25 de dezembro de 2009

Ancestral humana

Ancestral humana mais antiga é eleita descoberta científica do ano
Em seu balanço de 2009, a revista "Science" considerou a apresentação do esqueleto de uma fêmea de Ardipithecus ramidus --o fóssil apelidado de Ardi-- o evento científico mais importante do ano. A pequena primata de 1,20 metro, que viveu há 4,4 milhões de anos, é agora o exemplar mais antigo conhecido de um ancestral da espécie humana. Tirou do trono Lucy, um fóssil de Australopithecus afarensis, 1 milhão de anos mais recente.

fonte:
http://noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2009/12/25/ancestral-humana-mais-antiga-e-eleita-descoberta-cientifica-do-ano.jhtm

18 de setembro de 2009

PRESIDENTES BRASILEIROS

Manuel Deodoro da Fonseca

     Militar por vocação, destino, herança e necessidade, Manuel Deodoro da Fonseca foi oficial de carreira que ascendeu na tropa brasileira graças à bravura em combate, à determinação e ao comportamento irrepreensível. Participou da repressão à Praieira, do cerco a Montevidéu e de uma dezena de batalhas na Guerra do Paraguai. Sua ascensão foi tal que, em 1883, além de comandante das Armas do RS, ele virou presidente provisório da província. Foi então que se envolveu na Questão Militar: aliou-se a Júlio de Castilhos e desafiou a monarquia. Ainda assim, em tese, a questão militar acabou bem para todos - menos para Deodoro, que, apesar de continuar comandante das Armas de uma província, percebeu que, na verdade, fora “desterrado” para Mato Grosso.
    Mas foi em agosto de 1889 que o império, sem o perceber claramente, fez de Deodoro um inimigo. Primeiro, o coronel Cunha Matos, o mesmo da Questão Militar, foi feito presidente de Mato Grosso - seria um coronel mandando num marechal. Depois, Gaspar Oliveira Martins - que Deodoro odiava - virou presidente do RS. Embora amigo de Castilhos, Assis Brasil, Ramiro Barcelos e dos outros republicanos gaúchos, Deodoro não era um deles. Tanto que, logo que chegou ao Rio, em 13 de setembro de 1889, após deixar Mato Grosso sem maiores explicações ao governo, Deodoro escreveu numa carta a um sobrinho: “República no Brasil é coisa impossível porque será uma verdadeira desgraça. Os brasileiros estão e estarão muito mal-educados para republicanos. O único sustentáculo do nosso Brasil é a monarquia; se mal com ela, pior sem ela”. Faltavam 63 dias para o marechal dar o golpe republicano.
Deodoro estava doente; passou quase todo o mês de outubro de cama. Apesar de amargurado com o governo, gostava do imperador e relutou antes de conspirar. Parece ter sido quase um bode expiatório às avessas, um “inocente útil”, atraído à rebelião por Benjamin Constant - para fazer a ponte entre a velha guarda e a “mocidade militar”. Talvez isso explique os seus vacilos em frente às tropas, no Campo de Santana, quando derrubou o ministro Ouro Preto, mas não ousou proclamar a república. A república de fato só foi proclamada à noite, na casa de Deodoro, com ele na cama. Alguém espalhou o boato de que D. Pedro escolhera Gaspar Silveira Martins para o lugar de Ouro Preto. As hesitações de Deodoro acabaram. Chamou Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva, Aristides Lobo e falou: “Digam ao povo que a República está feita”.
Deodoro se tornou o primeiro presidente do novo regime e Benjamin Constant, ministro da Guerra. O convívio entre ambos não foi pacífico - como não era o dos “tarimbeiros” com os “científicos”. Numa reunião ministerial, em 1890, ambos quase se agrediram e Deodoro desafiou Constant para um duelo. Mas dali a dois anos, ambos estariam mortos. Deodoro, que pedira demissão do Exército, exigiu ser enterrado em trajes civis.

Manuel Deodoro da Fonseca

Militar por vocação, destino, herança e necessidade, Manuel Deodoro da Fonseca foi oficial de carreira que ascendeu na tropa brasileira graças à bravura em combate, à determinação e ao comportamento irrepreensível. Participou da repressão à Praieira, do cerco a Montevidéu e de uma dezena de batalhas na Guerra do Paraguai. Sua ascensão foi tal que, em 1883, além de comandante das Armas do RS, ele virou presidente provisório da província. Foi então que se envolveu na Questão Militar: aliou-se a Júlio de Castilhos e desafiou a monarquia. Ainda assim, em tese, a questão militar acabou bem para todos - menos para Deodoro, que, apesar de continuar comandante das Armas de uma província, percebeu que, na verdade, fora “desterrado” para Mato Grosso.
Mas foi em agosto de 1889 que o império, sem o perceber claramente, fez de Deodoro um inimigo. Primeiro, o coronel Cunha Matos, o mesmo da Questão Militar, foi feito presidente de Mato Grosso - seria um coronel mandando num marechal. Depois, Gaspar Oliveira Martins - que Deodoro odiava - virou presidente do RS. Embora amigo de Castilhos, Assis Brasil, Ramiro Barcelos e dos outros republicanos gaúchos, Deodoro não era um deles. Tanto que, logo que chegou ao Rio, em 13 de setembro de 1889, após deixar Mato Grosso sem maiores explicações ao governo, Deodoro escreveu numa carta a um sobrinho: “República no Brasil é coisa impossível porque será uma verdadeira desgraça. Os brasileiros estão e estarão muito mal-educados para republicanos. O único sustentáculo do nosso Brasil é a monarquia; se mal com ela, pior sem ela”. Faltavam 63 dias para o marechal dar o golpe republicano.
Deodoro estava doente; passou quase todo o mês de outubro de cama. Apesar de amargurado com o governo, gostava do imperador e relutou antes de conspirar. Parece ter sido quase um bode expiatório às avessas, um “inocente útil”, atraído à rebelião por Benjamin Constant - para fazer a ponte entre a velha guarda e a “mocidade militar”. Talvez isso explique os seus vacilos em frente às tropas, no Campo de Santana, quando derrubou o ministro Ouro Preto, mas não ousou proclamar a república. A república de fato só foi proclamada à noite, na casa de Deodoro, com ele na cama. Alguém espalhou o boato de que D. Pedro escolhera Gaspar Silveira Martins para o lugar de Ouro Preto. As hesitações de Deodoro acabaram. Chamou Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva, Aristides Lobo e falou: “Digam ao povo que a República está feita”.
Deodoro se tornou o primeiro presidente do novo regime e Benjamin Constant, ministro da Guerra. O convívio entre ambos não foi pacífico - como não era o dos “tarimbeiros” com os “científicos”. Numa reunião ministerial, em 1890, ambos quase se agrediram e Deodoro desafiou Constant para um duelo. Mas dali a dois anos, ambos estariam mortos. Deodoro, que pedira demissão do Exército, exigiu ser enterrado em trajes civis.



Marechal Floriano Peixoto

     Em 25 de fevereiro, Floriano Peixoto foi eleito pelo congresso vice-presidente do Brasil - e uma espécie de "herdeiro presuntivo" da república. Nove meses depois, com a renúncia forçada de Deodoro da Fonseca, ele seria o presidente. Nascido em Alagoas, em 1839, veterano da Guerra do Paraguai, Floriano assumiu o governo como vice-presidente em exercício, em 23 de novembro de 1891. Restabeleceu o Congresso e suspendeu o estado de sítio. Ainda assim, seu governo era inconstitucional: o artigo 42 dizia que, se o presidente não completasse a metade do mandato, novas eleições deviam ser convocadas. Mas, com o apoio do PRP e da classe média urbana, Floriano sentiu-se à vontade no papel de "consolidador da república" e lançou as bases de uma ditadura de "salvação nacional".
Fez um governo nacionalista, austero e centralizador; enfrentou implacavelmente seus inimigos, demitiu (contra a lei) os governadores que tinham apoiado Deodoro; venceu a queda-de-braço contra a Marinha, na segunda Revolta da Armada. No Sul, deu apoio a Júlio de Castilhos. Tornou-se o Marechal de Ferro. Queria a reeleição (que era constitucional), mas, ainda assim, se recusou a dar um golpe - articulado por seus aliados jacobinos - contra a posse do civil Prudente de Morais.




