio0 com o Oriente e impõe uma dura derrota a Felipe II.
OS HOLANDESES NO BRASIL
Com grande interesse no açúcar brasileiro, que tinha capital da Holanda investido aqui.
Quando a União Ibérica fez do Brasil uma colônia espanhola, os holandeses viram o lucrativo negócio ameaçado e decidiram ocupar a área produtora de açúcar, o Nordeste brasileiro.A primeira tentativa foi na Bahia em 1624, houve resistência da esquadra espanhola. Em 1630, os holandeses invadem Pernambuco, região menos policiada e grande produtora de açúcar. Até 1634 enfrentaram a resistência portuguesa, porém a desestruturação da lavoura canavieira e a destruição dos engenhos nas lutas e fugas dos escravos, acabou em rendição.
João Maurício de Nassau, estabeleceu a paz na região, liberou crédito aos proprietários para reconstituírem as lavouras e os engenhos e também para comprarem escravos.
Recife, capital do governo holandês no Brasil, foi urbanizada. Implantou a tolerância religiosa, liberdade de culto a católicos e judeus. ( os holandeses eram protestantes).
Depois de consolidada Pernambuco, os holandeses se expandiram para o Maranhão e Sergipe.
INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA
A partir de 1645 inicia uma luta contra a Companhia das Índias Ocidentais, habitantes da colônia ajudados por Portugal que lutava para se reestruturar eclodem a Insurreição Pernambucana. Em 1654 expulsam os holandeses que levam mudas de cana para as Antilhas Holandesas, gerando uma concorrência internacional ao açúcar brasileiro.
Uma grave crise econômica se instalou em Portugal e o empobrecimento dos poderosos
Senhores de engenho.
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A CONQUISTA DA AMÉRICA PELOS EUROPEUS
O Período Pré-colonial
(História do Brasil)
Em 1492, Cristóvão Colombo, descobre a América numa expedição de bandeira espanhola, mas quando regressou com a notícia à coroa espanhola; a coroa portuguesa exerceu forte pressão sobre os reis da Espanha, exigindo a partilha das terras descobertas.
A disputa entre Portugal e Espanha iniciara no século XV por causa das Ilhas Canárias.
Para resolver o impasse sobre as terras descobertas foi assinado o Tratado de Tordesilhas.
O acordo de 1494 garantiu a Portugal as terras africanas e a posse dos territórios que viriam a ser o Brasil.
A VIAGEM DE CABRAL AO BRASIL
Em 9 de março de 1500, uma esquadra formada por três caravelas e dez naus comandadas pelo militar Pedro Álvares Cabral, deixou Portugal para ir a Calicute, na Índia, buscar especiarias. Antes disso deveriam navegar a sudoeste e aproximar-se do litoral das terras americanas. Na esquadra vinha Pero Vaz de Caminha, escrivão oficial do reino, com a incumbência de escrever ao rei contanto sobre a terra.
Como era freqüente nas viagens oceânicas, uma das embarcações naufragou nas proximidades de Cabo Verde. Em 22 de abril de 1500 os portugueses chegam a Pindorama, como os índios chamavam a sua terra. O local de parada das embarcações portuguesas foi a Baía Cabrália, no litoral do atual estado da Bahia.
Os portugueses permaneceram por dez dias e estabeleceram contato com os índios e fizeram um levantamento econômico da terra. Contatos amistosos com os índios que nos faz pensar que um já sabia da existência do outro.
A colonização foi um ?projeto mercantilista?, um empreendimento estatal, militar e econômico. Durante os três séculos toneladas de riquezas minerais foram do Brasil para Portugal. Em quase toda a América a vigorou a colonização de exploração; o povoamento e a ocupação das terras tinham como objetivo principal extrair ou produzir riquezas que eram levadas para a Europa.Quando os portugueses aqui chegaram encontraram nações que viviam em diferentes sistemas sociais, as tribos, pequenos grupos que falavam a língua tupi.
A origem da palavra índio, ocorreu em face de por muito tempo os colonizadores chamarem a América de ìndias Ocidentais.
A colonização, foi sinônimo de violência para os índios, pois os europeus passaram a usar a força para submeter os índios à sua vontade. Passaram a disputar espaço para sobreviver, e não raramente capturavam o inimigo e serviam como refeição(antropofagia).
O choque cultural resultou a desestruturação de aproximadamente 6 milhões de pessoas que aqui viviam. Os ìndios eram vistos como não humanos e em 1531, os padres dominicanos solicitaram ao papa a assinatura de uma bula declarando que os nativos eram homens, e não bestas; e não escravos.
PERÍODO PRÉ - COLONIAL 1500 A 1530
O pau Brasil foi o principal produto de exploração, trocado em forma de escambo com os índios. Foram montadas as expedições guarda-costas, que tinham como objetivo afastar das praias brasileiras os piratas franceses e ingleses, além de mapear o litoral. Ineficazes essas expedições forçaram a necessidade de colonização.
