Nadir Costa
Teixeira em seu livro O Engenho Colonial, relata o dia-a-dia da
sociedade canavieira na época colonial, ele cita a importância do
nascimento de descendente varão do senhor e que isso era motivo de
festa. O autor enfatiza o poder do senhor em relação aos seus
familiares, escravos e os agregados da propriedade.
No livro de Arruda; o senhor de Engenho era a pessoa que detinha o
maior poder dentro da família e da sociedade brasileira daquela
época. De forma idêntica; Maria Cristina Giovani diz em seu livro:
“ os senhores de engenhos eram os mais importantes e influentes
proprietários de terra, tinham grande poder econômico, social e
político, eram temidos. Todas as pessoas que viviam em suas
propriedades estavam sob seu domínio e deviam obedecê-lo, tinham
poder de vida e morte sobre seus escravos, trabalhadores livres e
seus familiares.
O autor cita que o trabalho dos escravos era duro e eram
constantemente vigiados pelos feitores e a qualquer deslize era
castigado a chicotadas, e se cometessem alguma falha ou fugissem eram
levados ao tronco e o castigo era visto por todos os que estivessem
na propriedade.
Piletti diz: “ que os escravos começavam a trabalhas ao raiar do
dia e só paravam ao escurecer. Quase não tinham descanso. Nos
engenhos as condições de trabalho eram extremamente duro, tanto nos
canaviais quanto nas moendas e nas caldeira”.
Tanto Piletti quanto Teixeira concordam em relação a alimentação
dos escravos; que eram insuficientes e de péssima qualidade, e que
eles aproveitavam as sobras das comida dos senhores, principalmente
nos dias de festa.
Quando havia festas as mulheres vestiam suas melhores roupas, os
escravos eram também vestidos para acompanhar seus donos ,
principalmente quando a festa era em outra propriedade.
Ao se comparar o autor com outros autores de livros didáticos
percebe-se que na maioria deles há uma certa semelhança dos fatos,
apesar de que os livros didáticos trazem os conteúdos muito
resumido, levando o leitor a ter que examinar várias obras para
completar o entendimento.
Os manuais erram pela omissão, redução e simplificação ao não
considerar todo o processo histórico em curso no continente. Sobre
a escravidão no Brasil, o exemplo mais claro disso é a forma como o
negro é tratado nos livros didáticos, mesmo os mais politicamente
corretos, acabam tratando o negro como objeto. “ A maioria das
figuras nos livros, mostram sempre o negro apanhando, em uma situação
constrangedora em relação ao branco”. Ignoram os casos de
ascensão social de negros. Há registro de negros que se tornaram
livres e compravam escravos.
Teixeira
Jr., Luiz Alexandre: O Engenho Colonial. O Cotidiano da
História. Editora Ática.
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