Prudente José de Moraes Barros

    Governou de 15/11/1894 a 15/11/1898. Consolidou e pacificou a República, reatou as relações diplomáticas com Portugal, rompidas com o auxílio dos portugueses aos marinheiros da revolta da Armada; conseguiu a paz no Rio Grande do Sul, em 1895; enfrentou a Campanha de Canudos, entre 1896-97. Por motivo de saúde, afastou-se do governo, assumindo o vice-presidente Manuel Vitorino, em novembro de 1896, que modificou o ministério, colocando os "florianistas" no poder. Prudente de Morais reassumiu, impondo a ordem através do estado de sítio. Providenciou o prolongamento da rede ferroviária e assinou novo funding-loan (empréstimo). Foi um dos fundadores do Partido Republicano Paulista, em 1901.



Manuel Ferraz de Campos Salles

     Eleito presidente da República para o período de 1898 a 1902. Restaurou a economia e instituiu a política dos governadores, chamada de política café-com-leite onde predominavam Minas Gerais e S.Paulo. Criou o imposto do selo e o do consumo sobre produtos nacionais.

Aumentou a taxa alfandegária sobre mercadorias estrangeiras e extinguiu repartições por medida de economia. Negociou um funding-loan (empréstimo) com a Casa Rotschild, suspendendo o pagamento da dívida externa, multiplicando as falências e trazendo pânico em 1900. Saiu vaiado do palácio, ao término de seu governo. Francisco de Paula Rodrigues AlvesFoi eleito em 1902 com o apoio de São Paulo e Minas Gerais. Uma vez no poder, revelou-se mais conservador do que republicano, dirigindo o país com pulso forte e colocando-se acima dos partidos. Para surpresa de seus aliados, Rodrigues Alves agia como um monarquista anti-oligárquico, ignorando tanto as oligarquias de oposição (do RJ, do RS e do Norte) quanto as oligarquias situacionistas (de SP e MG), que o tinham alçado ao poder. Seu governo foi marcado pela fantástica reurbanização do Rio e por sua posição radical na eclosão da Revolta da Vacina, em 1904, quando enfrentou os militares rebeldes da Escola da Praia Vermelha e os venceu.
Embora cafeicultor - elevado ao poder por cafeicultores como ele -, Rodrigues Alves se opôs às artimanhas do Convênio de Taubaté (o plano dos paulistas para fazer subir os preços internacionais do café). A "traição" tinha explicação: o presidente, além de apologista do liberalismo econômico, precisava ser fiel ao Banco Rothschild, principal credor do Brasil e sustentáculo da política de contenção de emissões, equilíbrio orçamentário e valorização da moeda posta em prática por Rodrigues Alves. Assim sendo, Alves acabou fazendo um governo criticado pelas elites oligárquicas e pelo povo, empobrecido depois da carestia no governo Campos Sales e ainda expulso das zonas centrais do Rio pela especulação imobiliária e o aumento dos aluguéis. Mas Rodrigues Alves se manteve firme até o fim - encarando a Revolta da Vacina e tentando fazer de Bernardino de Campos seu sucessor. Porém ele foi derrotado pelo senador gaúcho Pinheiro Afonso Penna Após três paulistas terem ocupado sucessivamente a presidência da República, o mineiro Afonso Penna assumiu o cargo para dar continuidade à política do café com leite. Apesar de vir da terra do leite, Pena foi um presidente "cafeeiro". "Política faço eu", declarou Afonso Pena pouco depois de assumir o cargo. a frase era uma resposta ao apelido que seu ministério - formado por jovens com pouca experiência em cargos públicos - recebera da imprensa: "Jardim da Infância".
Menos ortodoxo em matéria fiscal e financeira do que Rodrigues Alves, Pena bancou um empréstimo de 15 milhões de libras para custear a intervenção do Estado no mercado do café. Incentivou a "internacionalização" do mercado cafeeiro e estabeleceu a política da desvalorização da moeda nacional. Entre 1906 e 1910, especuladores internacionais retiveram 8,5 milhões de sacas para forçar o aumento do preço do produto. O esquema foi benéfico para os atravessadores, mas vários produtores ficaram arruinados e a dívida externa brasileira aumentou muito.O café não era a única preocupação de Afonso Pena: ele promoveu a criação de parques industriais, incentivou a construção de linhas férreas, modernizou os portos do Recife, Vitória e Rio Grande do Sul. promoveu a conquista do oeste, a cargo de Rondon, e organizou a Exposição Nacional de 1908, para mostrar que o Rio "se civilizara".Para sucedê-lo na presidência, Pena queria indicar o presidente de MG, João Pinheiro, que morreu. Pena optou então por seu ministro da Fazenda, Davi Campista. Mas, diz a lenda, o marechal Hermes entrou no Catete e, "de modo "rude", anunciou que pretendia concorrer à presidência da República - enfatizando a proposta com um golpe de espada na mesa. Inconformado com o perfil militarista de Hermes, o eterno candidato ao "trono" presidencial, Rui Barbosa, lançou o próprio nome. Já doente, Afonso Penna não resistiu a três golpes: a briga com o ministro da Guerra, as críticas violentas de ex-aliados, como o oligarca mineiro Bias Fortes, por sua interferência no processo sucessório e, por fim, a morte do filho mais velho. Solitário e isolado - desafiado também por Rui Barbosa -, morreu em junho de 1909, um ano e meio antes do fim de seu mandato. Nilo Peçanha Embora o panorama político estivesse tumultuado pela luta sucessória, e faltassem ainda 17 meses para o fim do mandato de Afonso Pena, o vice-presidente Nilo Peçanha assumiu a presidência dentro da normalidade constitucional. Apesar de terem sido as pretensões presidencialistas e centralizadoras de Pena que abriram as primeiras fissuras na "política do café com leite", os maiores estragos no esquema montado por Campos Sales seriam provocados pelo próprio Nilo Peçanha. Ao apoiar abertamente a candidatura de Hermes da Fonseca, Peçanha foi forçado a romper não só com o Partido Republicano Paulista como também com o Partido Republicano Fluminense, do qual fora um dos fundadores. Peçanha então do Partido Republicano Conservador, fundado pouco antes pelo senador gaúcho Pinheiro Machado.Apesar de ter aberto seu voto, Nilo Peçanha procurou montar um ministério de conciliação e fazer um governo moderado e pacifista. Embora vários comícios no Rio tenham terminado com derramamento de sangue e o governo sido forçado a intervir na Bahia, em Sergipe, no Maranhão e no Amazonas, Peçanha alcançou o seu objetivo e manteve o país sob relativo controle até o fim de seu mandato, em novembro de 1910. Deu continuidade à política fiscal e financeira de Afonso Pena, continuou a incentivar a construção de estradas de ferro (para escoar o café) e frigoríficos. Além disso, criou o Serviço de Proteção aos Índios (entregue a Cândido Rondon) e formou o ministério da Agricultura. Em 1921, Nilo Peçanha dirigiria a reação republicana em combater a candidatura presidencial de Arthur Bernardes. achado, que conseguiu indicar Afonso Pena.




Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca

Eleito presidente da República, exerceu o cargo de 1910 a 1914. No início de seu governo enfrentou a Revolta da Chibata, chefiada pelo marinheiro João Cândido. Promulgou a lei do serviço militar obrigatório e saneou a Baixada Fluminense. De 1913 a 1914, dissidências partidárias provocaram a revolta dos Jagunços ou do Padre Cícero, em Juazeiro (CE), e na região do Contestado, dominada pelos seguidores do monge João Maria. Contraiu novos empréstimos para a defesa do café, emitindo grande massa de dinheiro. Tentou um funding-loan, mediante empréstimo de 14 milhões de libras. Em seu governo houve expansão das linhas telegráficas e férreas.





Wenceslau Braz Pereira Gomes

    Eleito presidente da República, governou de 1914 a 1918. Em seu governo promulgou o Código Civil dos Estados Unidos do Brasil, em 1/1/1916. Rompeu relações diplomáticas com a Alemanha reconhecendo o estado de guerra, em 26/10/1917. Com os efeitos econômicos da I Guerra Mundial (1914-18), o Brasil teve um crescimento industrial imediato, para suprir a demanda de produtos que não podiam mais ser importados da Europa.





Delfim Moreira da Costa Ribeiro

    Foi eleito vice-presidente da República em 1918. Com a morte do presidente Rodrigues Alves, assumiu a presidência da República de 15/11/1918 a 26/7/1919, até que fossem realizadas novas eleições. Em seu período presidencial faltou-lhe envergadura para as funções, mas prosseguiu nas expansões das vias férreas, reorganizou os patronatos agrícolas e dissolveu a União Geral dos Trabalhadores. Em 28/7/1919 foi eleito vice-presidente da República na chapa de Epitácio da Silva Pessoa, cumpriu o mandato até 01/7/1920 quando faleceu.






Lindolfo da Silva Pessoa

     Uma vez alçado ao poder, o paraibano Epitácio Pessoa (1865-1942) - primeiro nordestino a comandar a nação - revelou-se muito mais ousado e autoritário do que seus aliados poderiam supor. Ainda assim, desde o início do seu governo, tentou assegurar o apoio dos três "grandes" Estados da federação (SP, MG e RS). Tanto é que seis dos sete ministros que nomeou eram paulistas, mineiros ou gaúchos. Para articular mais plenamente essa composição Epitácio Pessoa nomeou dois civis para os Ministérios da Guerra e da Marinha. Civis comandando militares eram algo que, no Brasil, não se via desde o império. Houve grande indignação nos quartéis.
A atitude "civilista" de Epitácio Pessoa teria amplas conseqüências - embora o desfecho delas só viesse a ocorrer no governo seguinte, de Artur Bernardes. Além da construção de mais de mil quilômetros de ferrovias no sul do Brasil, a maior obra do governo Epitácio Pessoa foi o Programa de Combate à Seca no Nordeste. Com investimento de 304 mil contos, o presidente fez mais de 200 açudes na região. Injuriados com o que julgavam ser um "protecionismo ao Nordeste", os paulistas exigiram que uma quantia similar fosse destinada para "valorizar" outra vez o café. Cedendo às pressões, Pessoa liberou 124 mil contos e o governo estocou 4,5 milhões de sacas, forçando novo aumento no preço do produto, que despencara de 50 centavos de dólar para 20 centavos por quilo.



. Artur da Silva Bernardes

    Foi eleito presidente da República e governou de 1922 a 1926. Durante a campanha para presidente da República, em 1922, divulgaram cartas falsas atribuídas a Bernardes,que insultavam os militares. Depois de sua posse, em 15/11/1922, rebelaram-se a Escola Militar, o Forte de Copacabana e a Guarnição de Mato Grosso, na chamada Revolta dos Tenentes. Apesar do estado de sítio, em 1923 a oposição no Rio Grande do Sul rebelou-se contra o presidente do estado, Antônio Borges de Medeiros, e, em 1924, as guarnições gaúchas de Alegrete e S.Luís Gonzaga rebelaram-se iniciando a Coluna Prestes, que realizou a maior marcha militar da América do Sul. Ordenou o fechamento dos sindicatos e dos jornais de esquerda. Em 1926, os tenentes revoltaram a guarnição de Santa Maria (RS). Bernardes reformou a Constituição, em 1926, estabelecendo restrições na exploração do subsolo. Ao deixar a presidência foi eleito senador. Na revolução de 1930 apoiou Getúlio Vargas, mas em 1932 apoiou os paulistas, sendo então exilado.




Washington Luiz Pereira de Sousa

     Assumiu a presidência da República em 15/11/1926, e foi deposto pela Revolução Liberal em 24/10/1930. Em seu governo suspendeu o Estado de Sítio, estimulou a expansão rodoviária, aumentou a reserva de ouro, remodelou a área urbana da Capital Federal e desenvolveu uma política de valorização do café. Em fins de 1929 caíram os preços de todos os produtos primários, inclusive do café, baixou o valor externo da moeda, sem que houvesse plano para debelar a recessão provocada pela Quebra da Bolsa de Nova Iorque.
A Aliança Liberal reuniu as oposições em torno de Getúlio Vargas, lançando sua candidatura para 01/3/1930, contra Júlio Prestes, candidato oficial de Washington Luís. Perdendo as eleições, os rio-grandenses se rebelaram, em 3 de outubro, tendo como chefe militar o ten-ccel. Pedro Aurélio de Góes Monteiro, que marchou para São Paulo. As forças armadas depuseram o presidente da República, formando uma Junta Militar com os generais Augusto Tasso Fragoso, João de Deus Menna Barreto e o contra-almirante José Isaías de Noronha. Terminava aí a República Velha.




Getúlio Dornelles Vargas

Esse gaúcho foi uma das figuras mais complexas da política brasileira. Getúlio Vargas era odiado por segmentos da esquerda, direita e centro, mas amado por grande parte do povo que o chamava de "pai dos pobres". Chegou ao poder através da revolução de 1930, que pregava o fim dos arranjos políticos oligárquicos da República Velha. Aliado aos tenentes e com os liberais, não conseguiu implantar a república idealizada mas fez o país avançar social e politicamente, mesmo com traumas. No segundo ano de seu governo, os liberais paulistas se uniram aos conservadores para exigir uma constituinte e eleições. Foram vencidos, mas a Constituição foi votada em 1934 e Vargas confirmado presidente pelo Congresso. Em 1935, a Intentona Comunista pretendeu levar os comunistas ao poder com um golpe, mas Vargas os venceu.
Em 1937, transformou-se em ditador e proclamou o Estado Novo. Nesse período, que vai até 1945, dissolveu o Congresso, proibiu os partidos políticos, estabeleceu censura à imprensa, promulgou leis trabalhistas inovadoras e sufocou uma tentativa de golpe integralista (nazi-fascista) banindo seus líderes e também os liberais que se opunham ao seu governo. Rompeu com os países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), iniciou com os EUA entendimento para instalar uma grande indústria siderúrgica no país e equipar as Forças Armadas, em troca da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, estabeleceu as bases da nacionalização do petróleo, introduziu um sistema de câmbio e cotas para regularizar a exportação de café. A ditadura caiu com o fim da guerra.
Getúlio foi imediatamente eleito senador e voltou à Presidência na eleição seguinte, com o apoio dos dois partidos que ajudara a criar, PSD e PTB. No governo, de 1951 a 1954, lançou as bases para a industrialização do país e criou o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) para financiar o programa. Aumentou o salário mínimo em mais de 300%. Criou a Petrobrás em 1953, reequipou as ferrovias, construiu 600 quilômetros de rodovias por ano, aumentou em 60% a produção de energia e limitou a remessa de lucro para o exterior das empresas estrangeiras.
Seu estilo populista o levou à queda em 1954, quando homens de sua guarda pessoal contrataram pistoleiros para eliminar o jornalista da oposição, Carlos Lacerda, e estes mataram por engano um major da Aeronáutica. Diante do ultimato de renúncia feito pelas Forças Armadas, Getúlio Vargas suicidou-se com dois tiros no peito na madrugada de 24 de agosto. A carta-testamento que deixou foi transformada em programa político pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), influiu na eleição de JK pela coligação PTB/PSD e manteve a chama do nacionalismo petebista até o golpe militar de 1964.