A coroa portuguesa tinha que garantir a posse da colônia e encontrar novas formas de lucro, uma vez que o reino vivia uma crise econômica. Surgiram então as capitanias hereditárias, pelo rei João III. Martim Afonso de Souza constatou a exploração sistemática do Brasil e instalou o sistema de colonização que garantiria o investimento da coroa portuguesa.
O sistema das Capitanias Hereditárias organizava-se a partir de dois documentos, a carta de doação e o foral, que determinavam os direitos e os deveres dos donatários em relação à terra que estavam recebendo e também em relação ao rei.
Os donatários tinham autonomia para exercer justiça, fundar vilas e escravizar índios, por outro lado, o monarca português detinha o exclusivo direito sobre as riquezas já explorados e todas as que fossem descobertas.
O GOVERNO GERAL
Em 1548, o estado português decidiu interferir na colonização e centralizou o controle da exploração colonial. Criou o Governo Geral, documento conhecido por Regimento de Thomé de Souza, primeiro governador geral. Salvador foi escolhida como sede do governo colonial.O alto escalão de apoio do governador era formado pelo provedor-mor, pelo ouvidor-mor, pelo capitão-mor da costa.
O EMPREENDIMENTO CANAVIEIRO
Portugal manteve a exploração no litoral, apesar do sistema de capitanias hereditárias dividir as terras em lotes lineares, em meados do XVI o interior continuava desconhecido para os colonizadores lusos.A expansão marítima tardia da França, que contestava a legitimidade do Tratado de Tordesilhas e, em virtude da inexpressiva presença portuguesa no litoral, os franceses contrabandeavam pau-brasil. Inicia-se também a fundação de algumas colônias, (França Antártica no litoral do rio de Janeiro). Os mercados orientais decaíram e houve o declínio do comércio português. Inglaterra e Holanda entram na concorrência do comércio internacional e conquistam parte do mercado português.
Tornava-se imperativa a necessidade de uma empresa colonial lucrativa.
Em 1530 o governo português resolveu desenvolver no Brasil a agroindústria açucareira.
A produção baseou-se na mão-de-obra escrava, foram instalados engenhos em várias partes do litoral do Nordeste.
Desde o século XV, os holandeses comercializavam o açúcar produzido nas ilhas colonizadas por Portugal. A associação entre portugueses e holandeses foi fundamental para a consolidação da indústria açucareira.
Nasce o latifúndio, a casa-grande, a senzala, o engenho e o senhor de engenho.
A lavora de cana ocupava de maneira predatória quase a totalidade das terras férteis da fazenda.`A medida que o solo se esgotava o plantio era deslocado para outras áreas.
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(História do Brasil)
Em 1492, Cristóvão Colombo, descobre a América numa expedição de bandeira espanhola, mas quando regressou com a notícia à coroa espanhola; a coroa portuguesa exerceu forte pressão sobre os reis da Espanha, exigindo a partilha das terras descobertas.
A disputa entre Portugal e Espanha iniciara no século XV por causa das Ilhas Canárias.
Para resolver o impasse sobre as terras descobertas foi assinado o Tratado de Tordesilhas.
O acordo de 1494 garantiu a Portugal as terras africanas e a posse dos territórios que viriam a ser o Brasil.
A VIAGEM DE CABRAL AO BRASIL
Em 9 de março de 1500, uma esquadra formada por três caravelas e dez naus comandadas pelo militar Pedro Álvares Cabral, deixou Portugal para ir a Calicute, na Índia, buscar especiarias. Antes disso deveriam navegar a sudoeste e aproximar-se do litoral das terras americanas. Na esquadra vinha Pero Vaz de Caminha, escrivão oficial do reino, com a incumbência de escrever ao rei contanto sobre a terra.
Como era freqüente nas viagens oceânicas, uma das embarcações naufragou nas proximidades de Cabo Verde. Em 22 de abril de 1500 os portugueses chegam a Pindorama, como os índios chamavam a sua terra. O local de parada das embarcações portuguesas foi a Baía Cabrália, no litoral do atual estado da Bahia.
Os portugueses permaneceram por dez dias e estabeleceram contato com os índios e fizeram um levantamento econômico da terra. Contatos amistosos com os índios que nos faz pensar que um já sabia da existência do outro.
A colonização foi um ?projeto mercantilista?, um empreendimento estatal, militar e econômico. Durante os três séculos toneladas de riquezas minerais foram do Brasil para Portugal. Em quase toda a América a vigorou a colonização de exploração; o povoamento e a ocupação das terras tinham como objetivo principal extrair ou produzir riquezas que eram levadas para a Europa.Quando os portugueses aqui chegaram encontraram nações que viviam em diferentes sistemas sociais, as tribos, pequenos grupos que falavam a língua tupi.
