15 de novembro de 2011

15 de Novembro


A República do Brasil
Em 15 de novembro de 1889, o Brasil mudou sua história com a proclamação da República, feita pelo marechal Deodoro da Fonseca no Rio de Janeiro. A data marcou o fim da monarquia brasileira. Um governo provisório foi estabelecido e o decreto número um anunciava a República Federativa.




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15 de outubro de 2011

Ao mestre com carinho

Todos nos temos recordações de mestres que foram especiais
seja por ensinar algo novo ou por nos apoiar quando mais precisamos,
os mestres sempre terão lugar especial em nossos corações

15 de Outubro dia do professor.

14 de setembro de 2011

Museu Virtual de Brasília




O Programa de Avaliação Seriada foi pensado e organizado para atender principalmente os estudantes de Brasília, no entanto, muitos estudantes de todo país participam do Programa. Como nem todos podem vir até aqui para visitar, por exemplo, o "Conjunto Arquitetônico da Esplanada dos Ministérios" que é citado em diversos Objetos de Conhecimento da 3ª etapa do PAS-UnB. Pode-se acessar a página do Museu virtual de Brasília para conhecer Brasília sem sair da frente do computador.


Bons estudos!..

Blog sobre o PAS-UnB: Filosofia em pedacinhos - Então? É ciência ou não?...

Blog sobre o PAS-UnB: Filosofia em pedacinhos - Então? É ciência ou não?...: Este vídeo sobre filosofia da ciência produzido na Universidade de Nancy (França) para o 14º Congresso Internacional de Lógica, nos ajuda a...

A NATUREZA

Devastamos mais da metade
de nosso País pensando
que era preciso deixar a natureza
para entrar na história:
mas eis que esta última,
com sua costumeira predileção
pela ironia, exige-nos agora
como passaporte
justamente a natureza.

(de Eduardo Viveiros de Castro, antropólogo,um dos motes da fundação do ISA em 1994)
www.socioambiental.org

9 de agosto de 2011

LIVRO: COMO A NATUREZA MUDOU A HISTÓRIA


Quem nunca maldisse um domingo de chuva que arruína o projeto de ir à praia, ou, ao contrário, um sol desumano que torna qualquer programa ao ar livre uma tortura? Todos esses vão descobrir que reclamavam de barriga cheia. Em Como a Natureza Mudou a História, o tempo arruina planos de batalhas e não tortura: mata os soldados. Neste livro, Erik Durschmied compilou casos de batalhas decididas por condições climáticas. O livro segue a linha de Fora de controle, mas agora atendo-se aos casos de combates definidos pelas mudanças no clima. O autor, nascido em Viena, é jornalista historiador com uma premiada carreira na BBC e na CBS. O texto leve e acessível não exige nenhum conhecimento prévio da história militar e nem mesmo do funcionamento dos exércitos.


5 de agosto de 2011

IMPÉRIO EM DECLÍNIO


Para Aqueles que  conhecem a  história da década de 1930, o que está  ocorrendo agora é muito familiar. Se alguma das atuais negociações sobre a dívida fracassar, poderemos estar  perto de reviver  1931, a bancarrota bancária mundial que alimentou a Grande Depressão. Mas se as  negociações tiverem êxito, estaremos prontos para repetir  o grande erro de 1937: a  volta prematura à contratação  fiscal que terminou com a recuperação econômica e garantiu  que a depressão  se prolongasse até que a II Guerra Mundia finalmente proporcionasse o "impulso" que a economia  precisava. O artigo é de Paul krugman.




Esta é uma época interessante, e digo isso no pior sentido da palavra. Agora mesmo estamos vivendo, não uma, mas duas crises iminentes, cada uma delas capaz de provocar um desastre mundial. Nos EUA, os fanáticos de direita do Congresso podem bloquear um necessário aumento do teto da dívida, o que possivelmente provocaria estragos nos mercados financeiros mundiais. Enquanto isso, se o plano que os chefes de Estado europeus acabam de pactuar não conseguir acalmar os mercados, poderemos ter um efeito dominó por todo o sul da Europa, o que também provocaria estragos nos mercados financeiros mundiais.
Somente podemos esperar que os políticos em Washington e Bruxelas consigam driblar essas ameaças. Mas há um problema: ainda que consigamos evitar uma catástrofe imediata, os acordos que vêm sendo firmados dos dois lados do Atlântico vão piorar a crise econômica com quase toda

O Gueto de Varsóvia


Introdução
A teoria anti-semita do nazismo foi esboçada inicialmente no livro “Mein Kampf”, (Minha Luta) que Hitler escreveu enquanto esteve no presídio militar de Landsberg, por força de sentença do Tribunal de Munique, uma vez que liderara o levante conhecido como PUTSCH DE MUNIQUE. Condenado a 5 anos de prisão, ficou detido por apenas 8 meses.
Toda a década de 20 do século XX foi caracterizada por grave crise na Alemanha, em parte devido as imposições do pós Primeira Guerra, que se ampliaram após a crise 1929. Apesar de variações na dimensão da crise, considera-se que ela foi responsável pela “polarização ideológica”, quando percebemos a organização e o crescimento do movimento fascista e, na Alemanha, do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores (Nazista) liderado por Hitler
O Partido nazista chegou efetivamente ao poder em janeiro de 1933. Desde então configurou-se uma ditadura no país e, do ponto de vista social, a perseguição em larga escala aos judeus;  não havia instância policial ou estatal capaz de conter os distúrbios e agressões das SA, as temidas milícias paramilitares do Partido Nacional-Socialista ( o nome original, Sturmabteilung, significaria Divisão de Assalto).
Rapidamente os judeus foram despojados de seus direitos individuais e civis, proibidos de exercer determinadas profissões, limitados em seu direito de ir e vir, expulsos de universidades, agredidos, obrigados a entregar ou vender empresas e propriedades. Quem podia, tentava fugir para o exterior para escapar das perseguições.
As perseguições se estenderam a todos os territórios ocupados pelas tropas alemãs, conforme avançavam, principalmente em territórios do leste europeu. Nesse sentido, a Polônia, primeiro país ocupado pelos alemães e com população judaica em grande número, sentiu diretamente os efeitos da política nazista, que combinou o “combate às raças inferiores” com o combate a todos aqueles que se opunham ao novo governo do pinto de vista político. Socialistas, comunistas, nacionalistas poloneses, todos que, de alguma forma participaram ou contribuíram com a resistência polonesa foram perseguidos e, quando capturados, enviados inicialmente para Auschwitz.

