Cada sociedade possui sua própria cultura, sua própria visão do
mundo. A comparação e o confronto entre estas diversas identidades
são objetivos do etnocentrismo, com isso busca compreender melhor o
próprio ser humano e sua relação com o mundo que o cerca. Com a
descoberta do Novo Mundo, começa a surgir modelos explicativos das
diferenças entre esses povos. Desses encontros, entre “eu” e a
sociedade do “outro”, surge a ideia de perplexidade por que ele o
“eu” não conhecia o “outro” e assim o século é marcado
pela perplexidade.
Talvez possamos comparar o etnocentrismo a nós mesmos, visto que
somos seres absolutamente voltados para nosso próprio “eu”. A
partir do momento que os seres humanos granjearam a capacidade de
pensar, passaram a considerar seu próprio “eu” como centro de
todo interesse, muitas vezes defendendo somente o que lhe é
conveniente e não o que talvez seja verdadeiro. Entretanto tais
formas de pensamentos só interessam a nós mesmos ou a uma minoria
restrita, esses valores são interpretados de acordo com o interesse
de um pequeno grupo de pessoas e quase nunca é visto pelo “senso
comum”, que talvez vá beneficiar um grande número de pessoas.
Etnocentrismo é algo que cada ser e cada sociedade carrega dentro de
si, são fórmulas avaliativas que nos coloca simplesmente em moldes
já preestabelecidas de condutas que já existem. Se olharmos para o
etnocentrismo sob uma ótica independente de valores estabelecidos,
vamos alcançar um dia uma sociedade quase utópica.
Se colocarmos o etnocentrismo de lado, vamos perceber que
absolutamente nada é regra, se ao julgarmos povos ou grupos
estrangeiros pelos padrões e práticas de sua própria cultura,
veremos que o etnocentrismo trouxe normas e valores a serem seguidos
e aprovados pela sociedade, não se preocupando nem um pouco com a
verificação do que realmente seria verdadeiro na organização de
uma sociedade.
Certos grupos são tidos como
exemplos a serem seguidos e outros como totais “aberrações da
natureza”, visto que durante muito tempo presumiu-se que era certo
somente aquilo que uma minoria tem como: costumes crenças, religião
e cultura, sem preocupação com a constatação do certo ou errado
na formação dos seres humanos, que se veem
obrigados a relacionarem com várias culturas existentes.
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