A origem da palavra índio, ocorreu em face de por muito tempo os colonizadores chamarem a América de ìndias Ocidentais.
A colonização, foi sinônimo de violência para os índios, pois os europeus passaram a usar a força para submeter os índios à sua vontade. Passaram a disputar espaço para sobreviver, e não raramente capturavam o inimigo e serviam como refeição(antropofagia).
O choque cultural resultou a desestruturação de aproximadamente 6 milhões de pessoas que aqui viviam. Os ìndios eram vistos como não humanos e em 1531, os padres dominicanos solicitaram ao papa a assinatura de uma bula declarando que os nativos eram homens, e não bestas; e não escravos.
PERÍODO PRÉ - COLONIAL 1500 A 1530
O pau Brasil foi o principal produto de exploração, trocado em forma de escambo com os índios. Foram montadas as expedições guarda-costas, que tinham como objetivo afastar das praias brasileiras os piratas franceses e ingleses, além de mapear o litoral. Ineficazes essas expedições forçaram a necessidade de colonização.
A coroa portuguesa tinha que garantir a posse da colônia e encontrar novas formas de lucro, uma vez que o reino vivia uma crise econômica. Surgiram então as capitanias hereditárias, pelo rei João III. Martim Afonso de Souza constatou a exploração sistemática do Brasil e instalou o sistema de colonização que garantiria o investimento da coroa portuguesa.
O sistema das Capitanias Hereditárias organizava-se a partir de dois documentos, a carta de doação e o foral, que determinavam os direitos e os deveres dos donatários em relação à terra que estavam recebendo e também em relação ao rei.
Os donatários tinham autonomia para exercer justiça, fundar vilas e escravizar índios, por outro lado, o monarca português detinha o exclusivo direito sobre as riquezas já explorados e todas as que fossem descobertas.
O GOVERNO GERAL
Em 1548, o estado português decidiu interferir na colonização e centralizou o controle da exploração colonial. Criou o Governo Geral, documento conhecido por Regimento de Thomé de Souza, primeiro governador geral. Salvador foi escolhida como sede do governo colonial.O alto escalão de apoio do governador era formado pelo provedor-mor, pelo ouvidor-mor, pelo capitão-mor da costa.
O EMPREENDIMENTO CANAVIEIRO
Portugal manteve a exploração no litoral, apesar do sistema de capitanias hereditárias dividir as terras em lotes lineares, em meados do XVI o interior continuava desconhecido para os colonizadores lusos.A expansão marítima tardia da França, que contestava a legitimidade do Tratado de Tordesilhas e, em virtude da inexpressiva presença portuguesa no litoral, os franceses contrabandeavam pau-brasil. Inicia-se também a fundação de algumas colônias, (França Antártica no litoral do rio de Janeiro). Os mercados orientais decaíram e houve o declínio do comércio português. Inglaterra e Holanda entram na concorrência do comércio internacional e conquistam parte do mercado português.
Tornava-se imperativa a necessidade de uma empresa colonial lucrativa.
Em 1530 o governo português resolveu desenvolver no Brasil a agroindústria açucareira.
A produção baseou-se na mão-de-obra escrava, foram instalados engenhos em várias partes do litoral do Nordeste.
Desde o século XV, os holandeses comercializavam o açúcar produzido nas ilhas colonizadas por Portugal. A associação entre portugueses e holandeses foi fundamental para a consolidação da indústria açucareira.
Nasce o latifúndio, a casa-grande, a senzala, o engenho e o senhor de engenho.
A lavora de cana ocupava de maneira predatória quase a totalidade das terras férteis da fazenda.`A medida que o solo se esgotava o plantio era deslocado para outras áreas.
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BRASIL - REPÚBLICA - REPÚBLICA DA ESPADA
Com mãos de ferro O início do período republicano no Brasil foi marcado por governos militares que comandaram o país de forma centralizadora, enfrentando a oposição de setores monarquistas, da sociedade civil e das oligarquias regionais, que buscavam defender seus interesses econômicos Nos primeiros cinco anos da República, de 1889 a 1894, o Brasil foi governado por militares, que estiveram em constante choque com as oligarquias cafeeiras. O Exército adotava medidas autoritárias e reformas que favoreciam a nascente burguesia, com vista à maior modernização e à urbanização do país. Já a oposição civil lutava por uma república federativa descentralizada que garantisse a manutenção de seus interesses econômicos.
ENCILHAMENTO
Após a derrubada da monarquia, em 1889, foi instituído no país um Governo Provisório Provisório, composto de membros do Exército, das oligarquias e das classes médias. Presidido pelo marechal Deodoro da Fonseca, tinha como principais funções consolidar a República federativa (as províncias se transformaram em estados e o país passava a se chamar Estados Unidos do Brasil), aprovar uma Constituição e executar reformas administrativas. As primeiras medidas aprovadas pelo governo foram a dissolução da Câmara dos Deputados, a extinção do Conselho de Estado, a nomeação de interventores estatais, a expulsão da família real, a separação entre Igreja e Estado e a naturalização de todos os estrangeiros que viviam no país. Também nessa época foi criada a bandeira nacional.