25 de julho de 2011

Revista de História


As 10 maiores batalhas brasileiras é tema do debate da Revista de História da Biblioteca Nacional

FRANCISCO CARLOS TEIXEIRA PARTICIPA DO ENCONTRO QUE ACONTECE DIA 26 DE JULHO NA BIBLIOTECA NACIONAL

A Revista de História da Biblioteca Nacional (RHBN) promove no próximo dia 26 de julho, terça-feira, às 16h, mais uma edição do Biblioteca Fazendo História. Com o tema “As 10 Maiores Batalhas Brasileiras”, matéria de capa da edição 70 da RHBN, o debate vai discutir as batalhas mais importantes para a história nacional, levando em consideração pontos relevantes da cultura militar e os diferentes tempos históricos que ocorreram.  O evento terá a participação do professor Francisco Carlos Teixeira e do historiador Adler Homero Fonseca de Castro.
O debate será realizado no auditório Machado de Assis da Biblioteca Nacional e terá transmissão pelo site www.institutoembratel.org.br e acompanhamento, em tempo real, pelo twitter da revista (@rhbn). A entrada é gratuita, sem necessidade de inscrição prévia. A presença no evento dá direito a certificados de participação que podem ser utilizados por alunos e professores como horas de atividades complementares.
Os palestrantes
Francisco Carlos Teixeira é professor titular de História Moderna e Contemporânea da UFRJ e professor da Escola Superior de Guerra e da Escola de Guerra Naval. Teixeira também é autor de diversas obras como: “Enciclopédia de Guerras e Revoluções do Século XX” e o “O Século Sombrio”. 
Adler Homero Fonseca de Castro é historiador e conselheiro-curador do Museu Militar Conde de Linhares e assina o artigo sobre a Batalha de Porongos na edição 70 da RHBN.
O evento
Biblioteca Fazendo História é uma série de debates mensal realizada pela Revista de História da Biblioteca Nacional, cujo objetivo é discutir temas relevantes da História do Brasil abordados em cada edição da revista.
A revista
Lançada em 2005, a Revista de História da Biblioteca Nacional é a única em seu segmento editorial especializada em História do Brasil e traz a cada mês reportagens e artigos assinados por importantes historiadores e sociólogos. A publicação é mensal e distribuída em bancas de todo o país. Seu conselho editorial é formado por Alberto da Costa e Silva, Caio César Boschi, João José Reis, José Murilo de Carvalho, Laura de Mello e Souza, Lilia Schwarcz, Luciano Figueiredo, Marcos Sá Corrêa, Marieta de Moraes Ferreira, Ricardo Benzaquen e Ronaldo Vainfas.
Serviço
Biblioteca Fazendo História. Auditório Machado de Assis, Fundação Biblioteca Nacional (Rua México s/nº, Centro, Rio de Janeiro). Dia 26 de julho, às 16h. Informações: (21) 2220-4300, ramal 215. Inscrições no próprio local. Entrada franca, com direito a certificado de participação.


Fudamentalismo


Yolande Knell , da BBC News em Jerusalém
 20 de julho, 2011

Centenas de judeus conservadores participaram de protestos nas proximidades da Suprema Corte de Israel contra a breve detenção de dois famosos rabinos que apoiaram a publicação de um livro que, entre outras coisas, justifica o assassinato de gentios (pessoas não-judias) em determinadas circunstâncias.
Os protestos realçaram as diferenças entre as comunidades religiosas e de judeus seculares do país. Os manifestantes entraram em choque com a polícia montada nas ruas de Jerusalém e muitos foram presos.
Os rabinos Dov Lior e Yacob Yousef apoiaram um livro polêmico, The King´s Torah, ou a Torá dos Reis, escrito por rabinos menos conhecidos que vivem em assentamentos. O livro justifica inclusive o assassinato de gentios em certas ocasiões, mesmo daqueles não envolvidos em violência.
Seu quinto capítulo, chamado "Assassinato de Não-Judeus em Tempos de Guerra", foi bastante citado pela imprensa israelense. Seu resumo afirma que "você pode matar aqueles que não estão apoiando ou encorajando assassinatos para salvar a vida de judeus".
Em determinado momento, o livro sugere que bebês podem ser justificadamente mortos se está claro que eles se tornarão uma ameaça, uma vez crescidos.
Policiais israelenses que investigam acusações de incitamento detiveram os rabinos depois que eles se recusaram a comparecer voluntariamente para um interrogatório.
Embora os dois rabinos tenham forte apoio entre colonos de orientação ideológica mais acentuada na Cisjordânia ocupada, eles também foram defendidos por integrantes de setores mais amplos da comunidade religiosa.
A acalorada reação às detenções realçaram a tensão entre as autoridades religiosas e civis em Israel e incentivou o debate sobre liberdade de expressão.
Alguns estudantes que se juntaram aos protestos de 4 de julho agora voltaram à tranquilidade da biblioteca de Raana Yeshiva, um seminário de estudos judaicos avançados, ao norte de Tel Aviv.
Eliyahu Gross, 21 anos, viajou com amigos para Jerusalém, mas diz que não leu a Torá dos Reis. 
"Estava apenas protestando contra a ideia de restringirem a Torá (texto sagrado dos judeus)", diz ele. "Na minha opinião, qualquer coisa que seja contra a liberdade da Torá é basicamente contra a minha liberdade como judeu."
O rabino Yehuda Amar, que ajudou a organizar o protesto, rejeita fortemente a maneira como o livro foi retratado.
"A lei judaica é muito, muito cuidadosa sobre qualquer coisa que represente uma ameaça para a vida", diz ele. Para o rabino, o livro apenas convida para uma análise teórica da escritura.
"Precisamos de liberdade para estudar a Torá tanto no nível espiritual quanto no democrático", diz Amar. "Tentamos mostrar que existe um contraste, as ideias espirituais são mantidas em separado da vida prática."
À medida em que avança a discussão, fica clara a sensação de que a comunidade se sente marginalizada.
O chefe de Raana Yeshiva, o rabino Haim Rehig, vê a Torá dos Reis como "um livro problemático" e escreveu sobre ele. Ele acredita que os protestos recentes foram basicamente sobre a exigência de judeus religiosos de ter "igualdade perante a lei".
"Toda vez que eles investigam o ‘lado direito do mapa’, se você quiser chamar desta forma, veem que existem choques culturais entre nós e a parte secular do país", diz ele.
Ele sugere que alguns acadêmicos de esquerda incitam o ódio entre colonos e judeus religiosos. "Ninguém os prende porque somos um tipo de minoria por aqui", diz.
Seculares
Uma enquete informal feita pela BBC no mercado Mahane Yehuda, em Jerusalém ocidental, ilustra a diferença entre a minoria religiosa e a maioria secular.
No mercado, há muito apoio à ação policial contra os rabinos que apoiaram o texto controverso. Muitos enxergam isso como uma prova de que a lei se aplica a todos.
"O papel de um rabino é muito importante, mas não está acima da lei", diz Avi Ben Yousef.
"Como cidadãos, todos seguimos as mesmas regras e regulamentos. Vivemos em uma democracia, e é assim que deve ser."
"Se alguém apoia o racismo, é contra a lei, portanto deve ser preso", diz um comerciante local, Eli. "Acredito que, mais do que isso, as pessoas que escreveram o livro devem ser julgadas. Me preocupo não apenas com o livro, mas com os religiosos", diz ele.
"Muitos estão preocupados, mas não falam. Este é um problema porque as pessoas cujas vozes são ouvidas o tempo todo são extremistas que apoiam o livro."
A retirada isralense de Gaza gerou choques entre colonos e forças de segurança
 Tensões
Vários episódios da história recente de Israel amplificaram as tensões entre judeus religiosos e seculares. Em 2005, a retirada unilateral de Israel da Faixa de Gaza fez as forças de segurança despejarem à força colonos judeus – em sua maioria, religiosos. Protestos se seguiram a isto.
Muitas pessoas nas comunidades religiosas viram as desocupações como uma traição do Estado e de suas instituições, em especial a Suprema Corte, que julgou que o plano do governo de saída de Gaza era constitucional.
Dez anos antes, o assassinato do então primeiro-ministro Yitzhak Rabin pelo judeu ultraortodoxo Yigal Amir também causou uma profunda divisão. Amir se opunha ao acordo de Oslo, de 1993, fechado entre Israel e os palestinos.
O pesquisador acadêmico do Instituto de Democracia de Israel Yair Sheleg, que estuda há tempos as tendências religiosas no país, afirma que os mal-entendidos entre diferentes grupos são perigosos.
Ele diz que os judeus seculares não devem enxergar todos os judeus religiosos da mesma forma. "Vejo uma disputa entre liberais e extremistas dentro do setor sionista religioso. Os extremistas ganham poder caso sintam que a maioria secular descreve todo o setor como extremista", diz ele.
"Quando jovens sentem que são odiados, isso os empurra mais para o extremo", afirma.
Mais judeus ultraortodoxos vêm ingressando no mercado de trabalho em vez de dedicarem suas vidas ao estudo exclusivo da Torá. Alguns fazem serviço militar e entram em unidades de combate.
Embora as forças armadas publiquem poucas informações sobre a origem dos alistados, em agosto do ano passado, a revista da Defesa israelense, Maarachot, informou que, em anos recentes, cerca de 30% dos graduados de cursos de oficiais de infantaria se definem como “religiosos sionistas”. Em 1980, esta taxa era de 2,5%. 
Os últimos protestos podem mudar as percepções, mas o episódio da Torá dos Reis é um lembrete do potencial antagonismo e choque de ideologias. 
Como muitos judeus religiosos vivem em assentamentos na Cisjordânia ou têm parentes neles, vários analistas os apontam como locais com potencial para futuros conflitos.
Enquanto a lei internacional considera os assentamentos ilegais, Israel contesta isso. Os palestinos querem a terra para seu futuro Estado.
Os chefes militares israelenses responsáveis pela Cisjordânia estariam preocupados sobre possíveis choques com colonos nos próximos meses, quando devem seguir uma decisão legal e desmantelar um assentamento julgado ilegal.
 Enquanto isso, se observa um aumento da violência entre judeus extremistas de direita e palestinos.
Em um artigo no jornal israelense Maariv, um comandante regional foi citado dizendo que as ações de judeus extremistas "está crescendo... para eles, um livro como a Torá dos Reis não é apenas uma discussão teórica".
 fonte:http://www.historianet.com.br

