7 de agosto de 2015

Cleópatra VII, a última rainha do Egito






Sabe aquela Cleópatra dos filmes que você assistiu? Aquela de pele branquinha e olhos azuis? Então, trate de esquecer essa imagem porque ela nunca existiu. Estudos recentes já provaram que a grande Cleópatra VII tinha aparência mulata e olhos escuros, sendo assim, essa imagem branquela com a qual nos acostumamos não passa de uma ilusão cinematográfica.

Não só a aparência dela vem sendo estudada, mas também outros fatores de sua vida pessoal. As descobertas não param e realmente chamam muito a atenção. Por exemplo, a bela rainha egípcia não era do Egito. Isso mesmo, você não leu errado. A poderosíssima nasceu em terras egípcias, só que na verdade sua família era grega com descendência macedônica de Ptolomeu, general de Alexandre, o Grande.

Quando o assunto eram generais, por acaso, a bela rainha tinha experiência. Nem mesmo os homens mais poderosos de Roma resistiram a sua inteligência, conversa cativante, voz adocicada e carisma encantador. Tanto que ela teve um filho de Júlio Cezar e, mais tarde, se tornou amante de Marco Antônio durante uma paixão avassaladora que se manteve por mais de dez anos.

Sua vida já foi retratada em mais de 77 peças de teatro, 45 óperas e cinco balés. Em todas as obras a beleza de Cleópatra é ressaltada, mas a verdade é que nunca foi encontrada uma representação confiável da rainha e por isso não sabemos como realmente era sua aparência. Poucas obras de arte produzidas enquanto ela estava viva possuem o seu nome como referência.

Em 51 a.C, quando Cleópatra VII chegou ao trono do Egito, ela possuía apenas 18 anos de idade e tinha a missão de manter sua família no poder numa época em que seus familiares vinham perdendo sua força política. A estratégia adotada pela jovem rainha foi garantir navios e cereais para os romanos se tornando útil e querida para eles.

A grande ideia de se aliar a Roma comprovou que Cleópatra honrava a tradição de seus familiares ptolomeus, famosos por se manterem exuberantes no poder através da astúcia, derramamento de sangue, relações sexuais entre parentes próximos e assassinatos dos próprios pais. Ela era a herdeira de uma família grega que governou o Egito por quase 300 anos exibindo sua riqueza a todo custo.

O diferencial de Cleópatra é que foi a única de sua família que se preocupou em aprender o idioma egípcio e ousou se vestir com os trajes sagrados de uma das maiores rainhas egípcias. Ísis. Entretanto, essa aproximação com o povo egípcio era apenas uma de suas artimanhas de governante, pois ela não se preocupava com o povo do Egito, tanto que testava poções venenosas em prisioneiros.

Quando as tropas de Otaviano invadiram a cidade egípcia de Alexandria em 30 a.C, Cleópatra não fez questão de defender seu povo. Ao invés disso, ela se trancou em seu mausoléu junto com montanhas de ouro, prata, pérolas, obras de arte e tesouros que ela jurou queimar para que não fossem conquistadas pelo imperador romano.

Para se prevenir da prisão e da humilhação de perder seu trono, Cleópatra VII decidiu se suicidar com a picada de uma víbora venenosa. A partir deste momento ninguém conseguiu localizar o corpo da poderosa rainha. Atualmente  muitos arqueólogos dedicam suas vidas a procurar o sarcófago da última rainha do Egito, que provou sua esperteza até mesmo na hora da morte.