No plano econômico, o Governo Provisório colocou em prática uma política desastrada encabeçada pelo então ministro da Fazenda, Rui Barbosa, representante da incipiente burguesia nacional e da classe média. Buscando incentivar o desenvolvimento econômico por meio da expansão de crédito para as empresas, o governo decidiu favorecer os empréstimos e emitir papel-moeda. Contudo, essa emissão desenfreada e a facilidade de crédito provocaram enorme crise inflacionária e de especulação financeira. A situação ficou conhecida como Encilhamento, em alusão ao encilhamento dos cavalos antes das corridas, quando se intensificavam as apostas no Jóquei Clube do Rio de Janeiro. À época, por exemplo, surgiram dezenas de empresas-fantasmas com o objetivo de tomar empréstimos. Em 1891, o ministro da Fazenda renunciou ao cargo.
CONSTITUIÇÃO DE 1891
Em 1890 havia sido eleita uma Assembléia Constituinte para elaborar o projeto da nova Constituição republicana. Após muitas discussões, em fevereiro de 1891 a segunda Constituição brasileira - a primeira da República - foi promulgada. O texto, inspirado na tradição republicana dos norte-americanos, definia o Brasil (oficialmente Estados Unidos do Brasil) como uma República Federativa, presidencialista, com voto aberto e sufrágio universal. A nova Constituição também estabelecia a divisão em três poderes: Executivo, exercido pelo presidente eleito por voto direto para um mandato de quatro anos; Legislativo, formado pelo Congresso Nacional (Câmara e Senado) e eleito pelo povo; e Judiciário, exercido pelos juízes federais sob supervisão do Supremo Tribunal Federal.
O GOVERNO DEODORO DA FONSECA
No dia seguinte à promulgação da Constituição, Deodoro da Fonseca foi eleito indiretamente presidente do Brasil - de acordo com a nova lei, o Congresso elegeria por voto indireto o primeiro governante. No curto período em que ocupou o cargo, Deodoro enfrentou dura oposição, que tentou silenciar por meio de um golpe de Estado: em novembrode 1891, ele fechou o Congresso e determinou estado de sítio. Mas, apesar do apoio de parte das oligarquias, o golpe enfrentou a resistência do próprio Exército, chefiada pelo vice-presidente, marechal Floriano Peixoto, e Deodoro renunciou ao cargo.
O GOVERNO FLORIANO PEIXOTO
Ao assumir, Peixoto reintegrou o Congresso e suspendeu o estado de sítio. Segundo a Constituição, o marechal deveria convocar novas eleições, mas não o fez. Com uma política centralizadora e voltada para um Executivo forte, o presidente governou com mão de ferro e usou o apoio popular para radicalizar a luta contra os setores monarquistas, acusados de conspirar contra o novo regime.
No âmbito econômico e social, Peixoto implementou reformas que favoreceram a nova burguesia e as classes média e pobre. Ele lançou uma política de protecionismo alfandegário, de empréstimos às indústrias e abaixou os preços do peixe e da carne. Mas, apesar de ter conquistado o apoio de muitos setores da sociedade, o presidente enfrentou críticas por sua insistência em continuar no poder e teve de lidar com rebeliões e protestos até o fim do mandato, em 1894.
Revolta da Armada - Em setembro de 1893, algumas unidades da Marinha do Rio de Janeiro exigiram a imediata convocação dos eleitores para a escolha dos governantes. Entre os revoltosos estavam os almirantes Saldanha da Gama e Custódio de Melo, ex-ministro da Marinha e candidato declarado à sucessão do presidente Floriano Peixoto. A revolta conseguiu pouco apoio no Rio de Janeiro. Sem chance de vitória, os revoltosos dirigiram-se ao Sul. Alguns efetivos desembarcaram em Desterro (atual Florianópolis) e tentaram, inutilmente, articular-se com os federalistas gaúchos. Floriano adquiriu novos navios no exterior e, com eles, derrotou a revolta, em março de 1894.