21 de julho de 2011

A Dívida Externa Brasileira

       Introdução

       Durante a última semana a imprensa emudeceu frente a organização do plebiscito em relação à dívida externa. O pouco espaço dedicado à questão foi ocupado por entrevistas do ministro Pedro Malan, para defender a posição neoliberal do governo ou por editoriais que iniciam-se chamando a idéia de "calote".



        Uma Questão de Cidadania

        Em momento algum a grande imprensa e aqueles que são contrários ao "calote" se preocuparam em falar sobre todos os calotes que foram dados na sociedade brasileira, quando, ao longo de mais de um século, o endividamento serviu para sustentar uma elite parasitária e criar uma economia subserviente ao capital internacional e ao F.M.I..
        Em momento algum a imprensa e os governantes preocuparam-se em defender a realização de um grande debate nacional, para que a sociedade que paga os empréstimos tenha consciência de sua origem e dos "benefícios" que trouxe à ela; percebem que qualquer movimento de discussão desse assunto representa um questionamento à política em andamento, assim como também percebem que qualquer discussão que possa envolver a sociedade como um todo, não interessa a essa minoria.
        A proposta da realização do plebiscito representa um grande avanço, exatamente por que pode envolver toda a sociedade num grande debate, que na verdade é muito maior do que a discussão da Dívida Externa, trata-se de discutir a cidadania. Independentemente da importância do tema, a participação da sociedade é que está em jogo e nesse sentido fica patente o que as elites pensam da cidadania: a ação do homem no sentido de respeitar as leis do Estado e em hipótese alguma participar, discutir, opinar.
        Ninguém é ingênuo em acreditar que o Plebiscito que ocorre nesse momento vá definir o encaminhamento da questão da dívida, porém cria um debate em toda a sociedade

       Origem da Dívida

        A Dívida Externa adquiriu proporções astronômicas durante o regime militar (1964-85), no entanto sua origem remonta à Independência do país, no século XIX.
        O primeiro empréstimo externo do Brasil foi obtido em 1824, no valor de 3 milhões de libras esterlinas e ficou conhecido como "empréstimo português", destinado a cobrir dívidas do período colonial e que na prática significava um pagamento à Portugal pelo reconhecimento de nossa independência. A independência não alterou as estruturas sócio econômicas e restringiu-se a um movimento político muito limitado, mantendo o regime monárquico e o herdeiro português no trono, aliado aos latifundiários conservadores sob o comando de José Bonifácio. A aceitação do pagamento da indenização está ligada aos vínculos mantidos com Portugal e ao mesmo tempo aos interesses ingleses, que somente reconheceu nossa soberania após o acordo com Portugal.
       Em 1829 foi realizado novo empréstimo que passou para a história como "o ruinoso" e serviu para cobrir parcelas não pagas do empréstimo anterior. Do total tomado emprestado, o Brasil recebeu apenas 52%, pois o restante serviu para cobrir os juros da dívida anterior.
        Dois novos empréstimos importantes foram realizados durante o Império -- em 1843 e 1852 -- utilizados ainda para pagar débitos relativos ao primeiro empréstimo, que somente foi saldado em 1890.
        Durante esse período o Brasil ainda endividou-se ainda mais com a Guerra contra o Paraguai. A Inglaterra forneceu os navios e empréstimos ao Brasil para o conflito que também interessava à ela.