General Eurico Gaspar Dutra

    Reformado no posto de marechal, candidatou-se à presidência da República pelo Partido Social Democrático (PSD) com o apoio do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Foi eleito para o período de 31/01/1946 a 31/01/1951. Como presidente abriu a importação, consumindo as reservas do país; considerou o salário mínimo como responsável pela carestia; proibiu os cassinos de jogo; promulgou a Constituição de 1946; decretou a cassação do Partido Comunista e o rompimento com a URSS; inaugurou a Usina Siderúrgica Nacional; reaparelhou os portos e preparou a formação da frota petroleira; iniciou a campanha de alfabetização de adultos e instituiu a fundação da Casa Popular.




Getúlio Dornelles Vargas

     Esse gaúcho foi uma das figuras mais complexas da política brasileira. Getúlio Vargas era odiado por segmentos da esquerda, direita e centro, mas amado por grande parte do povo que o chamava de "pai dos pobres". Chegou ao poder através da revolução de 1930, que pregava o fim dos arranjos políticos oligárquicos da Republica Velha. Aliado aos tenentes e com os liberais, não conseguiu implantar a república idealizada mas fez o país avançar social e politicamente, mesmo com traumas. No segundo ano de seu governo, os liberais paulistas se uniram aos conservadores para exigir uma constituinte e eleições. Foram vencidos, mas a Constituição foi votada em 1934 e Vargas confirmado presidente pelo Congresso. Em 1935, a Intentona Comunista pretendeu levar os comunistas ao poder com um golpe, mas Vargas os venceu.
Em 1937, transformou-se em ditador e proclamou o Estado Novo. Nesse período, que vai até 1945, dissolveu o Congresso, proibiu os partidos políticos, estabeleceu censura à imprensa, promulgou leis trabalhistas inovadoras e sufocou uma tentativa de golpe integralista (nazi-fascista) banindo seus líderes e também os liberais que se opunham ao seu governo. Rompeu com os países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), iniciou com os EUA entendimento para instalar uma grande indústria siderúrgica no país e equipar as Forças Armadas, em troca da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, estabeleceu as bases da nacionalização do petróleo, introduziu um sistema de câmbio e cotas para regularizar a exportação de café. A ditadura caiu com o fim da guerra.
Getúlio foi imediatamente eleito senador e voltou à Presidência na eleição seguinte, com o apoio dos dois partidos que ajudara a criar, PSD e PTB. No governo, de 1951 a 1954, lançou as bases para a industrialização do país e criou o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) para financiar o programa. Aumentou o salário mínimo em mais de 300%. Criou a Petrobrás em 1953, reequipou as ferrovias, construiu 600 quilômetros de rodovias por ano, aumentou em 60% a produção de energia e limitou a remessa de lucro para o exterior das empresas estrangeiras.
Seu estilo populista o levou à queda em 1954, quando homens de sua guarda pessoal contrataram pistoleiros para eliminar o jornalista da oposição, Carlos Lacerda, e estes mataram por engano um major da Aeronáutica. Diante do ultimato de renúncia feito pelas Forças Armadas, Getúlio Vargas suicidou-se com dois tiros no peito na madrugada de 24 de agosto. A carta-testamento que deixou foi transformada em programa político pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), influiu na eleição de JK pela coligação PTB/PSD e manteve a chama do nacionalismo petebista até o golpe militar de 1964.






João Café Filho

     Embora tivesse sugerido que ambos renunciassem, assim que Getúlio Vargas se matou o vice-presidente Café filho assumiu a chefia da nação. O impacto provocado pelo suicídio de Vargas impediu que a "República do Galeão" tomasse o poder. A posse de Café Filho foi a solução constitucional. O potiguar João Café Filho (1899-1970) era um político com um passado de esquerda que, como bom fisiologista, se ligara ao populismo ademarista. Fora o próprio Ademar de Barros quem o indicara para vice de Vargas nas eleições de 1950. Ao tomar o poder, Café Filho manteve a posição que adotara durante a crise que levou Vargas ao suicídio: permaneceu na oposição e montou um ministério no qual o predomínio da UDN era evidente. Ainda assim, Café Filho se comprometeu a cumprir o calendário eleitoral, mantendo as eleições para a Câmara, Senado e governos estaduais (marcadas para outubro de 54) e as eleições presidenciais, previstas para outubro de 1955. E cumpriu a promessa. Após a eleição de JK, porém, Café Filho teria participação indireta na tentativa de golpe com a qual a UDN tentou impedir a posse do presidente eleito.




Carlos Coimbra da Luz

    Por ser presidente da Câmara dos Deputados, em 1955, assumiu a presidência da República em 09/11/1955, por ocasião da doença do vice-presidente João Café Filho. Foi deposto pelo General Henrique Lott em 11/11/1955.





Juscelino Kubitschek de Oliveira

    Foi eleito presidente da República para o período de 31/01/1956 a 31/01/1961. Uma vez no poder, JK revelou-se dinâmico, empreendedor, competente e astuto, e seu otimismo contagiou a nação. Apesar de conciliador, JK não fez concessões à UDN: dos 24 ministros civis, 16 eram do PSD e seis do PTB. O "partido golpista" (a UDN) não recebeu uma única pasta. Ainda assim, os anos JK seriam marcados pela estabilidade política: a cúpula militar se aclamara; os golpistas tinham perdido duas paradas altas - a renúncia de Vargas acabou virando o suicídio de um "mártir" e a tentativa de impedir a posse de JK esbarrou na "espada neutra" do general Lott. Embora uma pequena rebelião liderada por dois oficiais da Aeronáutica, deflagrada duas semanas após a sua posse, em fevereiro de 1954, tivesse ocorrido em Jacareacanga, no Pará, JK teria toda a tranquilidade para governar.Para executar seu ambicioso Programa de Metas - simbolizado pelo slogan "50 anos em 5" e baseado no binômio "energia e transporte" -, JK, disposto a derrotar a burocracia, criou órgãos paralelos e horários alternativos de trabalho. Ao obter recursos que lhe permitissem concretizar seus planos, ele acabou forjando a expressão "nacional-desenvolvimentismo" - uma astuciosa política econômica que combinava a ação do Estado com a empresa privada nacional e o capital estrangeiro.Entre muitas ações que marcaram um surto desenvolvimentista sem precedentes no país, o governo JK se notabilizou pelo grande impulso que deu à indústria automobilística. Ainda em 1956, JK criou o Grupo Executivo da Indústria Automobilística (Geia). Graças a incentivos fiscais, empresas automobilísticas multinacionais, como a Ford e a General Motors (que estavam no Brasil desde 1919 e 1925 respectivamente), passaram a fabricar utilitários em 1957 e outras montadoras se instalaram na região do ABC paulista.
De início, devido ao interesse primordial dos EUA no mercado da Europa, foram justamente empresas européias as que vieram para o país, entre elas a Wolkswagen, alemã, e a Simca, francesa. Em 1959 foi lançado o primeiro Fusca montado no Brasil - e JK orgulhosamente desfilou a bordo do carro, que se tornaria um dos mais vendidos e amados do país. Também em 1959 a Simca lançou a luxuosa linha Chambord, logo transformada em símbolo de requinte e eficiência, que seriam associados à era JK. entre 1957 e 1960, foram produzidos mais de 320 mil veículos, 90% a mais que o previsto. O Brasil orgulhosamente se movia sobre quatro rodas. O governo Juscelino também entrou para a história por construir a capital Brasília. Em setembro de 1956 foi aprovada a lei 2.874, que criou a Cia. Urbanizadora da Nova Capital. As obras se iniciaram em fevereiro de 1957, com apenas três mil trabalhadores - batizados de "candangos". Os arquitetos Oscar Niemayer e Lúcio Costa foram os encarregados de projetar a cidade "futurista". Nove meses depois, cerca de 12 mil pessoas viviam e trabalhavam em Brasília.