Revolta Federalista - No Rio Grande do Sul, dois partidos disputavam o poder. De um lado, os federalistas (maragatos) reuniam a velha elite do Partido Liberal do Império e, de outro, o Partido Republicano Rio-Grandense (pica-paus) agrupava os republicanos históricos, participantes do movimento pela proclamação da República. Em fevereiro de 1893, ano da campanha eleitoral para o governo estadual, os federalistas iniciaram sangrento conflito com os republicanos, que evoluiu para uma guerra civil. Floriano Peixoto recusou o pedido dos maragatos de intervenção federal no estado e apoiou os pica-paus. Os maragatos avançaram sobre Santa Catarina e Paraná e uniram-se aos rebeldes da Revolta da Armada. Chegaram a tomar Curitiba, mas recuaram por falta de recursos (soldados, armas e suprimentos). Em 1895, o novo presidente, Prudente de Moraes, conseguiu um acordo de paz e anistiou os participantes do movimento.
fonte:http://guiadoestudante.abril.com.br
ENCILHAMENTO
Após a derrubada da monarquia, em 1889, foi instituído no país um Governo Provisório Provisório, composto de membros do Exército, das oligarquias e das classes médias. Presidido pelo marechal Deodoro da Fonseca, tinha como principais funções consolidar a República federativa (as províncias se transformaram em estados e o país passava a se chamar Estados Unidos do Brasil), aprovar uma Constituição e executar reformas administrativas. As primeiras medidas aprovadas pelo governo foram a dissolução da Câmara dos Deputados, a extinção do Conselho de Estado, a nomeação de interventores estatais, a expulsão da família real, a separação entre Igreja e Estado e a naturalização de todos os estrangeiros que viviam no país. Também nessa época foi criada a bandeira nacional.
No plano econômico, o Governo Provisório colocou em prática uma política desastrada encabeçada pelo então ministro da Fazenda, Rui Barbosa, representante da incipiente burguesia nacional e da classe média. Buscando incentivar o desenvolvimento econômico por meio da expansão de crédito para as empresas, o governo decidiu favorecer os empréstimos e emitir papel-moeda. Contudo, essa emissão desenfreada e a facilidade de crédito provocaram enorme crise inflacionária e de especulação financeira. A situação ficou conhecida como Encilhamento, em alusão ao encilhamento dos cavalos antes das corridas, quando se intensificavam as apostas no Jóquei Clube do Rio de Janeiro. À época, por exemplo, surgiram dezenas de empresas-fantasmas com o objetivo de tomar empréstimos. Em 1891, o ministro da Fazenda renunciou ao cargo.
CONSTITUIÇÃO DE 1891
Em 1890 havia sido eleita uma Assembléia Constituinte para elaborar o projeto da nova Constituição republicana. Após muitas discussões, em fevereiro de 1891 a segunda Constituição brasileira - a primeira da República - foi promulgada. O texto, inspirado na tradição republicana dos norte-americanos, definia o Brasil (oficialmente Estados Unidos do Brasil) como uma República Federativa, presidencialista, com voto aberto e sufrágio universal. A nova Constituição também estabelecia a divisão em três poderes: Executivo, exercido pelo presidente eleito por voto direto para um mandato de quatro anos; Legislativo, formado pelo Congresso Nacional (Câmara e Senado) e eleito pelo povo; e Judiciário, exercido pelos juízes federais sob supervisão do Supremo Tribunal Federal.
O GOVERNO DEODORO DA FONSECA
No dia seguinte à promulgação da Constituição, Deodoro da Fonseca foi eleito indiretamente presidente do Brasil - de acordo com a nova lei, o Congresso elegeria por voto indireto o primeiro governante. No curto período em que ocupou o cargo, Deodoro enfrentou dura oposição, que tentou silenciar por meio de um golpe de Estado: em novembrode 1891, ele fechou o Congresso e determinou estado de sítio. Mas, apesar do apoio de parte das oligarquias, o golpe enfrentou a resistência do próprio Exército, chefiada pelo vice-presidente, marechal Floriano Peixoto, e Deodoro renunciou ao cargo.
O GOVERNO FLORIANO PEIXOTO
Ao assumir, Peixoto reintegrou o Congresso e suspendeu o estado de sítio. Segundo a Constituição, o marechal deveria convocar novas eleições, mas não o fez. Com uma política centralizadora e voltada para um Executivo forte, o presidente governou com mão de ferro e usou o apoio popular para radicalizar a luta contra os setores monarquistas, acusados de conspirar contra o novo regime.
No âmbito econômico e social, Peixoto implementou reformas que favoreceram a nova burguesia e as classes média e pobre. Ele lançou uma política de protecionismo alfandegário, de empréstimos às indústrias e abaixou os preços do peixe e da carne. Mas, apesar de ter conquistado o apoio de muitos setores da sociedade, o presidente enfrentou críticas por sua insistência em continuar no poder e teve de lidar com rebeliões e protestos até o fim do mandato, em 1894.
Revolta da Armada - Em setembro de 1893, algumas unidades da Marinha do Rio de Janeiro exigiram a imediata convocação dos eleitores para a escolha dos governantes. Entre os revoltosos estavam os almirantes Saldanha da Gama e Custódio de Melo, ex-ministro da Marinha e candidato declarado à sucessão do presidente Floriano Peixoto. A revolta conseguiu pouco apoio no Rio de Janeiro. Sem chance de vitória, os revoltosos dirigiram-se ao Sul. Alguns efetivos desembarcaram em Desterro (atual Florianópolis) e tentaram, inutilmente, articular-se com os federalistas gaúchos. Floriano adquiriu novos navios no exterior e, com eles, derrotou a revolta, em março de 1894.