        A Primeira República

        Durante a república do "café com leite" o endividamento aumentou ainda mais, porém a idéia central ainda era a mesma, garantir os privilégios da elite. O presidente Campos Salles, eleito em 1898, viajou à Inglaterra antes mesmo da posse, para renegociar a dívida com os banqueiros Rotshild, e firmou um acordo que ficou conhecido como "Funding Loan", que suspendia o pagamento por um período de 13 anos, sendo que o pagamento dos juros seria realizado em 3 anos, em títulos da dívida pública e obtinha um novo empréstimo. Como garantia do cumprimento do acordo, as rendas das alfândegas brasileiras ficaram hipotecadas aos credores ingleses.
       Novo endividamento surgiu em 1906, representando o início da "Política de Valorização do Café". Neste ano, foi assinado o Convênio de Taubaté, entre os governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que, a partir de empréstimos tomados no exterior, comprariam e estocariam o excedente da produção de café. A valorização, como outras políticas protecionistas, resolvia o problema imediato da burguesia paulista e mantinha o nível de emprego nos setores da economia vinculados ao café, porém prejudicava a maioria da sociedade, na medida em que setores essenciais eram relegados a segundo plano em termos de investimento, além de promover a desvalorização da moeda, originando um processo que ficou conhecido como "socialização das perdas", quer dizer, a maioria da sociedade pagava pela política que beneficiava a minoria.
       Os governos do período continuaram a realizar empréstimos que beneficiavam a elite cafeeira, contrastando com a situação de crise nas exportações durante a Primeira Guerra Mundial e posteriormente, na metade da década de 20.

Com a crise iniciada nos EUA afetando a economia do país, o pagamento da dívida foi suspenso em 1931 por decisão unilateral do Brasil. Em 1934 a Assembléia Nacional Constituinte passou a investigar o endividamento brasileiro, que chegava a 237 milhões de libras esterlinas e já estava documentado de forma detalhada pelo ministro Oswaldo Aranha. O ministro não era um crítico dos empréstimos do exterior, nem defendia o não-pagamento da dívida. Depois de viver por alguns anos nos EUA, defendia um estreitamento das relações do Brasil com aquele país, em detrimento dos interesses ingleses, então nossos maiores credores. Condenava apenas a forma pela qual os empréstimos tinham sido aproveitados -- não em obras públicas, como achava que deveria Ter ocorrido. Pensava ainda que o país deveria parar de tomar emprestado para pagar empréstimos e deveria pagar com seus próprios recursos. O ministro destacava a característica básica do endividamento: "foram feitos uns para pagar os outros, em parte ou no todo, refundindo-se em novos empréstimos".

      As Últimas Décadas

        Apesar da ausência de empréstimos externos e das condições desfavoráveis do comércio exterior, nos anos 30 a economia brasileira se expandiu em ritmo maior que na década de 20, "época de maciço ingresso de capital externo.
No período posterior ao golpe militar os empréstimos voltam a aumentar substancialmente, devido a política econômica desenvolvida então, particularmente no período que ficou conhecido como "milagre econômico", quando a indústria brasileira cresceu a taxas elevadíssimas graças ao ingresso maciço de capitais estrangeiros, fazendo com que a dívida saltasse de 4 para 12 bilhões de dólares.
         O endividamento pós 64 tem dois estágios. O primeiro é o dos governos Costa e Silva e Médici, nos anos 68-73, do "milagre econômico". Nesse período, os empréstimos foram usados para, ao cabo de tudo, realizar ar operações de crédito na compra de geladeiras, secadores de cabelo, automóveis e outros bens supérfluos e também para financiar ar grandes obras urbanas e serviços que viabilizaram a existência dos automóveis e das geladeiras, tais como estradar, viadutos e redes de energia elétrica.
        No final de 1983, em depoimento na CPI da Dívida Externa, Celso Furtado, economista que fora ministro do Planejamento antes do golpe, mostrou como o Brasil pòs-64, graças a mudanças de política financeira e cambial -
nas regras de conversão do dólar em cruzeiros -, acabou na prática pagando, através do Banco Central, para os capitais estrangeiros, parte do preço de automóveis c secadores de cabelo, comprados a crédito obtido por dólares emprestados.
A Segunda fase do endividamento começa no governo do general Ernesto Geisel (1974-79). A partir de 74, a indústria de bens de consumo duráveis, com a produção de automóveis à frente, começa a encalhar, em grande parte devido a crise mundial do petróleo, que repercute na elevação nas taxas de juros, que somadas aos gastos dos grandes projetos de geração de energia.
        Em 1982 temos o ano da falência declarada do modelo brasileiro de desenvolvimento e o país recorre ao FMI e ao final do governo Figueiredo, que encerra a ditadura militar, a dívida externa chegava a casa de 100 bilhões de dólares.
A Dívida atual alcança a casa dos 231 bilhões de dólares.

Veja material usado na campanha do Plebiscito



Fonte: http://www.historianet.com.br

DITADURA MILITAR

Após o golpe militar, foi formada uma Junta de Governo, chefiada pelo general Pinochet, responsável por conduzir a contra revolução, ou seja, reestruturar as antigas bases sócio econômicas do Chile, garantindo os privilégios da burguesia, dos latifundiários e principalmente do capital internacional, controlador do processo de exploração mineral no país. Para tanto, a centralização do poder foi responsável por intensa repressão, caracterizada por prisões, tortura e extermínio de opositores ( cerca de 30 mil ).



O governo militar criou a DINA, polícia política, responsável pela repressão, inclusive fora do país, articulando o assassinato de opositores como o general Carlos Pratts e o ex-chanceler Orlando Letelier; toda a década de 70 foi caracterizada pelo fortalecimento das instituições e da legislação que apoiavam o novo regime. Somente na década de seguinte é que surgiram novas manifestações sociais, com a reorganização gradual - e muitas vezes ilegal - de setores da sociedade civil, que passaram a pressionar o regime militar. Mesmo assim, os militares prepararam cautelosamente a transição política, garantindo à Pinochet o comando da Nação até 1989 e o cargo de comandante-em-chefe do exército até 1997.

A eleição de Patrício Aylwin em 1989 representou o retorno à democracia, porém sob tutela de um exército ainda poderoso, que garantiu o cargo de senador vitalício para Pinochet.




