16 de dezembro de 2012

Estudo genético desafia teoria de que os humanos vieram de apenas um lugar da África


A teoria de que os seres humanos modernos vieram de apenas um único local da África tem sido desafiada por novas pesquisas.
Um estudo mostrou que os povos Khoi e San do sub-Saara são descendentes de humanos de um evento antigo que segregou toda a espécie há cerca de 100.000 anos.
  A pesquisa envolveu 220 participantes, representando 11 populações diferentes em todo o sul da África. Os testes revelaram 2,3 milhões de variantes de DNA por indivíduo, de acordo com o artigo publicado na revista Science.
  Todas essas diferenças genéticas são devido ao cruzamento e estratificação e não por acasalamentos aleatórios. O estudo foi realizado por uma equipeinternacional de cientistas suecos e africanos.
Os cientistas estimam que as populações do norte da Namíbia e da Angola foram separadas dos povos Khoi e San entre 25.000 e 40.000 anos atrás. Dra. Carina Schlebusch da Universidade de Witwatersrand em Joanesburgo, disse à Science: “Não é surpreendente a diversidade étnica entre o grupo Khoi e San”.
Muitos pesquisadores respeitados acreditam que os humanos modernos se originaram de uma região africana antes de se espalharem para a Europa e Ásia há 60.000 anos.
É possível afirmar que os humanos modernos surgiram a partir de um grupo não homogênio”, disse Mattias Jakobsson da Uppsala University na Suécia, um dos autores do estudo.
  Os dados genéticos revelaram também como as gerações dos povos Khoi e San se adaptaram ao seu ambiente, envolvendo funções musculares, respostas imunes e proteção contra os raios UV do Sol.

A revista Science relatou ainda como os pesquisadores se concentraram nos sinais que demonstravam as adaptações antigas que aconteceram antes da separação histórica da linhagem dos dois povos e de outros seres humanos.
Pontus Skoglund, co-autor do estudo, disse: “Apesar de todos os seres humanos de hoje carregarem variantes semelhantes em seus genes, a divergência inicial entre os povos Khoi e San e outros grupos de humanos na época nos permitiu uma melhor visão sobre os genes que atuaram na rápida evolução dos antepassados de todos os seres humanos que vivem hoje no planeta”.


Fonte:
http://jornalciencia.com/sociedade/diversos/2088-estudo-genetico-desafia-teoria-de-que-os-humanos-vieram-de-apenas-um-lugar-da-africa

15 de outubro de 2012

15 de outubro dia dos professores


Ser Professor (a)

É buscar dentro de cada um de nós
forças para prosseguir, mesmo com toda pressão,
toda tensão, toda falta de tempo...
Esse é nosso exercício diário!
Ser professor (a) é se alimentar do conhecimento
e fazer de si mesmo (a) janela aberta para o outro.
Ser professor (a) é formar gerações, propiciar o
questionamento e abrir as portas do saber.
Ser professor (a) é lutar pela transformação...
É formar e transformar,
através das letras, das artes, dos números...
Ser professor (a) é conhecer os limites do outro.
E, ainda assim, acreditar que ele seja capaz...
Ser professor (a) é também reconhecer que
todos os dias são feitos para aprender...
Sempre um pouco mais...
Ser professor (a)
É saber que o sonho é possível...
É sonhar com a sociedade melhor...
Inclusiva...
Onde todos possam ter acesso ao saber...
Ser professor (a) é também reconhecer que somos,
acima de tudo, seres humanos, e que temos licença para rir, chorar,
esbravejar.
Porque assim também ajudamos a pensar e construir o mundo.
Todos os dias do ano são seus, professor(a)!
Parabéns!

10 de outubro de 2012

Cientistas espanhóis acham lugar exato onde Julio César foi apunhalado.



EM Madri uma equipe do COnselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) da Espanha encontrou o ponto exato onde Júlio César foi apunhalado enquanto presidia uma reunião do Senado em Roma, na Itália. O imperador estava exatamente no centro do fundo fa Curia di Pompeo, informpu nesta quarta feira (10) a instituição.