Revolta Federalista - No Rio Grande do Sul, dois partidos disputavam o poder. De um lado, os federalistas (maragatos) reuniam a velha elite do Partido Liberal do Império e, de outro, o Partido Republicano Rio-Grandense (pica-paus) agrupava os republicanos históricos, participantes do movimento pela proclamação da República. Em fevereiro de 1893, ano da campanha eleitoral para o governo estadual, os federalistas iniciaram sangrento conflito com os republicanos, que evoluiu para uma guerra civil. Floriano Peixoto recusou o pedido dos maragatos de intervenção federal no estado e apoiou os pica-paus. Os maragatos avançaram sobre Santa Catarina e Paraná e uniram-se aos rebeldes da Revolta da Armada. Chegaram a tomar Curitiba, mas recuaram por falta de recursos (soldados, armas e suprimentos). Em 1895, o novo presidente, Prudente de Moraes, conseguiu um acordo de paz e anistiou os participantes do movimento.
fonte:http://guiadoestudante.abril.com.br
MUNDO - IDADE MÉDIA - IMPÉRIO ÁRABE
Uma fé, uma nação Em apenas 100 anos, o Islã surgiu e deu origem a um império que se expandiu por três continentes, imprimindo profundas marcas culturais A civilização árabe surgiu no século VII, na península Arábica, a partir de tribos de origem semita. Anteriormente, elas já compartilhavam algumas características, como a língua, mas foi somente nessa época que obtiveram união política, conquistada na esteira da pregação do Islã, religião então recém-nascida. Logo os árabes fundaram um extenso império que só se desintegraria no fim da Idade Média e deixaria forte influência cultural nas áreas por onde se estendeu.
ANTES DE MAOMÉ
Inicialmente, o povo árabe (também conhecido como sarraceno) estava dividido em cerca de 300 tribos rurais e urbanas, chefiadas pelos xeques. As que habitavam o deserto - denominadas beduínas - eram nômades e se dedicavam sobretudo à criação de camelo e ao cultivo de tâmara e de trigo. Faziam constantes peregrinações em busca de lugares férteis para sobreviver, os oásis, e guerreavam entre si. Já aquelas que moravam nos centros urbanos da faixa costeira do mar Vermelho se ocupavam principalmente do comércio, com a organização de caravanas de camelo para o transporte de produtos. Ao encontrarem melhores condições climáticas e solo mais favorável à agricultura, esses grupos se fixaram e formaram cidades como Meca e Iatreb - a atual Medina.
A religião pré-islâmica era politeísta. Os árabes cultuavam cerca de 300 astros, representados por ídolos. O maior centro religioso da península era Meca, que abrigava o templo da Caaba, com todos os ídolos tribais e a pedra negra - provavelmente um pedaço de meteorito, considerado sagrado. Todos os anos, milhares de beduínos e comerciantes se dirigiam à cidade para visitar o santuário, que era administrado pelos coraixitas, tribo de aristocratas que lucravam com as peregrinações e o comércio realizado na região.
Apesar de compartilharem algumas tradições, as tribos envolviam-se freqüentemente em conflitos e guerras, prejudicando o comércio. A unificação viria com o surgimento e a disseminação de uma nova religião: o Islã.
Em 570 nasceu Maomé. Criado em um ramo pobre da tribo coraixita, tornou-se mercador. Aos 25 anos, ele se casou com uma viúva rica e mais velha e conseguiu certa estabilidade financeira, o que lhe permitiu viajar muito. Nesses deslocamentos, entrou em contato com cristãos e judeus. Aos 40 anos, começou a ter visões e a ouvir vozes, que acreditava serem do anjo Gabriel.
Os chamados que Maomé recebia o apontavam como profeta de um deus único e onipotente, Alá. Dois anos depois, quando já era aceito pela esposa e pela família como profeta, ele começou a pregar o monoteísmo e a abominação dos ídolos a todas as tribos de Meca, revelando-lhes a religião islâmica. Seus ensinamentos foram compilados no Corão, livro sagrado dos muçulmanos, usado por muitos países como código de moral e justiça.
Ao condenar a peregrinação à Caaba, Maomé ganhou muitos inimigos em Meca e passou a sofrer perseguições. Em 622, fugiu para Iatreb - atual Medina ("cidade do profeta"). O episódio, conhecido como hégira, marca o início do calendário árabe. Em Medina, Maomé tornou-se líder político, religioso e militar. Organizou um Exército e deu início a uma guerra - dita santa, a jihad - para tomar Meca e propagar a nova religião. Em 630, a cidade sagrada foi tomada; os ídolos da Caaba, destruídos; e os opositores, aniquilados. Ao morrer, dois anos depois, Maomé havia deixado as tribos árabes politicamente unificadas sob uma mesma religião.