Fonte: http://www.historianet.com.br

Guerra ao narcotráfico é nova desculpa humanitária


Colômbia é o próximo alvo dos Estados Unidos.

Marcelo Barba ( texto extraído do jornal Opinião Socialista )Poucos meses após a sua vitória sobre a Iugoslávia, o governo norte-americano já tem um novo alvo para sua intervenção "humanitária": a Colômbia. Como já afirmávamos em artigos durante a guerra da Iugoslávia, o imperialismo ianque quer construir uma nova ordem mundial baseada na sua absoluta e indiscutível liderança. Para isto, é necessário que eles acabem com as situações "problemáticas" que ainda existem nas regiões mais estratégicas do planeta.Agora é a vez de tentar acabar com os mais antigos grupos guerrilheiros ainda em ação no continente latino-americano: as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o Exército de Libertação Nacional (ELN) na Colômbia. Usando a desculpa de um suposto envolvimento destes grupos com o tráfico de drogas, os EUA estão, direta e indiretamente, aprofundando seu envolvimento no conflito.

Há mais de 40 anos, a Colômbia vive em uma guerra civil que já matou, somente nos últimos 15 anos, mais de 20 mil pessoas. O recente aumento dos choques entre guerrilha, exército (apoiado cada vez mais pelos EUA) e paramilitares de direita (apoiados por narcotraficantes, empresários e grandes latifundiários), junto com a crise econômica que assola todos os países latino-americanos adeptos do neoliberalismo, fez com que a produção industrial do país caísse, apenas no primeiro semestre, 14,3%. O caso mais grave é o das montadoras, que trabalham somente com um quarto da sua capacidade produtiva.

Os EUA tentam fortalecer a autoridade do presidente colombiano Andrés Pastrana, bastante abalada pela crise que vive o país. As iniciativas de diálogo entre o governo e a guerrilha ainda não avançaram nenhum milímetro. O exército norte-americano já tem organizado um cerco à Colômbia. Além das suas bases no Panamá, estão instaladas ou em fase de construção, bases militares em Aruba, na Venezuela, Peru e Equador, além da própria Colômbia.

Somente neste ano, US$ 300 milhões já foram enviados como ajuda financeira para "combater o narcotráfico".
Mas a guerra contra o narcotráfico (desculpa para toda esta intervenção) é uma completa hipocrisia. Hoje, a Colômbia sozinha é responsável por 80% da produção de cocaína no mundo. O dinheiro do narcotráfico está em todas as instituições do Estado colombiano. Mesmo que algumas vezes, autoridades tenham que prender um ou outro traficante ou destruir algum laboratório clandestino, isto só serve para "livrar a cara". Recentemente, a mulher de um coronel norte-americano, que é um dos coordenadores das ações anti-tráfico na Colômbia, foi presa por usar o serviço postal do exército para enviar cocaína para os EUA. Da mesma forma, todos os funcionários da embaixada norte-americana em Bogotá estão sendo investigados pelo mesmo motivo.

Os paramilitares que são patrocinados, entre outros, pelos narcotraficantes, contam com a impunidade e mesmo a ajuda do Exército e da justiça. O ex-presidente Ernesto Samper foi apoiado financeiramente pelos traficantes na sua campanha eleitoral.

Os EUA não estão preocupados com a produção de drogas, mas com a consolidação do seu domínio no "quintal" da América Latina. As desculpas podem mudar (ajuda humanitária em Kosovo, drogas na América Latina) mas o objetivo é sempre o mesmo: aprofundar o processo de recolonização mundial para garantir os lucros das grandes corporações norte-americanas.

EUA quer "força de paz" para intervir

Apesar de todo o aparato militar montado pelos EUA na Colômbia e nos países vizinhos, é improvável que haja a curto prazo uma intervenção direta norte-americana no país. Da mesma forma que em Kosovo, tudo estará bem enquanto nenhuma vida americana for perdida. É a síndrome do Vietnã ainda presente.

Por outro lado, a Colômbia é uma situação mais difícil de se resolver. Com uma guerrilha dominando 40% do território, embrenhada nas selvas e montanhas do país, não é difícil imaginar as dificuldades e estragos que uma intervenção direta à la Vietnã poderia trazer para os EUA.
Desta forma, a tática norte-americana é outra. Além do financiamento do exército nacional colombiano, do envio de "assessores" militares e de armas modernas, os EUA querem a participação dos países sul-americanos numa "força de paz" na Colômbia. Na verdade, querem uma intervenção sob sua direção, mas que sejam os soldados brasileiros, argentinos, peruanos, equatorianos e venezuelanos a tomarem os tiros. Os presidentes da Argentina, Carlos Menem e do Peru, Alberto Fujimori, já declararam que podem participar de uma suposta "força de paz" na região. Mas, eles sabem que isto não será nada fácil e poderia piorar a situação já problemática em seus próprios países, atolados na crise econômica e política. (M.B.)

Uma perspectiva equivocada

É fundamental que as organizações guerrilheiras tenham uma política direcionada ao movimento operário, estudantil e popular, chamando à solidariedade e apoio do conjunto dos movimentos populares do continente e em todo mundo para lutar contra essa ameaça de intervenção e barrar qualquer iniciativa dos governos latino-americanos de intromissão, mesmo que estejam disfarçadas de "iniciativas políticas".


Defesa de uma paz negociada?

Porém, um dos obstáculos para um triunfo da luta popular e da guerrilha é a orientação limitada da direção das organizações guerrilheiras. Elas parecem buscar uma paz negociada, com algumas diferenças da política oficial, mas aceitando conversações em que os árbitros sejam figuras dos governos burgueses latino-americanos, dos meios imperialistas ou da Igreja, e que não coloque em questão a natureza capitalista e submissa do Estado colombiano. Não se deve aqui cometer erros como a negociação entre a guerrilha de El Salvador e o governo local que na prática terminou numa verdadeira rendição política da Farabundo Marti e na manutenção das mesmas oligarquias no poder.

Bases capitalistas

As FARC, por exemplo, têm um programa que não coloca uma proposta socialista. Pelo contrário, sua perspectiva é a reconstrução do país sob bases capitalistas, aceitando até a grande propriedade e as multinacionais, limitando-se a defender uma nova distribuição da renda. O ELN tem um programa semelhante.
Essa limitação não impede que os revolucionários busquem estabelecer a mais ampla unidade de ação para derrotar a burguesia e o imperialismo que tentam afogar sua justa rebelião armada. (M.B.)