Jânio da Silva Quadros

     Foi eleito pela União Democrática Nacional (UDN) e Partido Democrático Cristão (PDC). Durante a campanha, Jânio conseguiu conquistar uma legião de admiradores com um discurso populista e marcadamente moralista. Apresentava-se como o "homem do tostão contra o milhão" que iria "sanear" a nação. O seu símbolo preferido era a vassoura e o jingle "Varre, varre vassourinha/ Varre, varre a bandalheira/ O povo já está cansado/ De viver dessa maneira". Em outubro de 1960, Jânio recebeu uma das mais expressivas votações da história: teve 48% dos votos (6 milhões de votos). Sua vitória só não foi total porque, graças a desvinculação dos votos, Jango, da chapa do general Lott, se elegeu vice-presidente.
Assumiu em 31/01/1961 e revelou-se tão histriônico quanto se poderia supor. Enviava centenas de "bilhetinhos" aos ministros e assessores (mais de 2 mil em 206 dias de trabalho). Jânio proibiu a propaganda em cinemas, regulamentou os horários e as normas do jogo de cartas em clubes e a participação de crianças em programas de TV e rádio, entre outras medidas. Mas governava sem base política: PTB e PSD dominavam o Congresso, Lacerda passara para a oposição, Jânio não consultava a UDN e o país estava endividado. A 24 de agosto de 1961, Lacerda fez um discurso no rádio denunciando uma suposta tentativa de golpe articulada por Jânio. No dia seguinte, após quase sete meses no governo, o primeiro presidente a tomar posse em Brasília estarrecia a nação ao anunciar sua renúncia. Alegou que "forças terríveis" levantaram-se contra ele.
A única explicação aceitável para essa atitude é a de que Jânio, não tendo maioria no Congresso, não suportou governar limitado pelo parlamento, sabia da aversão dos militares pelo vice-presidente João Goulart, imaginou um vazio no poder e a sua recondução à presidência com amplos poderes constitucionais. Jânio com isso deu início a guerra da legalidade que pressionou os militares a darem posse ao vice-presidente João Belchior Marques Goulart. Depois tentou voltar ao governo de São Paulo em 1962 e perdeu para Adhemar de Barros. Foi cassado em 1964 pelos militares. Em 1985 elegeu-se prefeito de São Paulo, derrotando Fernando Henrique Cardoso. Faleceu em fevereiro de 1992.





João Belchior Marques Goulart

    Como se não bastassem as acusações que militares e udenistas havia anos lhe faziam, no momento em que Jânio renunciou, João Goulart estava na China Comunista. Embora se tratasse de uma visita oficial, eram tempos de guerra fria e Jango sempre fora visto como o "líder da república sindicalista", um comunista travestido de democrata. O próprio Jânio parecia compartilhar dessa opinião e tentou o blefe da renúncia por achar que nem os militares nem o Congresso entregariam o país "a um louco que iria incendiá-lo". Mas não havia ninguém ao lado de Jânio e a encenação falhou. Isso não significava, porém, que os ministros militares e os conservadores em geral estivessem dispostos a deixar o mais destacado político do final da era Vargas tomar o poder. Mas, além do Congresso se negar a vetar a posse de Jango, o general Augusto Lopes, chefe do 3º Exército (com sede no RS), instigado pelo governador Leonel Brizola, declarou-se disposto a pegar em armas para garantir o cumprimento da Constituição.
A crise foi contornada com a criação de uma comissão no congresso que propôs a diminuição dos poderes do presidente e a adoção de um regime parlamentarista. Assim sendo, depois de tortuosa viagem de volta, Jango chegou ao Brasil em 31 de agosto de 1961 e, no aniversário da Independência, tomou posse em Brasília. A situação estava parcialmente resolvida. Tancredo Neves foi nomeado primeiro-ministro. Em julho de 1962, Tancredo renunciou e houve nova crise quando Jango quis nomear San Tiago Dantas (favorável ao afastamento dos EUA e à Aliança com nações socialistas). No final, Brochado da Rocha assumiu o cargo. Em janeiro de 1963, um plebiscito deu ampla vitória ao presidencialismo (9 milhões de votos) sobre o parlamentarismo (2 milhões). E Jango virou presidente de verdade.
O fato de se tornar presidente com seus plenos poderes restaurados não trouxe tranquilidade para Jango. Ele assumia a chefia de um país cada vez mais polarizado, volátil e inquieto. Era constantemente fustigado pela esquerda (Brizola, Miguel Arraes e Francisco Julião), que queria reformas imediatas, e pela direita (Carlos Lacerda, Olimpio Mourão e Costa e Silva), que temia qualquer avanço social. Após quase 20 anos de democracia, a sociedade civil - tanto de esquerda quanto de direita - estava dividida, mas organizada. A primeira achava Jango um "frouxo" e a segunda um "incendiário".
De janeiro a julho de 1963, sob o comando do ministro Celso Furtado, Goulart pôs em prática o Plano Trienal, baseado em "reformas de base". O Congresso recusou-se a cooperar com o projeto. Greves estouravam pelo país. Jango se sentiu forçado a dar uma guinada à esquerda. Para pressionar o Congresso a aprovar as reformas, realizou um comício monstro, no Rio, em 13 de março de 1964. Ao fazê-lo, decretou o começo do fim de seu governo. Em 31 de março os militares tomavam o poder, obrigando Jango a fugir para o Uruguai.





Humberto de Alencar Castelo Branco (CE)

Foi um dos participantes do golpe militar de 1964. Transferido para a reserva no posto de Marechal, em 1964, assumiu a presidência da República. Durante seu governo, de 1964-67, instituiu o Serviço Nacional de Informação (SNI) e o cruzeiro novo como unidade monetária. Criou o Banco Central e o Banco Nacional de Habitação (BNH). Fechou os partidos e criou a ARENA e o MDB. Fixou o coeficiente de correção monetária, aprovou o Regulamento Geral do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária (IBRA) e promulgou a constituição de 24/11/1967, que institucionalizava a ditadura.
Em fevereiro de 1967 surgiu a Lei de Imprensa, que cerceava a liberdade de pensamento e informação e era a expressão definitiva do fechamento do regime. Castelo unificou os institutos de previdência em um só, o INPS. No seu governo foram cassados os direitos políticos de centenas de pessoas entre deputados, governadores, ex-presidentes, lideranças de entidades civis e etc. Morreu logo após deixar o governo em um desastre de avião.