Vários textos antigos descrevem o assassinato de Júlio César, ocorrido no ano de 44 a.C., fruto de um complô de um grupo de senadores que queriam eliminar o general, o que desembocaria na formação do segundo triunvirato e na explosão final das guerras civis. Uma estrutura de concreto de 3x2m, que foi colocada por ordem de Augusto, filho adotivo e sucessor de Júlio César, para condenar o assassinato, deu a chave que faltava aos cientistas para descobrirem o local de sua morte. O achado confirma que Júlio César foi apunhalado justo no centro da Curia de Pompeo, enquanto presidia a reunião do Senado. Atualmente, os restos do edifício estão localizados na área arqueológica de Torre Argentina, em pleno centro histórico da capital italiana. "Sempre se soube que Júlio César foi assassinado da Curia di Pompeo, em 15 de março de 44 a.C., porque os textos clássicos nos informam sobre isso, mas até agora, não havia nenhum testemunho material do fato, tantas vezes representado na pintura histórica e no cinema", explicou o investigador do CSIC, Antonio Monterroso. As fontes clássicas dizem que anos depois do assassinato, a Curia foi fechada e, em seu lugar, foi construída uma capela-memória. "Sabemos com segurança que o lugar onde Julio César presidiu aquela sessão do Senado e onde foi apunhalado foi fechado com uma estrutura retangular. O que desconhecemos é se esta estrutura significa que o edifício deixou de ser totalmente acessível", disse Monterroso. Na Torre Argentina, além da Curia di Pompeo, os pesquisadores começaram a estudar os restos do Portico delle Cento Colonne. O objetivo é conhecer que vias de conexão são possíveis estabelecer entre a arqueologia e a história da arte no espaço onde Julio César morreu. "Também pretendemos entender melhor esse lugar funesto que é descrito nos textos clássicos", acrescentou Monterroso. Os dois edifícios fazem parte do complexo monumental de cerca de 54 mil metros quadrados que Cneu Pompeo Magno, um dos maiores militares da história de Roma, construiu na capital para comemorar seus triunfos rumo ao Oriente em 55 a.C. "É muito atrativo que milhares de pessoas peguem o ônibus e o bonde justo ao lado de onde, há 2.056 anos, Julio César foi apunhalado ", segundo Monterroso. O projeto, com uma duração de três anos, conta com a colaboração da Sovraintendenza ai Beni Culturali do Comune di Roma, a Escola Espanhola de História e Arqueologia do CSIC em Roma e o Ministério da Economia e Competitividade espanhol.
Fonte:
http://noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2012/10/10/cientistas-espanhois-acham-lugar-exato-onde-julio-cesar-foi-apunhalado.jhtm

2 de outubro de 2012

A lição de método de Marx e o legado de Hobsbawm


Paul Valéry, no início de sua “Introdução ao Método de Leonardo da Vinci”, disse que “o que fica de um homem é o que nos leva a pensar seu nome e as obras que fazem desse nome um signo de admiração, de ódio ou de indiferença”. A obra de Eric Hobsbawm é um signo de admiração e de lições para o século XXI. Em um de seus últimos trabalhos, reafirmou sua confiança política e metodológica na obra de Marx: “o liberalismo econômico e o liberalismo político, sozinhos ou combinados, não conseguem oferecer uma solução para os problemas do século XX. Mais uma vez chegou a hora de levar Marx a sério”.