Fonte: http://www.historianet.com.br

30 de junho de 2011

DICA DE LEITURA


O unitário - A história de um médico perseguido pela Inquisição - Pedro Puech


Sinopse 

O ano é 1553. Da cidade italiana de Ancona, o jovem Benjamin e seu tutor, o médico e anatomista português Amatus Lusitanus (1511-1568) – ambos judeus portugueses convertidos ao cristianismo por força da Santa Inquisição – , são convocados a Roma pelo renomado artista Michelangelo Buonarroti (1475-1564) para um encontro secreto. Na capital da Igreja Católica, ambos são envolvidos em uma trama que levará Benjamin à França, ao Sacro Imperio Romano-Germânico e à atual Suíça, passando pelo ambiente de efervescência intelectual da Sorbonne e do Collége Royal, em Paris, e do Gymnasium, em Estrasburgo, e pelo regime rigoroso da Genebra governada por João Calvino (1509-1564), em busca de uma informação que pode alterar a história da medicina.

Resgatando a tradição do romance histórico, Pedro Puech mescla em O unitário personagens fictícios e históricos como Calvino, Michelangelo e o próprio Lusitanus, reconstituindo o ambiente acadêmico e político da Europa do século XVI; a tensão e a turbulência causadas pelas discussões teológicas inflamadas; e a perseguição movida por católicos e protestantes contra seguidores de doutrinas que ousaram questionar, entre outros dogmas, a Santíssima Trindade, como os unitários e os arrianos.

Neste cenário, um confuso Benjamin correrá riscos constantes e viverá uma jornada de medo, mas também de conhecimento, durante a qual irá se deparar com a vaidade levada a extremos por figuras como o médico do papa Julio III, Realdo Colombo (1516-1559); com a intransigência e firmeza de convicções na pessoa de Michel Servet (1511-1553), um cristão fervoroso que rejeitava a Santíssima Trindade, crendo em Deus como uma só entidade, motivo pelo qual era chamado – como outros – de “unitário”; e verá de novo a face da intolerância, assistindo a processo religioso semelhante ao que levou seu pai a arder na fogueira da Inquisição por se recusar a abandonar sua religião em favor do cristianismo, em Portugal.


Puech retrata em seu livro os dois lados da Europa renascentista, onde o humanismo e revoluções artísticas e científicas conviveram com a intolerância religiosa e regimes totalitários, tanto seculares quanto teocráticos. Seu protagonista guia o leitor por este período confuso, traçando o caminho até as origens de uma grande descoberta científica e ajudando a compreender alguns de seus personagens mais emblemáticos, como o anatomista, médico, teólogo e astrólogo Michel Servet, dando forma a um romance histórico que segue as pegadas do clássico O nome da rosa.


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29 de junho de 2011

INQUISIÇÃO


Inquisição é um termo que na língua portuguesa, é usado comumente como: maldade, fanatismo, violência, obscurantismo e ignorância. para pessoas um pouco mais informadas, a Inquisição foi um tribunal de padres violentos e mal intencionados, criado na Espanha com o objetivo de defender o catolicismo.
Estas concepções não deixam de se justificar até certo ponto que esta instituição católica aplicou métodos que hoje repugnam à consciência de pessoas civilizadas.
Historicamente, a Inquisição não pode ser vista de forma tão simplificada e unilateral . mesmo não pretendendo reabilitar uma instituição que foi precursora de órgãos largamente adotados pelos Estados totalitários modernos, é preciso descartar as visões reducionistas e simplistas, aprofundando o tema.






Bibliografia

LOPEZ,Luis Roberto – História da Inquisição. Porto Alegre. Mercado Aberto,1993.

O Príncipe






O livro intitulado "O Príncipe" foi escrito em 1512 por Niccolo Machiavelli, um filósofo político italiano, que viveu entre 1469-1527. O príncipe é geralmente visto como uma análise realista e prática do poder político. O livro explica como o poder pode ser ganho e efetivamente praticado. Em outras palavras, é um trabalho clássico sobre estratégia.
Originalmente os seis capítulos inter-relacionados são tratados temas específicos acerca de questões de estratégia política. A análise estratégica de machiavelli é tal que chega a encorajar o uso de armas. Segundo ele, o fundamento de todos os Estados está predicado nos princípios de "boas leis e boas armas". Dentre os dois, ele parece colocar maior ênfase sobre as armas, sendo que não poderiam existir boas leis onde não existissem boas armas. O livro de Machiavelli é repleto de sutis análises diplomáticas.
Ele sugere quase a mesma aproximação ao lidar tanto com questões militares, quanto com a população civil. O livro é enriquecido pelas memoráveis citações políticas que contém. No livro, Machiavelli explica que as aparências são extremamente importantes para a arte do estadismo e o líder não deve se esquecer do bem-estar de seu povo, mesmo que sempre tenha de fazer seus seguidores dependerem dele.
O livro é anti-moralista porque encoraja o líder a agir contra a fé, contra a caridade, contra a humanidade e contra a religião. Machiavelli argumenta, que o líder deve ter a mente disposta a se adaptar de acordo com a direção do vento e as variações ditadas pela fortuna (sorte). Ele afirma que é perfeitamente possível para um líder agir de maneira cruel, e ainda assim aparentar ser um modelo de benevolência à maioria de seus seguidores. Entretanto, o príncipe deve se fazer temido de tal maneira que, mesmo sem ter ganhar o amor de seus seguidores, deve manter-se distante do ódio.
O livro é ainda hoje muito valorizado porque apresenta os principais tópicos discutidos na literatura científica em estratégia. A base da análise de Machiavelli é o mundo assim como se apresente. Esse autor, de forma indubitável, poe o foco de análise sob a história antiga, assim como sobre a política italiana contemporânea, dessa forma, fixa as bases empíricas de seu estudo. Ele claramente percebia o principio de que o poder cresce distante da dependência dos outros. O livro estabelece que Machiavelli é um ardente nacionalista.
O Príncipe se mantém tão vivo e chocante hoje quanto foi a mais de quinhentos anos atrás quando foi escrito. Sua influência no pensamento e história política moderna é profundo. Seu alto nível de legibilidade persiste até hoje.
Nadir Costa

3 de maio de 2011

Terminou a história de Osama bin Laden

Obama anunciou a morte de Osama Bin Laden. O que Bush não conseguiu fazer, Obama anuncia perto da sua candidatura a reeleição.

Tudo começou em Riade, no dia 10 de março de 1957 nascia um dos maiores terroristas do Mundo.Osama bin Laden.