Artur da Costa e Silva

     Em outubro de 1966, com a abstenção do MDB (que se retirou do plenário), Costa e Silva foi eleito presidente e o civil Pedro Aleixo, vice. Depois da posse, em 15 de março de 1967, em vez de contar com o apoio, Costa e Silva teria de enfrentar a oposição e a ousadia crescentes da linha dura do Exército, cada vez mais radical.
Mesmo sem ter ligações com o "grupo da Sorbonne", Costa e Silva - chamado de "tio velho" pelos conspiradores de 64 - assumiu o poder com planos de restabelecer a democracia. Mas, ao fazer de Delfim Neto seu todo-poderoso ministro da Fazenda, o presidente passou a ser visto como inimigo pela linha-dura ultranacionalista. Pressionado pela direita e pela esquerda - visto que pelo país explodiam manifestações estudantis e greves operárias -, Costa e Silva abriu mão dos planos liberalizantes e respondeu com o endurecimento político.
Após a morte do estudante Edson Luís, em março de 1968, a passeata dos 100 mil, em junho, e o discurso do deputado Márcio Moreira Alves, em setembro, o general capitulou e decretou o AI-5, o ato que sacramentou o arbítrio. Em agosto de 1969, quando Costa e Silva ficou doente e uma junta militar assumiu o poder, a vitória da linha dura já estava plenamente consolidada.


Junta Militar de 1969

     Quando o general Costa e Silva sofreu um derrame, em agosto de 1969, a Constituição determinava que o vice, Pedro Aleixo, assumisse o poder. Embora a constituição tivesse sido promulgada pelo próprio regime militar, ela foi simplesmente ignorada. Uma junta militar assumiu o controle da nação e acelerou a escalada repressiva.
 Com as esquerdas já tendo deflagrado a luta armada e seqüestrado o embaixador americano Charles Elbrick, no dia 4 de setembro de 1969, a Junta baixou novos atos institucionais: o AI-13, criando a pena de banimento do território nacional, aplicável a todo o cidadão que se tornasse "inconveniente, nocivo ou perigoso à segurança nacional"; e o AI-14, que estabeleceu a "pena de morte pra os casos de guerra externa, psicológica, revolucionária ou subversiva". Ao mesmo tempo que endurecia as regas políticas, a Junta também institucionalizava a tortura, que se tornaria uma prática comum nos porões da ditadura.
No dia 14 de outubro, por pressão da "comunidade de informações" do Exército - liderada pelo SNI -, a Junta, convencida de que Costa e Silva não se recuperaria, decretou o AI-16, declarando vagos os cargos de presidente e vice. Iniciou-se então a luta pela sucessão, vencida com facilidade pelo general Garrastazu Médici.





Emílio Garrastazu Médici

     Ao assumir o poder, no dia 30 de outubro de 1969, o terceiro general-presidente, Emílio Garrastazu Médici, estava disposto a consolidar o poder da "comunidade de informações", e a combater a esquerda utilizando as mesmas táticas da "guerra suja" (supostamente iniciada pelos "terroristas"). Assim sendo, o general deu início àquele que talvez tenha sido o período mais repressivo da história do Brasil.Seu governo se transformaria também num dos períodos mais esquizofrênicos na vida da nação: oficialmente tudo ia às mil maravilhas - o Brasil era o "país grande" que ninguém segurava, o "país que vai pra frente", também era tempo do "milagre econômico" e do famoso conselho "ame-o ou deixe-o". Enquanto isso, nos porões da ditadura, havia tortura, repressão e morte.
De 1969 a 1973, de fato houve um extraordinário crescimento econômico no país, aliado a baixos índices de inflação (18% ao não). O PIB cresceu na espantosa média anual de 11% (chegando a 13% em 1973). Houve uma febre de investimento, grandes obras (muitas delas faraônicas e desnecessárias) e muito dinheiro vindo do Exterior, com juros baixos. O ministro Delfim Netto foi o articulador-mor do "milagre".O próprio Médici acabou se tornando o melhor intérprete dessa incongruência ao declarar, em uma de suas raríssimas entrevistas, que "o Brasil vai bem, mas o povo vai mal". Ele fez o país retroceder aos tempos do Estado Novo, não apenas pela utilização maciça da propaganda para promover o regime, como pelo fato de ter feito do deputado Filinto Müller (o carrasco que servira Getúlio Vargas) presidente do Congresso e chefe do partido do governo, a Arena. De todo o modo, o Legislativo seria reduzido à condição de mero homologador das decisões do Executivo.
Durante o período do gaúcho Médici, nunca houve tanta censura à imprensa, tanto cerceamento das liberdades individuais e de pensamento. E nunca se escutaram tão poucas críticas - a não ser quando espocavam os tiros disparados pela guerrilha urbana e rural. Em outubro de 1972, Médici enterrou outra vez as esperanças de redemocratização do país, promulgando a Emenda Constitucional nº2, modificando a carta outorgada pela Junta Militar, que previa eleições diretas para os governos de Estado em outubro de 1974. Mas, então, um grupo de generais "castelistas" concluiu que era hora de tentar restituir um mínimo de normalidade constitucional à nação - e lançou Ernesto Geisel como candidato à sucessão de Médici. As trevas começaram a se dissipar.





Ernesto Geisel

     Geisel tomou posse no dia 15 de março de 1974 e trouxe de volta ao poder o general Golbery do Couto e Silva. Juntos, articularam um projeto de abertura "lenta, gradual e segura" rumo a uma indefinida "democracia relativa". Mas a crise econômica e a reação da "linha dura" do Exército colocariam permanentemente em cheque os planos de "distensão" imaginados por Geisel e Golbery. Embora disposto a levar em frente seu projeto reformista, Geisel em tomar medidas duras amparadas nos poderes que lhe concedia o Ato Institucional nº 5, o AI-5. A atitude mais ríspida de Geisel contra a oposição foi o fechamento do Congresso, em abril de 1977. Em novembro de 1974, o partido de oposição MDB vencera as eleições, aumentando sua bancada na Câmara e Senado. Assim, em março de 1977, o MDB pôde impedir a aprovação de um projeto do governo para reforma do Judiciário. Denunciando a existência da "ditadura da minoria", Geisel fechou o Congresso e, além de implantar a reforma do Judiciário, baixou uma série de medidas "casuísticas", frenado o avanço do MDB e garantindo a supremacia da Arena.
Apesar dos pesares, Geisel colocaria em prática várias medidas para implementar a "distensão". A primeira delas foi a suspensão da censura prévia à imprensa escrita, no início de 1975 - embora rádio e TV continuassem sob vigilância. Em julho de 1975, Geisel assinou um "programa de cooperação nuclear" entre Brasil e Alemanha, sem consultar a comunidade científica e a sociedade civil.
Na área econômica, Geisel herdou de seu sucessor um país com inflação anual de 18,7% e uma dívida externa de US$ 12,5 bilhões. apesar de durante seu governo o PIB ter crescido espantosos 41%, a inflação chegou aos 40% anuais e a dívida externa disparou para US$ 43 bilhões. Mesmo com todas as crises políticas e econômicas, Geisel não apenas seria o único general-presidente a fazer seu sucessor como conseguiria cumprir a promessa de concretizar sua "abertura lenta e gradual". No dia 1º de janeiro de 1979, extinguiu o AI-5. Em 15 de março passou a faixa para João Figueiredo.