Em um de seus últimos trabalhos publicados no Brasil (Como Mudar o Mundo – Marx e o Marxismo. Companhia das Letras, 2011), Eric Hobsbawm conta a seguinte história para falar da força e da atualidade do pensamento de Marx:

“No Cemitério Highgate estão sepultados dois pensadores do século XIX – Karl Marx e Herbert Spencer – e, curiosamente, da tumba de um se avista o outro. Quando ambos eram vivos, Herbert era considerado o Aristóteles da época, enquanto Karl era um sujeito que morava nas ladeiras mais baixas de Hampstead à custa do dinheiro do amigo [Engels]. Hoje ninguém sabe que Spencer está sepultado ali, enquanto peregrinos idosos, vindos do Japão e da Índia, visitam o túmulo de Karl Marx, e comunistas exilados iranianos e iraquianos fazem questão de ser enterrados à sua sombra” (Como Mudar o Mundo – Marx e o Marxismo, p. 14).

Marx foi um autor que acompanhou a vida e a obra do historiador inglês, que morreu na manhã desta segunda-feira (1º), aos 95 anos. O livro citado acima é uma coletânea de textos que Hobsbawm escreveu sobre o assunto entre 1956 e 2009, “um estudo sobre a evolução e o impacto póstumo do pensamento de Karl Marx (e de seu amigo inseparável Friedrich Engels)”, como ele próprio define. Nesta obra, o historiador defende uma tese central: “Marx é hoje, mais uma vez, e com toda justiça, um pensador para o século XXI”. Como uma das melhores formas de homenagear alguém que partiu é manter acesa a memória das obras de uma vida, cabe falar um pouco sobre essa tese que sintetiza uma parte importante das preocupações e compromissos desse historiador extraordinário.

Paradoxalmente, observou Hobsbawm, quem “redescobriu” Marx foram os capitalistas e não os socialistas. O ano de 1998 foi emblemático neste processo. Neste ano, comemorou-se o sesquicentenário do Manifesto Comunista. A data coincidiu, ironicamente, com o início de uma forte turbulência na economia internacional. Hobsbawm relata que ficou espantado quando, num almoço mais ou menos na virada do século, George Soros perguntou o que ele achava de Marx: “Por saber o quanto nossas ideias eram divergentes, preferi evitar uma discussão e dei uma resposta ambígua. Esse homem, disse Soros, descobriu uma coisa com relação ao capitalismo, há 150 anos, em que devemos prestar atenção”.

Alguns depois, em 2008, o jornal londrino Financial Times estampou em sua manchete: “Capitalismo em convulsão”. “Não podia mais haver dúvida de que Marx estava de volta aos refletores. Enquanto o capitalismo mundial estiver passando por sua mais grave crise desde o começo da década de 1930, será improvável que Marx saia de cena. Por outro lado, o Marx do século XXI será, com certeza, bem diferente do Marx do século XX”, advertiu Hobsbwam. Quais seriam essas diferenças? 

O Marx do século XXI
A resposta a essa pergunta está intimamente ligada ao diagnóstico sobre quais aspectos da análise de Marx continuam válidos e relevantes. O historiador inglês destaca dois deles: (i) a análise da dinâmica global do desenvolvimento econômico capitalista e de sua capacidade de destruir tudo o que se antepuser a ele; (ii) a análise do mecanismo de crescimento capitalista, por meio da geração de contradições internas, levando a crises sucessivas e a uma crescente concentração econômica numa economia cada vez mais globalizada.

E a força dessas análises reside, em larga medida, no método empregado por Marx, um método que rejeita a ideia de modelo e procura pensar o mundo como um todo. Não se trata de um pensamento interdisciplinar no sentido convencional, assinala Hobsbwam, mas de um pensamento que integra todas as disciplinas, abordando os fenômenos sociais a partir de distintos pontos de vista: econômicos, políticos, científicos e filosóficos. “Não podemos prever as soluções dos problemas com que se defronta o mundo no século XXI, mas, quem quiser solucioná-los, deverá fazer as perguntas de Marx, mesmo que não queira aceitar as respostas dadas por seus vários discípulos”, defende o historiador.

