30 de junho de 2011

DICA DE LEITURA


O unitário - A história de um médico perseguido pela Inquisição - Pedro Puech


Sinopse 

O ano é 1553. Da cidade italiana de Ancona, o jovem Benjamin e seu tutor, o médico e anatomista português Amatus Lusitanus (1511-1568) – ambos judeus portugueses convertidos ao cristianismo por força da Santa Inquisição – , são convocados a Roma pelo renomado artista Michelangelo Buonarroti (1475-1564) para um encontro secreto. Na capital da Igreja Católica, ambos são envolvidos em uma trama que levará Benjamin à França, ao Sacro Imperio Romano-Germânico e à atual Suíça, passando pelo ambiente de efervescência intelectual da Sorbonne e do Collége Royal, em Paris, e do Gymnasium, em Estrasburgo, e pelo regime rigoroso da Genebra governada por João Calvino (1509-1564), em busca de uma informação que pode alterar a história da medicina.

Resgatando a tradição do romance histórico, Pedro Puech mescla em O unitário personagens fictícios e históricos como Calvino, Michelangelo e o próprio Lusitanus, reconstituindo o ambiente acadêmico e político da Europa do século XVI; a tensão e a turbulência causadas pelas discussões teológicas inflamadas; e a perseguição movida por católicos e protestantes contra seguidores de doutrinas que ousaram questionar, entre outros dogmas, a Santíssima Trindade, como os unitários e os arrianos.

Neste cenário, um confuso Benjamin correrá riscos constantes e viverá uma jornada de medo, mas também de conhecimento, durante a qual irá se deparar com a vaidade levada a extremos por figuras como o médico do papa Julio III, Realdo Colombo (1516-1559); com a intransigência e firmeza de convicções na pessoa de Michel Servet (1511-1553), um cristão fervoroso que rejeitava a Santíssima Trindade, crendo em Deus como uma só entidade, motivo pelo qual era chamado – como outros – de “unitário”; e verá de novo a face da intolerância, assistindo a processo religioso semelhante ao que levou seu pai a arder na fogueira da Inquisição por se recusar a abandonar sua religião em favor do cristianismo, em Portugal.


Puech retrata em seu livro os dois lados da Europa renascentista, onde o humanismo e revoluções artísticas e científicas conviveram com a intolerância religiosa e regimes totalitários, tanto seculares quanto teocráticos. Seu protagonista guia o leitor por este período confuso, traçando o caminho até as origens de uma grande descoberta científica e ajudando a compreender alguns de seus personagens mais emblemáticos, como o anatomista, médico, teólogo e astrólogo Michel Servet, dando forma a um romance histórico que segue as pegadas do clássico O nome da rosa.


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29 de junho de 2011

INQUISIÇÃO


Inquisição é um termo que na língua portuguesa, é usado comumente como: maldade, fanatismo, violência, obscurantismo e ignorância. para pessoas um pouco mais informadas, a Inquisição foi um tribunal de padres violentos e mal intencionados, criado na Espanha com o objetivo de defender o catolicismo.
Estas concepções não deixam de se justificar até certo ponto que esta instituição católica aplicou métodos que hoje repugnam à consciência de pessoas civilizadas.
Historicamente, a Inquisição não pode ser vista de forma tão simplificada e unilateral . mesmo não pretendendo reabilitar uma instituição que foi precursora de órgãos largamente adotados pelos Estados totalitários modernos, é preciso descartar as visões reducionistas e simplistas, aprofundando o tema.






Bibliografia

LOPEZ,Luis Roberto – História da Inquisição. Porto Alegre. Mercado Aberto,1993.

O Príncipe






O livro intitulado "O Príncipe" foi escrito em 1512 por Niccolo Machiavelli, um filósofo político italiano, que viveu entre 1469-1527. O príncipe é geralmente visto como uma análise realista e prática do poder político. O livro explica como o poder pode ser ganho e efetivamente praticado. Em outras palavras, é um trabalho clássico sobre estratégia.
Originalmente os seis capítulos inter-relacionados são tratados temas específicos acerca de questões de estratégia política. A análise estratégica de machiavelli é tal que chega a encorajar o uso de armas. Segundo ele, o fundamento de todos os Estados está predicado nos princípios de "boas leis e boas armas". Dentre os dois, ele parece colocar maior ênfase sobre as armas, sendo que não poderiam existir boas leis onde não existissem boas armas. O livro de Machiavelli é repleto de sutis análises diplomáticas.
Ele sugere quase a mesma aproximação ao lidar tanto com questões militares, quanto com a população civil. O livro é enriquecido pelas memoráveis citações políticas que contém. No livro, Machiavelli explica que as aparências são extremamente importantes para a arte do estadismo e o líder não deve se esquecer do bem-estar de seu povo, mesmo que sempre tenha de fazer seus seguidores dependerem dele.
O livro é anti-moralista porque encoraja o líder a agir contra a fé, contra a caridade, contra a humanidade e contra a religião. Machiavelli argumenta, que o líder deve ter a mente disposta a se adaptar de acordo com a direção do vento e as variações ditadas pela fortuna (sorte). Ele afirma que é perfeitamente possível para um líder agir de maneira cruel, e ainda assim aparentar ser um modelo de benevolência à maioria de seus seguidores. Entretanto, o príncipe deve se fazer temido de tal maneira que, mesmo sem ter ganhar o amor de seus seguidores, deve manter-se distante do ódio.
O livro é ainda hoje muito valorizado porque apresenta os principais tópicos discutidos na literatura científica em estratégia. A base da análise de Machiavelli é o mundo assim como se apresente. Esse autor, de forma indubitável, poe o foco de análise sob a história antiga, assim como sobre a política italiana contemporânea, dessa forma, fixa as bases empíricas de seu estudo. Ele claramente percebia o principio de que o poder cresce distante da dependência dos outros. O livro estabelece que Machiavelli é um ardente nacionalista.
O Príncipe se mantém tão vivo e chocante hoje quanto foi a mais de quinhentos anos atrás quando foi escrito. Sua influência no pensamento e história política moderna é profundo. Seu alto nível de legibilidade persiste até hoje.
Nadir Costa