João Baptista Figueiredo

     Como Garrastazu Médici, o quinto general-presidente, João Baptista Figueiredo, também chegou ao poder após chefiar o Serviço Nacional de Informação (SNI). Mas, ao contrário de seu predecessor, Figueiredo teve a missão de concretizar a abertura iniciada por Ernesto Geisel.
Se durante o governo Médici a economia ia bem e o povo mal, durante os seis anos do governo Figueiredo tanto a economia quanto o povo foram mal. A uma série de medidas heterodoxas, drásticas e equivocadas - tomadas pela equipe econômica, liderada por Delfim Netto-, se juntaria a segunda crise internacional do petróleo. A inflação e a dívida interna dispararam. No final de 1983, o PIB caiu em 2,5%, e a dívida externa (que passara de US$ 81 bilhões para US$ 91 bilhões) era responsável por juros anuais de US$ 9,5 bilhões. A crise reforçou os argumentos da oposição e gerou inúmeras greves no ABC paulista e ajudou a deflagrar a campanha pelas Diretas Já.
Para cumprir a promessa da volta à Democracia, assinou a anistia em agosto de 1979 e precisou enfrentar as bombas da linha dura, que no início da década de 80 fez o país retornar à época da "guerra suja". Figueiredo manteve o calendário eleitoral, que previa eleições estaduais para novembro de 1982, embora forçasse o Congresso a adotar medidas restritivas à oposição. Por isso, em abril de 1984, a emenda das diretas-já não foi aprovada. Mas, em janeiro de 1985, Tancredo Neves foi eleito pelo Colégio Eleitoral e Figueiredo pôde deixar o poder com a promessa cumprida.






José (Sarney) Ribamar Ferreira de Araújo Costa

     Ao assumir o poder, em 15 de março de 1985, como presidente em exercício, o maranhense José Sarney o fez em meio a uma tragédia nacional e numa situação politicamente precária. Escolhido para integrar a chapa de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral como candidato a vice-presidente, Sarney era um oposicionista de ocasião cuja indicação fora, na melhor das hipóteses, engolida pelo PMDB, que, para compor a Aliança Democrática, precisou dessa aproximação com o homem que havia sido presidente da Arena e do PDS.
Sarney estava longe de ser o candidato dos sonhos dos brasileiros e poderia ter passado despercebido ao longo dos quatro anos de mandato, não tivesse Tancredo morrido sem chegar a assumir a Presidência. Ao deixar o governo, em 15 de março de 1990, porém, Sarney entrara para a história como o presidente da redemocratização, o homem que havia legado ao país uma nova Constituição e provocado imensa mobilização nacional em torno de um pacote econômico, o Plano Cruzado. Graças a astuciosas manobras na Constituinte, Sarney também prolongara seu mandato em um ano, permanecendo cinco na chefia da nação.





Fernando Collor de Mello

     Foi o mais jovem presidente da República - tinha 40 anos quando foi eleito, em dezembro de 1989. Collor chegou ao poder com mais de 35 milhões de votos, vencendo Luís Inácio Lula da Silva, do PT (Partido dos Trabalhadores), no segundo turno. A principal bandeira levantada por ele, na campanha para a presidência pelo Partido da Reconstrução Nacional (PRN), foi a caça aos "marajás" (funcionários públicos com altos salários). Em pouco tempo, pulou de 1% da intenção de votos para se tornar um dos maiores fenômenos eleitorais do país.
Sua primeira medida de impacto, após tomar posse em 1º/01/1990, foi o Plano Collor. Idealizado pela equipe da ministra Zélia Cardoso de Mello, o plano acabou com o cruzado, que voltou a ser chamado de cruzeiro, e, por meio de um pacote com 17 medidas provisórias, bloqueou por 18 meses todo o dinheiro existente nas contas correntes e na poupança dos brasileiros - com exceção de Cr$ 50 mil (equivalentes a US$ 50), que podiam ser sacados de imediato.
Também implementou um programa de privatização de empresas estatais e medidas de contenção no Executivo. Mas logo começaram a pipocar denúncias de corrupção contra assessores próximos ao governo e o próprio presidente. A primeira pessoa que se levantou contra Collor foi seu irmão Pedro Collor de Mello, que denunciou Paulo César Farias, o PC. Essas denúncias levaram à instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pelo Congresso. Em agosto de 1992, foi autorizado, pelo Congresso, a abertura de um processo de impeachment. Com isso, Collor foi obrigado a deixar o cargo e aguardar a decisão.





Itamar Agusto Cautiero Franco

    A exemplo do maranhense Sarney, o mineiro Itamar Franco jamais habitara os anseios dos brasileiros. Ainda assim a Constituição lhe destinou a árdua tarefa de comandar um país combalido pela inflação e assombrado pela corrupção do governo Collor, que acabara de cair. O governo Itamar durou do final de 1992 a janeiro de 1995 e lançou o mais bem-sucedido de todos os planos econômicos e fez o seu sucessor. Foi sob sua gestão que o país veria nascer o Plano Real, que apresentou às jovens gerações de brasileiros a vida fora da hiperinflação e que acabou conduzindo à presidência seu principal mentor, o ministro da Economia, Fernando Henrique Cardoso.
 Embora não tenha se caracterizado pela energia e vigor, nem pela firmeza das decisões do mandatário, o governo Itamar entrou para história menos por seus feitos políticos e façanhas econômicas do que pelas atitudes polêmicas de seu protagonista. Foi assim, por exemplo, quando Itamar Franco, decidido a proporcionar a milhões de brasileiros a possibilidade de realizar o sonho de adquirir um carro, pediu - e conseguiu - que a Wolkswagen voltasse a produzir o velho Fusca (sem levar em conta que os avanços da indústria o haviam tornado obsoleto e dispendioso). Apesar de ter fracassado, a iniciativa lançou as bases de uma nova geração de carros "populares", a preços mais acessíveis.







Fernando Henrique Cardoso

    Ao fazer uma coligação com PFL, Fernando Henrique Cardoso seguiu os passos de Tancredo Neves, que também se unira ao mesmo partido (aliança que resultou na presidência de José Sarney). Ao formar uma chapa com o líder do PFL, Marco Maciel, Fernando Henrique não estava rompendo apenas com sua bibliografia, estava alterando os rumos de sua biografia. Criado em 1984, o PFL nada mais é do que uma dissidência do PDS, formada por políticos ligados ao regime militar (como Sarney e Marcos Maciel, mais Jorge Bornhausen e Aureliano Chaves, vice de João Figueiredo).Coligações, é claro, fazem parte do jogo democrático. Reeleição também. Mas o fato é que a aliança com o PFL ajudou a estabelecer um perfil muito mais conservadora ao governo FHC do que se poderia supor a partir da análise da vida pregressa do 38º presidente da República. Quanto a emenda constitucional que permitiu Fernando Henrique Cardoso candidatar-se à reeleição, o fato foi considerado por alguns dos mais respeitáveis analistas políticos do país como uma espécie de "golpe branco", já que alterou as regras do jogo sucessório em benefício do próprio governo.
De todo modo, é possível que o governo FHC, passe para a história sob a égide do sucesso do Plano Real, que, apesar dos índices de desemprego, da crise na saúde pública e do flagelo social que ainda assola cerca de 20 milhões de miseráveis, melhorou a vida dos brasileiros: 8 milhões deles teriam saído da "linha de pobreza". As estrelas do Real foram o frango (cuja produção aumentou em 1 milhão de toneladas, entre 1993 e 1997), o iogurte (a produção dobrou em três anos), as TVs (8,5 milhões foram vendidas em 1996), as geladeiras (4 milhões vendidas em 1996) e, segundo o próprio Fernando Henrique, as dentaduras ("O povo está botando dente", disse ele, em setembro de 1997. Dados oficiais informam que 1,4 milhão de brasileiros não têm um só dente na boca). Ainda assim, a transparência do governo foi comprometida por escândalos políticos e financeiros que, embora não envolvam pessoalmente o presidente, rivalizam, pelo menos nos números, com a roubalheira dos anos de lama da era Collor.