Marx tem, pois, uma lição metodológica que é, de diferentes modos, destacada por Hobsbawm. No método de Marx, não há lugar para determinismos, dogmas ou modelos pré-concebidos que possam ser aplicados mecanicamente a qualquer momento histórico. E esses pressupostos foram assumidos também por Hobsbawm em seu trabalho como historiador. No final do artigo “Marx e o trabalhismo: o longo século” (op.cit. pp. 358-375), ele reflete sobre os fracassos do século XX, os problemas do século XXI, reafirmando sua confiança no método de análise de Marx:

“Paradoxalmente, ambos os lados têm interesse em voltar a um importante pensador cuja essência é a crítica do capitalismo e dos economistas que não perceberam aonde levaria a globalização capitalista, como ele previra em 1848. Mais uma vez é óbvio que as operações do sistema econômico devem ser analisadas tanto historicamente, como uma fase da história, e não como seu fim, quanto de forma realista, isto é, em termos não de um equilíbrio de mercado ideal, e sim de um mecanismo integrado que gera crises periódicas capazes de transformar o sistema.” (op.cit. p.375)

Para Hobsbawm, a crise atual mostra que o “mercado” não tem nenhuma resposta para o “principal problema com que se defronta o século XXI”: “o fato de que o crescimento econômico ilimitado e cada vez mais tecnológico, em busca de lucros insustentáveis, produz riqueza global, mas às custas de um fator de produção cada vez mais dispensável, o trabalho humano, e, talvez convenha acrescentar, dos recursos naturais do planeta”. O historiador conclui: “O liberalismo econômico e o liberalismo político, sozinhos ou combinados, não conseguem oferecer uma solução para os problemas do século XX. Mais uma vez chegou a hora de levar Marx a sério”.

O que fica de um homem?
Paul Valéry, no início de sua formidável “Introdução ao Método de Leonardo da Vinci” (publicado no Brasil pela editora 34), disse que “o que fica de um homem é o que nos leva a pensar seu nome e as obras que fazem desse nome um signo de admiração, de ódio ou de indiferença. Pensamos que ele pensou, e podemos reencontrar entre suas obras esse pensamento que lhe é dado por nós: podemos refazer esse pensamento à imagem do nosso”. 

A longa, profícua e aguda obra de Hobsbwam está aí para que nós melhoremos o nosso próprio pensamento sobre a nossa história e, sobretudo, sobre os desafios que o presente desfia a nossa frente. Não há fim da história, o mercado não é um deus e os homens e mulheres seguem lutando para sobreviver e levar a humanidade a um patamar melhor do que o que está aí. As palavras, as reflexões e a vida de Eric Hobsbwam seguirão a nossa disposição para deixar esse caminho um pouco menos sombrio.


Fonte:




1 de outubro de 2012

Historiador Eric Hobsbawm morre aos 95 anos


O historiador Eric Hobsbawm morreu na manhã desta segunda-feira (1º), aos 95 anos, de acordo com a família. O historiador marxista e escritor estava internado no hospital Royal Free, em Londres, depois de um longo período doente.
"Ele morreu de pneumonia nas primeiras horas da manhã, em Londres", afirmou a filha do historiador, Julia Hobsbawm, em comunidado. "Sua falta será sentida não apenas pela sua mulher há 50 anos, Marlene, e seus três filhos, sete netos e um bisneto, mas também pelos milhares de leitores e estudantes em todo o mundo."
Nascido em 1917, na Alexandria, no Egito, Hobsbawm se tornou conhecido por obras como a "História do século 20" e "A Era dos Extremos", traduzida para mais de 40 idiomas.
Filho de pai britânico e de mãe austríaca, mudou-se para Viena quando tinha dois anos, e depois para Berlim. Aos 14 anos, ingressou no Partido Comunista.
Tornou-se membro da Academia Britânica, em 1978, e foi premiado com a Ordem dos Companheiros de Honra, em 1998.
Seu último livro foi "Como Mudar o Mundo - Marx e o Marxismo", lançado em 2011.
O intelectual estudou na Universidade de Cambridge e em 1947 se tornou professor na universidade londrina de Birkbeck, onde colaborou durante anos até chegar a sua presidência.
Também foi professor convidado na Universidade de Stanford, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e na Universidade de Corne. (Com agências)