Filho de Muhammed bin Laden, imigrante iemenita pobre que se tornou o homem mais rico e poderoso da Arábia Saudita, depois do próprio rei, Osama bin Laden era o filho único de sua décima esposa, Hamida al-Attas; seus pais se divorciaram logo depois que ele nasceu (a mãe de Osama se casou com Muhammad al-Attas e o novo casal teve quatro filhos). Osama bin Laden  também é conhecido pelos seguintes nomes: Usama Bin Muhammad Bin Ladin, Shaykh Usama Bin Ladin, The Prince, The Emir, Abu Abdallah, Mujahid Shaykh, Hajj, The Director.
Seu nome foi conhecido no mundo inteiro no dia 11 de setembro, com os atentados contra as torres gêmeas em Nova York e contra o Pentágono. Logo após os ataques, o governo do Afeganistão solicitou provas ao governo americano sobre a autoria dos ataques por Bin Laden, caso fossem apresentadas estas provas este iria detê-lo e entregá-lo às autoridades americanas. O governo dos Estados Unidos nunca apresentou publicamente tais provas. Após os ataques de 11 de setembro de 2001, o Afeganistão foi escolhido como primeiro alvo da “cruzada contra o terror”, conduzida pelo governo de George W. Bush(filho). O suposto objetivo da operação era desmantelar a organização terrorista Al-Quaeda, liderada pelo saudita Osama Bin Laden.
Acreditava-se que estaria escondido em algum lugar da fronteira montanhosa entre o Afeganistão e o Paquistão.
No dia 1º de maio à noite, o presidente dos EUA, Barack Obama, dirigiu à nação americana para anunciar que os Estados Unidos já matou Osama bin Laden, o líder da Al Qaeda. Pelo Twitter  os usuários foram avisados da morte do terrorista pela conta oficial do presidente americano na rede social. Na página de mais procurados pelo FBI, Osama Bin Laden já aparece como morto.

fonte:
http://bagarai.com.br/terminou-a-historia-de-osama-bin-laden.html

31 de março de 2011

"Deixo a vida para entrar na história"; suicídio de Getúlio completa 56 anos

"Deixo a vida para entrar na história"; suicídio de Getúlio completa 56 anos: " Gaúcho nascido em São Borja, Getúlio Dorneles Vargas (1882-1954) foi presidente que passou mais tempo no governo do Brasil, no total, por quase 20 anos. Em permanência no cargo mais alto do executivo, perde apenas para dom Pedro 2º, que comandou o país de 1840 até 1889.
No dia 24 de agosto de 1954, Getúlio Vargas suicidou-se com um tiro no peito. 'Deixo a vida para entrar na história' é o trecho mais famoso da carta testamento encontrada junto ao corpo no Palácio do Catete, sede do governo federal até 1960, no Rio. O ano foi marcado por crise econômica, descontentamento popular e pressão de militares e membros da imprensa."

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18 de março de 2011

Uma advertência ao mundo

A era nuclear iniciou não muito longe de Fukushima, quando os EUA se converteram na primeira nação na história da humanidade a lançar bombas atômicas sobre outro país, duas bombas que destruíram Hiroshima e Nagasaki, matando centenas de milhares de civis. O jornalista Wilfred Burchett foi o primeiro a descrever a “praga atômica” como a chamou: “nestes hospitais encontro gente que, quando as bombas caíram não sofreram nenhuma lesão, mas que agora estão morrendo por causa das sequelas”. Mais de 65 anos depois de Burchett escrever sua advertência ao mundo, o que aprendemos de fato? O artigo é de Amy Goodman.


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14 de março de 2011

Desastre no Japão pode ser o mais caro da história

Especialistas estimam que prejuízos materiais cheguem a R$ 166 bilhões

O terremoto de 8,9 graus na escala Richter e os tsunamis que atingiram o Japão na última sexta-feira (11) podem ser responsáveis pelo desastre natural mais caro da história, estimou nesta segunda-feira (14) a consultoria internacional Eqecat, citada pela rede de TV americana CNN.
 

4 de fevereiro de 2011

ORIGENS DA CIDADE DE ROMA

         Os restos monumentais das ruínas existentes em Roma oferecem apenas uma visão incompleta sobre o passado grandioso da cidade.
O aspecto da cidade se modificou muito com o passar dos milênios; demolições, incêndios, terremotos, terraplanagens, que aconteceram em épocas diferentes, apagaram para sempre seu perfil original.
        Os verdadeiros fundadores de Roma foram os etruscos, um povo que habitou primitivamente a região do Lácio, banhado pelo Rio Tigre, onde a cidades teve sua origem.
     Os rituais que a lenda de Rômulo e Remo descrevia eram etruscos, ao que tudo indica, até mesmo as palavras Roma e Tigre, que designam a cidade e seu rio.
      O local escolhido para o estabelecimento da cidade apresentava vantagens. Ficava suficientemente perto do mar, o que dificultava o ataque de piratas, muito frequentes naquela época. A região porém, era muito pantanosa e sujeita a enchentes. Por essa razão, os primeiros romanos encontraram obstáculos muito grandes para tornar habitável a área escolhida para o estabelecimento de sua cidade.
    Os romanos dos primeiros tempos viviam principalmente no campo, dedicando-se à agricultura. A cidade era, para eles, o local destinado aos templos, reservado aos reis e a aplicação da justiça. Era o lugar onde se reuniam as tribos e os chefes de família.

A história dos dois séculos e meio da monarquia romana esta envolta em lendas. Durante o período monárquico, foram estabelecidas as bases da cidade, construindo-se os primeiros templos, edificando-se as muralhas e unindo-se as duas margens do Tigre pela primeira ponte.

      A República foi estabelecida por um movimento liderados pelos nobres.
     O numero de imperadores que governavam Roma chegou a mais de cinquenta; Augusto, Nero, Calígula, Domiciano, Carocala, eliogabalo são alguns deles.
Nos últimos tempos, foram pouquíssimos os governantes romanos que não morreram assassinados.
    Crises econômicas, abrangia terras da Europa, norte da África e do Ocidente da Ásia. As províncias eram administradas diretamente pela cidade, a verdadeira capital do mundo antigo.
     Nero um dos doze césares, o primeiro a perseguir os cristãos, foi responsável pela reedificação de grande parte de Roma, tentou inutilmente providenciar o alargamento das ruas a população era contrária à decisão do imperador por acreditar que o Sol seria excessivo se as ruas fossem ampliadas e por isso poderia ocorrer epidemias, os incentivos à urbanização diminuíram sob o poder de Adriano.
     Os imperadores Antoninos, sucessores dos doze césares na época do apogeu do império, durante o séc II d.C., naquele período, as importações de trigo a preço baixos e também a entrada de milhares escravos provocaram a decadência dos trabalhos agrícolas e uma superpopulação na cidade, o povo romano vivia de pão e circo.
     Durante o longo período de governo do imperador Augusto, mais de quatrocentas cidade foram fundadas, grande somas de dinheiro eram destinadas ao embelezamento de suas cidades. A cultura romana espalhou-se por todo império e foi o principal legado deixado a posteridade. Roma a “suprema metrópole” - Foi, realmente a “Mãe de nosso cultura moderna”.
     O domínio de Roma sobre as províncias foi enfraquecendo, mais de uma vez os imperadores promovera divisões administrativas para resolver os problemas. No século III d.C foi criada a tetrarquia, uma divisão do império em quatro partes.
     Nos fins do séc. Ivd.C., o imperador Teodósio dividiu o território romano em duas poções: Império Romano do Oriente, com sede em Constantiniana, e Império Romano do Ocidente, cuja capital era Roma.
    Em 476 d.C., o Império Romano do Ocidente, que de romano só tinha o nome, foi dominado pelos hérulos, um povo germânico . A partir desse momento, o Império do Ocidente deixou de existir. Os bárbaros, que o ocupara, fundaram diferentes reinos que deram origem a vários países europeus, africanos e asiáticos modernos. Dessa forma este período marcou o fim da Idade Antiga e inicio da Idade Média, em 1453, marcou o início da Idade moderna.