O IMPÉRIO
Após Maomé, o poder da Arábia passou às mãos dos califas, que, como ele, tinham poder religioso, político e militar. A necessidade de conquistar terras férteis, o interesse dos grandes comerciantes e a crença no islamismo como a única possibilidade de salvação fizeram os árabes se engajar na guerra contra povos estrangeiros. Sob o governo dos quatro primeiros califas, o império atingiu a Síria, a Palestina, a Pérsia e o Egito. Os povos dominados não eram obrigados a se converter ao islamismo, mas sofriam certa pressão - cobrava-se um imposto especial dos infiéis, por exemplo -, de modo que a crença em Alá acabou por se tornar predominante nas áreas ocupadas.
Com a dinastia dos Omíadas (661-750), a expansão árabe ganhou novo impulso, avançando em direção à Índia e ao norte da África. O auge das conquistas ocorreu quando os árabes atravessaram o estreito de Gibraltar, entre a África e a Europa, e ocuparam a península Ibérica - onde permaneceriam por séculos. Seu avanço só foi barrado com a derrota na Batalha de Poitiers, em 732, vencida pelos francos.
Com os califas da dinastia Abássida (750- 1258), o império alcançou o máximo da sua
extensão, tendo Bagdá como a nova capital e centro do comércio entre o extremo Oriente e o Ocidente. No entanto, o sucesso durou pouco. No período final da dinastia, conflitos políticos e religiosos desmembraram o califado em grupos independentes.
A perda da unidade política veio acompanhada da desagregação religiosa, com o surgimento de duas seitas principais: a xiita e a sunita - que até hoje mantêm fortes divergências. A primeira só admitia como fonte de ensinamentos o Corão e defendia a idéia de que o poder do Estado deveria se concentrar em um único descendente direto de Maomé. Já os sunitas fundaram sua crença no Suna - livro com os ditos e atos de Maomé - e acreditavam na livre escolha dos governantes pelos crentes.
Com governo fraco e desmembrado, os abássidas perderam o poder de Bagdá, em 1258, para os mongóis - guerreiros nômades vindos da Ásia. A derrota final ocorreria no século XV, quando os turco-otomanos conquistaram a parte oriental do império e os espanhóis dominaram o último reduto árabe na península Ibérica, expulsando-os definitivamente da Europa.
fonte:
http://guiadoestudante.abril.com.br
ANTES DE MAOMÉ
Inicialmente, o povo árabe (também conhecido como sarraceno) estava dividido em cerca de 300 tribos rurais e urbanas, chefiadas pelos xeques. As que habitavam o deserto - denominadas beduínas - eram nômades e se dedicavam sobretudo à criação de camelo e ao cultivo de tâmara e de trigo. Faziam constantes peregrinações em busca de lugares férteis para sobreviver, os oásis, e guerreavam entre si. Já aquelas que moravam nos centros urbanos da faixa costeira do mar Vermelho se ocupavam principalmente do comércio, com a organização de caravanas de camelo para o transporte de produtos. Ao encontrarem melhores condições climáticas e solo mais favorável à agricultura, esses grupos se fixaram e formaram cidades como Meca e Iatreb - a atual Medina.
A religião pré-islâmica era politeísta. Os árabes cultuavam cerca de 300 astros, representados por ídolos. O maior centro religioso da península era Meca, que abrigava o templo da Caaba, com todos os ídolos tribais e a pedra negra - provavelmente um pedaço de meteorito, considerado sagrado. Todos os anos, milhares de beduínos e comerciantes se dirigiam à cidade para visitar o santuário, que era administrado pelos coraixitas, tribo de aristocratas que lucravam com as peregrinações e o comércio realizado na região.
Apesar de compartilharem algumas tradições, as tribos envolviam-se freqüentemente em conflitos e guerras, prejudicando o comércio. A unificação viria com o surgimento e a disseminação de uma nova religião: o Islã.
Em 570 nasceu Maomé. Criado em um ramo pobre da tribo coraixita, tornou-se mercador. Aos 25 anos, ele se casou com uma viúva rica e mais velha e conseguiu certa estabilidade financeira, o que lhe permitiu viajar muito. Nesses deslocamentos, entrou em contato com cristãos e judeus. Aos 40 anos, começou a ter visões e a ouvir vozes, que acreditava serem do anjo Gabriel.
Os chamados que Maomé recebia o apontavam como profeta de um deus único e onipotente, Alá. Dois anos depois, quando já era aceito pela esposa e pela família como profeta, ele começou a pregar o monoteísmo e a abominação dos ídolos a todas as tribos de Meca, revelando-lhes a religião islâmica. Seus ensinamentos foram compilados no Corão, livro sagrado dos muçulmanos, usado por muitos países como código de moral e justiça.