4 de setembro de 2012

Um imperador brasileiro em Paris


Por seis meses, Dom Pedro I conspirou e foi celebridade na França



Entre a abdicação de um trono – no Brasil – e a recuperação de outro – em Portugal –, o primeiro imperador brasileiro, Dom Pedro I, passou seis meses em Paris. Viveu dias de conspirações políticas e bélicas, além de muita badalação. Esse curto período de sua biografia, até agora ausente dos livros de história, foi alvo da pesquisa da historiadora e cientista política Isabel Lustosa e será contado em livro no ano que vem. Durante o primeiro semestre, ela viveu em Paris percorrendo bibliotecas e universidades. Biógrafa de Dom Pedro, Isabel se surpreendeu com a importância dada a ele na Europa, tanto social como politicamente. “Ele foi visto como um monarca à frente de seu tempo: charmoso, amante das artes, vindo de uma América selvagem e defensor do liberalismo”, afirma Isabel. “Foi essencial para os opositores do absolutismo que tomava conta da Europa naquele momento.”


De julho de 1831, quando desembarcou na França, até sua partida, em janeiro de 1832, não houve um só dia em que Dom Pedro, sua mulher, a princesa Amélia (neta de Napoleão), e a filha Maria da Glória não ganhassem registro nos jornais. “Ontem, em Neuilly, o rei, a rainha, os príncipes e princesas, Dom Pedro e sua família fizeram um passeio de barco pelo Sena. Os músicos do 62o regimento, fardados, tocaram sinfonias durante todo o passeio e também durante o jantar”, dizia o jornal La France Nouvelle, em 2 de setembro de 1831. O rei francês Luís Felipe, colocado no trono após a revolução liberal de 1830, tomou o ex-imperador como companheiro. Interessava aos políticos da situação a força do monarca que libertara o Brasil e criara uma Constituição para o novo país – e ainda tentava libertar o trono português do irmão tirano, Dom Miguel.
Por onde passava, Dom Pedro era saudado por multidões. Sua informalidade, cunhada nos trópicos em que vivera desde os 9 anos, agradava. Trocou um castelo distante, cedido pelo rei a sua família, por uma casa burguesa na Rue Courcelle, próximo ao centro de Paris. Preferia o “tu”, tratamento informal, ao respeitoso “vous”. Conversava com empregados e soldados. Seu colóquio com um marinheiro, a quem contou sobre a gravidez de sua mulher, foi registrado como curiosidade pela imprensa. Tal estado feminino não deveria ser comentado com estranhos, dizia a etiqueta daquele tempo. O nascimento da princesinha Maria Amélia foi noticiado como grande acontecimento social. Nem tudo, claro, era elogio. Suas composições musicais, apresentadas no Teatro dos Italianos, foram bombardeadas pelo jornal La Mode: “O imperador do Brasil faria melhor indo expulsar seu sanguinário irmão do trono de Portugal do que expulsar com sua música os pacatos frequentadores da ópera”.
A curiosidade que cercava Dom Pedro só não era maior que as contradições, diz Isabel.“Ele se aproximou dos liberais franceses, mas foi por pressão dos liberais brasileiros que acabou abdicando do trono”, afirma. “Aqui no Brasil, não se tolerou um monarca que não aplicava a Constituição que ele próprio aprovara e estava mais preocupado com a sucessão do trono português do que com as questões do país que governava.” O panorama político desfavorável levou Dom Pedro a abdicar do trono no Brasil, em favor do filho.

