13 de janeiro de 2011

NOVOS OLHARES NA HISTÓRIA

Formação Continuada a Distância
PROGRAMA DE CURSO
Fornecer elementos para que estudantes e professores, sobretudo os que militam no ensino médio, contribuam para enriquecer a visão humanística dos jovens. Assim, módulos repletos de encaminhamentos práticos relativos ao trabalho dos professores no cotidiano escolar, apresentando discussões bem elaboradas sobre campos e assuntos da história que devem ser incorporados ao ensino da disciplina, ampliando as possibilidades de reflexão sobre o mundo contemporâneo e a inserção dos indivíduos e das comunidades nesse mundo. História do Brasil, biografias, gênero, direitos humanos, cultura, alimentação, corpo, ciência e tecnologia, meio ambiente, história regionais, e temáticas que há décadas mobilizam a academia, mas que ainda permanecem distantes das aulas de história, numa perspectiva que privilegia a apresentação de sugestões de trabalho, materiais didáticos, visando embasar melhor as aulas que milhares de professores lecionam país afora.
Inscrições Abertas
Início em 18 de Janeiro
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10 de janeiro de 2011

Plebiscito atrai atenção do mundo sobre o Sudão

Foco da atenção da comunidade internacional sobre o Sudão oscilou, nos
últimos anos, entre Darfur e o processo de paz norte-sul. Atual
engajamento ocidental em torno da independência do sul talvez chegue
tarde demais.

Às vésperas da votação sobre a independência do sul do Sudão, tanto
Berlim quanto Washington, Londres e Paris insistiam para que a paz
fosse mantida no país, independente do resultado das urnas. Contudo,
os apelos não fazem esquecer o fato de que no passado o Ocidente
dedicou pouco interesse aos atritos entre o norte e o sul do país
africano.

Wolfram Lacher, especialista em assuntos sudaneses do Instituto Alemão
de Assuntos Internacionais e de Segurança (SWP), explica a situação:

"Nos últimos anos, a atenção da comunidade internacional sobre o Sudão
oscilou muito. Quer dizer: entre 2003 e 2005 Darfur esteve no fim da
lista de prioridades, para que o acordo de paz norte-sul não fosse
ameaçado. Depois que este foi assinado, a atenção se voltou
maciçamente para Darfur."

No último ano, o interesse reverteu mais uma vez: Darfur perdeu
importância, em favor do processo de paz entre as duas partes do
Sudão, segundo Lacher. Mesmo assim, o engajamento chegou tarde demais,
prejudicando o plebiscito.

Diversos tópicos do acordo de paz ou não foram implementados ou foram
postos em vigor com atraso. Um exemplo é que tanto o norte como o sul
demoraram demais a realizar um recenseamento para verificar o número
de eleitores para o plebiscito. Até hoje, o sul questiona os dados do
censo, fato que poderá utilizar mais tarde para colocar em dúvida o
resultado do referendo.

Influência ocidental restrita

À medida que se aproximava a data do plebiscito, voltou a crescer o
interesse internacional pelo Sudão. No início de outubro de 2010, a
revista Africa Confidential noticiava que o país africano era a
terceira prioridade para a política externa dos Estados Unidos, logo
após o Iraque e o Afeganistão. Diversos enviados especiais circularam
entre Washington, a capital sudanesa, Cartum, e o sul do país.

No entanto, peritos como Peter Schumann, antigo coordenador da missão
das Nações Unidas no Sudão (Unmis, na sigla em inglês), classificam
como modesta a influência das nações ocidentais sobre os
acontecimentos no país. Uma das razões para tal é sua política no
passado.

"Cartum soube jogar com maestria os interesses próprios dos diferentes
Estados, opondo-os uns aos outros. Os EUA, por exemplo, cooperaram
estreitamente com o governo sudanês na luta contra o terrorismo, que
era sua meta principal. Na realidade, por este motivo foi rechaçada
uma mudança de regime", analisa Schumann.

Enquanto tanto Africa Confidential quanto o jornal Washington Post
relatam uma aproximação entre os serviços secretos norte-americano e
sudanês, o Sudão consta oficialmente da lista dos países que apoiam o
terrorismo internacional. Especialistas creem que os EUA farão ofertas
e concessões ao regime sudanês, para que a cooperação informal
existente entre os dois países são seja afetada. Nesse sentido,
Washington já considerou até suspender as sanções econômicas contra a
nação africana.

Dívida externa e engajamento

A dívida externa sudanesa – um dos principais pomos da discórdia – é
um outro instrumento que as potências industriais ocidentais podem
acionar no contexto das negociações norte-sul. Caso o sul se torne
independente, o norte do Sudão pretende empurrar parte de suas dívidas
para o novo Estado, algo que o sul rejeita veementemente.

Aqui, o analista Wolfram Lacher vê uma chance para os países
ocidentais exercerem um papel de mediação. Importante, segundo o
especialista, é que ambos os lados sejam considerados, o que poderá
tornar o Norte mais flexível em alguns pontos.

Na qualidade de diplomata experiente, Peter Schumann tem um outro
conselho para os governos ocidentais: mais engajamento in loco.

"O importante é uma presença, não apenas nas capitais, mas sim
abrangente – como a que a missão da ONU e os representantes da
sociedade civil internacional vêm mantendo, até certo ponto. Essa é
uma contribuição muito mais importante, para deixar claro às pessoas,
nas aldeias e nas cidades, de que alguém está observando a situação."

O plebiscito sobre a eventual independência do sul do Sudão se inicia
neste domingo (09/01).

Autor: D. Pelz / P. Brooks / A. Valente
Revisão: Marcio Damasceno

Costa do Marfim, à beira da guerra civil

Costa do Marfim está à beira de uma nova guerra civil. As reuniões da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Ecowas, por sua sigla em inglês) foram retomadas na primeira semana de 2011. Enquanto isso, crescem as dificuldades para todo o povo costa-marfinense, seja qual for sua ideologia política. Também cresce o número de pessoas que cruzam a fronteira do país para a Libéria e outros países vizinhos. Muitas organizações humanitárias denunciam a falta de comida e água, e pedem à comunidade internacional que envie ajuda.