13 de janeiro de 2011

NOVOS OLHARES NA HISTÓRIA

Formação Continuada a Distância
PROGRAMA DE CURSO
Fornecer elementos para que estudantes e professores, sobretudo os que militam no ensino médio, contribuam para enriquecer a visão humanística dos jovens. Assim, módulos repletos de encaminhamentos práticos relativos ao trabalho dos professores no cotidiano escolar, apresentando discussões bem elaboradas sobre campos e assuntos da história que devem ser incorporados ao ensino da disciplina, ampliando as possibilidades de reflexão sobre o mundo contemporâneo e a inserção dos indivíduos e das comunidades nesse mundo. História do Brasil, biografias, gênero, direitos humanos, cultura, alimentação, corpo, ciência e tecnologia, meio ambiente, história regionais, e temáticas que há décadas mobilizam a academia, mas que ainda permanecem distantes das aulas de história, numa perspectiva que privilegia a apresentação de sugestões de trabalho, materiais didáticos, visando embasar melhor as aulas que milhares de professores lecionam país afora.
Inscrições Abertas
Início em 18 de Janeiro
 http://www.gpeconline.com.br/moodle/
Para se inscrever, acesse o site


10 de janeiro de 2011

Plebiscito atrai atenção do mundo sobre o Sudão

Foco da atenção da comunidade internacional sobre o Sudão oscilou, nos
últimos anos, entre Darfur e o processo de paz norte-sul. Atual
engajamento ocidental em torno da independência do sul talvez chegue
tarde demais.

Às vésperas da votação sobre a independência do sul do Sudão, tanto
Berlim quanto Washington, Londres e Paris insistiam para que a paz
fosse mantida no país, independente do resultado das urnas. Contudo,
os apelos não fazem esquecer o fato de que no passado o Ocidente
dedicou pouco interesse aos atritos entre o norte e o sul do país
africano.

Wolfram Lacher, especialista em assuntos sudaneses do Instituto Alemão
de Assuntos Internacionais e de Segurança (SWP), explica a situação:

"Nos últimos anos, a atenção da comunidade internacional sobre o Sudão
oscilou muito. Quer dizer: entre 2003 e 2005 Darfur esteve no fim da
lista de prioridades, para que o acordo de paz norte-sul não fosse
ameaçado. Depois que este foi assinado, a atenção se voltou
maciçamente para Darfur."

No último ano, o interesse reverteu mais uma vez: Darfur perdeu
importância, em favor do processo de paz entre as duas partes do
Sudão, segundo Lacher. Mesmo assim, o engajamento chegou tarde demais,
prejudicando o plebiscito.

Diversos tópicos do acordo de paz ou não foram implementados ou foram
postos em vigor com atraso. Um exemplo é que tanto o norte como o sul
demoraram demais a realizar um recenseamento para verificar o número
de eleitores para o plebiscito. Até hoje, o sul questiona os dados do
censo, fato que poderá utilizar mais tarde para colocar em dúvida o
resultado do referendo.

Influência ocidental restrita

À medida que se aproximava a data do plebiscito, voltou a crescer o
interesse internacional pelo Sudão. No início de outubro de 2010, a
revista Africa Confidential noticiava que o país africano era a
terceira prioridade para a política externa dos Estados Unidos, logo
após o Iraque e o Afeganistão. Diversos enviados especiais circularam
entre Washington, a capital sudanesa, Cartum, e o sul do país.

No entanto, peritos como Peter Schumann, antigo coordenador da missão
das Nações Unidas no Sudão (Unmis, na sigla em inglês), classificam
como modesta a influência das nações ocidentais sobre os
acontecimentos no país. Uma das razões para tal é sua política no
passado.

"Cartum soube jogar com maestria os interesses próprios dos diferentes
Estados, opondo-os uns aos outros. Os EUA, por exemplo, cooperaram
estreitamente com o governo sudanês na luta contra o terrorismo, que
era sua meta principal. Na realidade, por este motivo foi rechaçada
uma mudança de regime", analisa Schumann.

Enquanto tanto Africa Confidential quanto o jornal Washington Post
relatam uma aproximação entre os serviços secretos norte-americano e
sudanês, o Sudão consta oficialmente da lista dos países que apoiam o
terrorismo internacional. Especialistas creem que os EUA farão ofertas
e concessões ao regime sudanês, para que a cooperação informal
existente entre os dois países são seja afetada. Nesse sentido,
Washington já considerou até suspender as sanções econômicas contra a
nação africana.

Dívida externa e engajamento

A dívida externa sudanesa – um dos principais pomos da discórdia – é
um outro instrumento que as potências industriais ocidentais podem
acionar no contexto das negociações norte-sul. Caso o sul se torne
independente, o norte do Sudão pretende empurrar parte de suas dívidas
para o novo Estado, algo que o sul rejeita veementemente.

Aqui, o analista Wolfram Lacher vê uma chance para os países
ocidentais exercerem um papel de mediação. Importante, segundo o
especialista, é que ambos os lados sejam considerados, o que poderá
tornar o Norte mais flexível em alguns pontos.

Na qualidade de diplomata experiente, Peter Schumann tem um outro
conselho para os governos ocidentais: mais engajamento in loco.

"O importante é uma presença, não apenas nas capitais, mas sim
abrangente – como a que a missão da ONU e os representantes da
sociedade civil internacional vêm mantendo, até certo ponto. Essa é
uma contribuição muito mais importante, para deixar claro às pessoas,
nas aldeias e nas cidades, de que alguém está observando a situação."

O plebiscito sobre a eventual independência do sul do Sudão se inicia
neste domingo (09/01).

Autor: D. Pelz / P. Brooks / A. Valente
Revisão: Marcio Damasceno