Findo o período de fama e festejos em Paris, Dom Pedro partiu para a reconquista de Portugal. O gosto pelas badalações não impediu que, entre jogos de bilhar com a nobreza local e passeios com a família no Jardim das Tulherias, ele fizesse contatos e arrecadasse recursos para a batalha. Venceu a guerra em Portugal, mas em 1834, meses depois de recolocar no trono a filha Maria da Glória, de 15 anos (em favor de quem abdicara), morreu aos 36 anos – de tuberculose ou algum câncer, nunca se soube ao certo. “No fim da vida, ele construiu na Europa uma imagem bem diferente daquela com que partira do Brasil”, diz Isabel. “O período parisiense reforça a importância desse personagem de vida tão rica.”

19 de agosto de 2012

19 de Agosto - Dia do Historiador






A proposta de homenagear os historiadores é de autoria do Senador Cristovam Buarque (PDT-DF), um dos políticos mais capacitados para falar de educação neste país.
Inicialmente, a data escolhida foi o dia 12 de setembro, mais ai, foi proposta uma emenda, aprovada pela comissão, que alterava a data para 19 de agosto. Isso tudo foi registrado na Lei nº 12.130, de dezembro de 2009.

O objetivo era aproveitar a data para homenagear Joaquim Nabuco, que nasceu no dia 19 de agosto de 1849. Nabuco, para quem gosta de História do Brasil, foi um dos maiores abolicionistas deste país. Também foi político, diplomata, jurista, jornalista, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e também Historiador.

Parabéns a todos colegas historiadores.




6 de agosto de 2012

À sombra de Hiroshima

Há muito em que se pensar neste 6 de agosto, aniversário da destruição de Hiroshima por uma bomba atômica De 1945 para cá, o mundo esteve várias vezes à beira da guerra nuclear. O Irã está no centro, hoje, da crise mais grave que ameaça o mundo com uma guerra destruidora A guerra contra o processo, inclusive com o assassinato de cientistas e pressões que chegaram ao nível de guerra não declarada. A atual escalada desse guerra não declarada aumenta a ameaça de uma guerra acidental em grande escala.

Noam Chomsky - La Jornada


mais informações

1 de agosto de 2012

Mercosul


26 de julho de 2012

Notícias


Seriam os Neandertais peões de rodeio na Idade da Pedra?


por Leonardo Humberto Soares

Até onde se sabe, os Neandertais não costumavam cavalgar animais ou fazer jogos de rodeio como entretenimento. Todavia, segundo noticiado no Jornal Smithsonian, os hominídeos da Idade da Pedra parecem ter uma coisa em comum com os peões de rodeio atuais: a grande quantidade de lesões.

Em 1995, os paleoantropólogos Thomas Berger e Erik Trinkaus, da Universidade de Washington, observaram que os Neandertais tinham um número desproporcional de lesões em suas cabeças e pescoços. O mesmo acontece também entre os peões de rodeio modernos. Assim como estes cowboys chegam muito perto de cavalos e touros raivosos, o estilo de caça dos Neandertais, que consistia em cercar a presa e espetá-la com pesadas lanças, acabava por colocá-los a uma pouca distância dos grandes animais e, consequentemente, de seus perigosos cascos.

Leia mais:

http://www.nethistoria.com.br/?secao=conteudo.php&sc=1&id=1072

11 de junho de 2012

Descobertas arqueológicas no Iraque ajudam a decifrar a evolução da espécie humana

por Leonardo Humberto Soares

Muitos creditam à região do Iraque, também conhecida como Crescente Fértil, o status de berço da civilização. Mas a importância do país na história humana remonta ser ainda mais antiga, desde o tempo dos neandertais.

Segundo noticiado pelo Jornal Smithsonian, em 1951 o arqueólogo americano Ralph Solecki descobriu restos de neandertais na Caverna de Shanidar. A caverna fica nas Montanhas Zagros, na região do Curdistão, norte do Iraque, a cerca de 250 quilômetros ao norte de Bagdá. De 1951 a 1960, Solecki e outros colegas escavaram a caverna e recuperaram fósseis pertencentes a 10 indivíduos que datam ter entre 65.000 e 35.000 anos de idade. Os constantes conflitos políticos no local acabaram por impedir a finalização do trabalho arqueológico, mas os fósseis de Shanidar ainda fornecem informações importantes sobre os neandertais da Ásia Ocidental.