Ao condenar a peregrinação à Caaba, Maomé ganhou muitos inimigos em Meca e passou a sofrer perseguições. Em 622, fugiu para Iatreb - atual Medina ("cidade do profeta"). O episódio, conhecido como hégira, marca o início do calendário árabe. Em Medina, Maomé tornou-se líder político, religioso e militar. Organizou um Exército e deu início a uma guerra - dita santa, a jihad - para tomar Meca e propagar a nova religião. Em 630, a cidade sagrada foi tomada; os ídolos da Caaba, destruídos; e os opositores, aniquilados. Ao morrer, dois anos depois, Maomé havia deixado as tribos árabes politicamente unificadas sob uma mesma religião.
O IMPÉRIO
Após Maomé, o poder da Arábia passou às mãos dos califas, que, como ele, tinham poder religioso, político e militar. A necessidade de conquistar terras férteis, o interesse dos grandes comerciantes e a crença no islamismo como a única possibilidade de salvação fizeram os árabes se engajar na guerra contra povos estrangeiros. Sob o governo dos quatro primeiros califas, o império atingiu a Síria, a Palestina, a Pérsia e o Egito. Os povos dominados não eram obrigados a se converter ao islamismo, mas sofriam certa pressão - cobrava-se um imposto especial dos infiéis, por exemplo -, de modo que a crença em Alá acabou por se tornar predominante nas áreas ocupadas.
Com a dinastia dos Omíadas (661-750), a expansão árabe ganhou novo impulso, avançando em direção à Índia e ao norte da África. O auge das conquistas ocorreu quando os árabes atravessaram o estreito de Gibraltar, entre a África e a Europa, e ocuparam a península Ibérica - onde permaneceriam por séculos. Seu avanço só foi barrado com a derrota na Batalha de Poitiers, em 732, vencida pelos francos.
Com os califas da dinastia Abássida (750- 1258), o império alcançou o máximo da sua
extensão, tendo Bagdá como a nova capital e centro do comércio entre o extremo Oriente e o Ocidente. No entanto, o sucesso durou pouco. No período final da dinastia, conflitos políticos e religiosos desmembraram o califado em grupos independentes.
A perda da unidade política veio acompanhada da desagregação religiosa, com o surgimento de duas seitas principais: a xiita e a sunita - que até hoje mantêm fortes divergências. A primeira só admitia como fonte de ensinamentos o Corão e defendia a idéia de que o poder do Estado deveria se concentrar em um único descendente direto de Maomé. Já os sunitas fundaram sua crença no Suna - livro com os ditos e atos de Maomé - e acreditavam na livre escolha dos governantes pelos crentes.
Com governo fraco e desmembrado, os abássidas perderam o poder de Bagdá, em 1258, para os mongóis - guerreiros nômades vindos da Ásia. A derrota final ocorreria no século XV, quando os turco-otomanos conquistaram a parte oriental do império e os espanhóis dominaram o último reduto árabe na península Ibérica, expulsando-os definitivamente da Europa.
fonte:
http://guiadoestudante.abril.com.br
3 de abril de 2009
Bandeirantismo - Verso E Reverso
Carlos Davidoff
O bandeirantismo foi produto do descaso com que Portugal se relacionava com a região do Brasil. Devido ao fracasso da can-de-açúcar nessa região, a população se dirigiu interior adentro. As condições de vida eram precárias e miseráveis e, uma das saídas foi a exploração do sertão em busca do ouro.
O apresamento de índios para serem vendidos como escravos foi muito bem sucedido, pois so engenhos do nordeste brasileiro sofria com a falta de escravos já que o tráfico negreiro havia sido interrompido pela Espanha.
Com a retomada do tráfico os paulistas se acham novamente na crise, a maõ-de-obra indígena perde o valor. Essa crise só é superada com a posterior descoberta do ouro, porém este produto passou a ser controlado pela Metrópole mantendo os paulistas na situação de extrema pobresa da qual viviam.
O bandeirantismo foi produto do descaso com que Portugal se relacionava com a região do Brasil. Devido ao fracasso da can-de-açúcar nessa região, a população se dirigiu interior adentro. As condições de vida eram precárias e miseráveis e, uma das saídas foi a exploração do sertão em busca do ouro.
O apresamento de índios para serem vendidos como escravos foi muito bem sucedido, pois so engenhos do nordeste brasileiro sofria com a falta de escravos já que o tráfico negreiro havia sido interrompido pela Espanha.
Com a retomada do tráfico os paulistas se acham novamente na crise, a maõ-de-obra indígena perde o valor. Essa crise só é superada com a posterior descoberta do ouro, porém este produto passou a ser controlado pela Metrópole mantendo os paulistas na situação de extrema pobresa da qual viviam.
31 de março de 2009
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