Leia mais:

http://www.nethistoria.com.br/?secao=conteudo.php&sc=1&id=1039

14 de maio de 2012

O Brasil e a escravidão mercantil: nossa dívida com a África

O Brasil e a escravidão mercantil: nossa dívida com a África

124 anos após Lei Áurea, Brasil não consegue erradicar trabalho escravo


As comemorações dos 124 da Lai Áurea, neste domingo (13), perderam o brilho. Mais uma vez, a Câmara dos Deputados adiou a votação de Emenda Constitucional 438, a chamada PEC do trabalho escravo, que prevê a expropriação das terras em que a prática for comprovada. A bancada ruralista foi quem deu a última palavra. O argumento é meramente ideológico a defesa intransigente da propriedade.
A reportagem é de Najla Passos.

13 de maio de 2012

7 de maio de 2012

Anthropologists discover new research use for dental plaque: Examining diets of ancient peoples

Anthropologists discover new research use for dental plaque: Examining diets of ancient peoples

Universidade de Nevada, Reno pesquisadores G. Richard Scott e R. Simon Poulson descobriu que partículas muito pequenas de placa removidos os dentes de populações antigas podem fornecer boas pistas sobre suas dietas. Scott é diretor e professor associado de antropologia na Faculdade de Artes Liberais.Poulson é professor e pesquisador de ciências geológicas na Escola Mackay de Ciências da Terra e Engenharia.
Scott obteve amostras de cálculo dentário de 58 esqueletos enterrados na Catedral de Santa Maria, no norte da Espanha, datada do dia 11 para século 19 para realização de pesquisas sobre a dieta desta população antiga. Depois de sua primeira metodologia reuniu-se com resultados mistos, ele decidiu enviar cinco amostras de cálculo dentário para Poulson no laboratório da Universidade de Isótopos Estáveis, no largo chance que eles podem conter carbono e nitrogênio suficiente para lhes permitir estimar as taxas de isótopos estáveis.
"É química e é bastante complexo", explicou Scott. "Mas, basicamente, uma vez que a proteína tem apenas o nitrogênio, o mais nitrogênio que está presente, os produtos mais animais foram consumidos como parte da dieta. Carbono fornece informações sobre os tipos de plantas consumidas."
Scott disse que uma vez no laboratório, o material foi esmagado, e, em seguida, um instrumento chamado um espectrómetro de massa foi utilizado para obter carbono estável e as taxas de isótopos de azoto.
"Foi um tiro no escuro", disse ele. "Ninguém achava que seria suficiente carbono e nitrogênio nestas minúsculo, 5 - a 10 - amostras miligramas de ser mensurável, mas o trabalho do Dr. Poulson revelou que havia Os resultados de laboratório resultou de carbono estável e as taxas de isótopos de nitrogênio muito semelhantes aos estudos. que o colagénio de osso utilizado, que é o material típico usado para este tipo de análise. "
Scott explicou que a prática comum de usar osso para realizar a investigação é complicado e caro, que exige vários banhos de ácido para extrair o colágeno para análise. O processo também destrói óssea, de modo em muitos casos, não é permitido por curadores do museu.
Quanto ao uso do músculo, cabelo e unhas para essa pesquisa, Scott disse: "Eles são grandes, quando você pode encontrá-los. O problema é que eles simplesmente não se sustentam muito bem. Eles se decompõem muito rapidamente. Cálculo dentário, para melhor ou para o mal, fica em torno de um tempo muito longo. "
Scott disse que embora o trabalho adicional é necessário para estabelecer firmemente este novo método de cálculo dentário usando para a pesquisa paleodietary, os resultados deste estudo inicial indicar que ele tem um grande potencial.
"Este é um trabalho pioneiro", disse Scott. "Isso pode poupar muito tempo e esforço, e também permitir a análise, quando coisas como músculos, cabelos e unhas não estão mais disponíveis".

5 de maio de 2012

Hoje na História: 1789 - Em meio à crise econômica, rei Luis XVI instala os Estados Gerais na França

Terceiro estado pagava o preço das regalias e privilégios da aristocracia



o dia 5 de maio de 1789, o rei Luis XVI instala os Estados Gerais em Versalhes. Essa é a última medida que lhe resta para tentar salvar a monarquia de sua falência. A dívida era de tal proporção que os banqueiros e investidores não queriam mais firmar contratos de empréstimo.
Os impostos aportavam 190 milhões de libras ao tesouro. Pesavam de maneira esmagadora sobre as categorias mais modestas. Restava aos camponeses serem dilapidados de múltiplas maneiras pelos agentes do rei. Mais danosos ainda seriam os impostos indiretos. O mais impopular tornou-se a gabelle, imposto sobre o sal, cujo monopólio de venda pertencia ao Estado. A coleta chegava a 120 milhões, sobrando ao Estado apenas 40 milhões.

19 de abril de 2012

Índios brasileiros observavam astros e conheciam ciclos celestes

Para o leigo, o desenho pode não passar de uma roda, mas o arqueólogo vai além, em busca de prováveis significados. A gravura rupestre no município de Central (BA) deve ser um calendário solar, com 183 divisões, que representam os dias do ano (a serem contados duas vezes, no sentido horário e anti-horário, totalizando 366). Luiz Galdino

29 de fevereiro de 2012

Stalin


A longa trajetória de Stalin, desde o princípio da Revolução Russa (1917) até sua morte em 1953, explicitando os bastidores do terror político soviético naquele período,e mostrando a personalidade dura e controvertida de Stalin. Ótima reconstituição histórica, com cenas filmadas no próprio Kremlin.o filme é uma aula de história em todos os sentidos, enriquecido com interpretações magistrais de Robert Duvall no papel de Stalin , e um grande elenco de astros internacionais. Narrado pela própria filha de Stalin,Svetlana Alliluyeva, que escreveu um livro chamado chamado Vinte Cartas a um Amigo, trazendo a público os bastidores do poder que vivenciou junto ao seu pai.

20 de fevereiro de 2012

Pesquisador faz projeto para resgatar astronomia dos índios

GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO

Nada de Touro ou Cruzeiro do Sul. Os índios brasileiros olham o céu em busca de constelações como a Ema, a Anta e o Homem Velho. Muitas aldeias têm astronomia própria, usada para saber desde as estações até o posicionamento geográfico.

Um conhecimento que, embora tradicional --retratado até em antigas pinturas rupestres--, está ameaçado devido à forte assimilação cultural. Um pesquisador, porém, está trabalhando para resgatar esse saber.

No mês que vem, as escolas indígenas de Dourados (MS) ganharão uma cartilha em português e guarani com a astronomia indígena.

"É um conhecimento que está se perdendo. As escolas indígenas só ensinam a astronomia ocidental. Devemos mostrar as duas culturas", diz o líder do projeto, Germano Afonso, astrônomo do Museu da Amazônia.

10 de fevereiro de 2012

Pintura rupestre na Espanha pode ser a primeira feita por neandertais

DA "NEW SCIENTIST"

Pinturas rupestres encontradas na Espanha, mais exatamente em Málaga, podem ser as mais antigas já encontradas e também as primeiras de autoria de neandertais.

Os desenhos, que lembram a estrutura do DNA, podem ser de leões-marinhos que serviram de alimento para o grupo. Desde 1959, quando garotos que caçavam morcegos entraram nas cavernas Nerja, a questão está aberta.

A partir da análise dos restos de carvão, porém, os pesquisadores da Universidade de Córdoba puderam estipular recentemente a idade das seis figuras em cerca de 43,5 mil e 42,3 mil anos.

Se confirmada essa informação, elas seriam ainda mais antigas que as famosas pinturas com cerca de 30 mil anos da caverna Chauvet, na França.