Fernando Henrique Cardoso


     Ao fazer uma coligação com PFL, Fernando Henrique Cardoso seguiu os passos de Tancredo Neves, que também se unira ao mesmo partido (aliança que resultou na presidência de José Sarney). Ao formar uma chapa com o líder do PFL, Marco Maciel, Fernando Henrique não estava rompendo apenas com sua bibliografia, estava alterando os rumos de sua biografia. Criado em 1984, o PFL nada mais é do que uma dissidência do PDS, formada por políticos ligados ao regime militar (como Sarney e Marcos Maciel, mais Jorge Bornhausen e Aureliano Chaves, vice de João Figueiredo).Coligações, é claro, fazem parte do jogo democrático. Reeleição também. Mas o fato é que a aliança com o PFL ajudou a estabelecer um perfil muito mais conservadora ao governo FHC do que se poderia supor a partir da análise da vida pregressa do 38º presidente da República. Quanto a emenda constitucional que permitiu Fernando Henrique Cardoso candidatar-se à reeleição, o fato foi considerado por alguns dos mais respeitáveis analistas políticos do país como uma espécie de "golpe branco", já que alterou as regras do jogo sucessório em benefício do próprio governo. De todo modo, é possível que o governo FHC, passe para a história sob a égide do sucesso do Plano Real, que, apesar dos índices de desemprego, da crise na saúde pública e do flagelo social que ainda assola cerca de 20 milhões de miseráveis, melhorou a vida dos brasileiros: 8 milhões deles teriam saído da "linha de pobreza". As estrelas do Real foram o frango (cuja produção aumentou em 1 milhão de toneladas, entre 1993 e 1997), o iogurte (a produção dobrou em três anos), as TVs (8,5 milhões foram vendidas em 1996), as geladeiras (4 milhões vendidas em 1996) e, segundo o próprio Fernando Henrique, as dentaduras ("O povo está botando dente", disse ele, em setembro de 1997. Dados oficiais informam que 1,4 milhão de brasileiros não têm um só dente na boca). Ainda assim, a transparência do governo foi comprometida por escândalos políticos e financeiros que, embora não envolvam pessoalmente o presidente, rivalizam, pelo menos nos números, com a roubalheira dos anos de lama da era Collor.

1 de agosto de 2009

DICIONARIO DE MITOLOGIA GREGA

A ILÍADA
A Ilíada situa-se no último ano da guerra de Tróia e narra a história do herói grego Aquiles e a derrota de Heitor, filho do rei Príamo.

A ODISSEIA
A Odisseia narra a viagem de retorno do herói grego Odisseu até sua ilha natal, Ítaca, os diversos perigos que enfrentou e sua vingança sangrenta contra os pretendentes de sua esposa Penélope.

ADÓNIS
Formoso jovem amado pelas deusas Afrodite e Perséfone. Nascido da união incestuosa entre o rei Cíniras de Chipre e sua filha.

AFRODITE
Deusa do amor e da beleza, equivalente a Vénus romana. Na Ilíada de Homero aparece como filha de Zeus e Dione, uma de suas companheiras, mas em lendas posteriores é descrita brotando da espuma do mar e seu nome pode ser traduzido como "nascida da espuma".

AGAMENON
Rei de Micenas e chefe das forças gregas na guerra de Tróia. Era filho de Atreu e padeceu a maldição lançada sobre sua casa. Quando os gregos reuniram-se em Áulide para sua viagem a Tróia, viram-se obrigados a retroceder por causa dos ventos adversos. Para acalmar os ventos, Agamenon sacrificou sua filha Ifigénia à deusa Artémis.

AJAX, FILHO DE OILEU
Chefe de Locris na Grécia Central, que lutou na guerra de Tróia. Depois da queda de Tróia, violou o templo de Atena ao arrastar a profetisa Cassandra do altar da deusa. Atena recorreu ao deus do mar Poséidon para vingar este sacrilégio.

AJAX, FILHO DE TÉLAMON
Poderoso guerreiro que lutou na guerra de Tróia. Era filho de Télamon, rei de Salamina, e conduziu as forças desta ilha até Tróia.

ALCESTE
Filha de Pélias, rei de Iolco em Tessália. Casou-se com Admeto, rei de Feras e amigo do deus Apolo.

AMAZONAS
Uma raça de mulheres guerreiras que excluíam os homens de sua sociedade.

ANDRÓMACA
Mulher de Heitor, herói da guerra de Tróia. Matou seu esposo, o guerreiro grego Aquiles, pouco antes dos gregos tomarem a cidade na guerra de Tróia. O único filho de Andrómaca com Heitor, Astíanax, foi atirado do alto das muralhas da cidade e ela foi entregue a Neoptólemo, filho de Aquiles.

ANDRÓMEDA
Princesa da Etiópia. Sua mãe Cassiopéia irritou o deus Poséidon por se vangloriar de ser mais bonita do que as ninfas do mar, as nereidas. Como castigo, Poséidon enviou um horrível monstro marinho para devastar a Terra. Os etíopes souberam, através de um oráculo, que seriam libertados do monstro se oferecessem Andrómeda em sacrifício. A donzela foi acorrentada a uma rocha junto ao mar e resgatada pelo herói Perseu, que matou o monstro e reivindicou a mão de Andrómeda como recompensa.

ANFITRIÃO
Príncipe de Tirinto. Casou-se com Alcmena, filha do rei Eléctrion de Micenas. Durante sua ausência por causa de uma expedição militar, o deus Zeus visitou Alcmena disfarçado de Anfitrião. Alcmena deu à luz a dois filhos gémeos: Hércules, filho de Zeus, e Íficles, filho de Anfitrião.

ANFITRITE
Deusa do mar, filha de Nereu e mulher de Poséidon.

ANTÍGONA
Filha de Édipo, rei de Tebas, e da rainha Jocasta. Antígona acompanhou seu pai no exílio mas voltou a Tebas depois de sua morte.

APOLO
Filho de Zeus e Leto. Era um músico talentoso que deliciava os deuses tocando a lira. Também ficou famoso como arqueiro e atleta veloz e foi o primeiro vencedor dos Jogos Olímpicos. Deus da agricultura e da pecuária, da luz e da verdade, ensinou aos humanos a arte da medicina.

AQUILES
Na mitologia grega, o maior dos guerreiros gregos na guerra de Tróia. Era filho da ninfa Tétis, e de Peleu, rei dos mirmidones de Tessália. Quando era criança, sua mãe mergulhou-o no Estige para fazê-lo imortal. As águas o tornaram invulnerável, menos no calcanhar, que era por onde sua mãe o segurava.

ARACNE
Uma jovem tão hábil na arte de tecer que se atreveu a desafiar a deusa Atena e esta transformou-a em aranha.

ARCÁDIA
Região na parte central do Peloponeso, Grécia. Na mitologia grega, era a residência de Pã, deus da natureza e padroeiro dos pastores, e centro do seu culto. Na literatura posterior, converteu-se em pretexto de evocações poéticas da vida pastoril. Enquanto o terreno real da Arcádia era áspero e montanhoso, a paisagem idealizada era amena e fértil, onde vivia uma comunidade intocada de pastores e deidades rústicas. O primeiro a expressar as qualidades desta Arcádia imaginária foi o poeta romano Virgílio.

ARES
Deus da guerra e filho de Zeus, rei dos deuses, e de sua esposa Hera. Os romanos o identificavam com Marte, também um deus da guerra. Agressivo e sanguinário, personificava a brutal natureza da guerra, e era impopular tanto entre os deuses quanto entre os seres humanos.


ARGONAUTAS
O grupo de heróis que zarparam na nave Argo para buscar o Velocino de Ouro. O chefe da expedição foi Jasão, que reuniu os 50 jovens mais nobres da Grécia para que o acompanhassem na viagem. O grupo escolhido incluía Hércules, Orfeu, Castor, Pólux e Peleu.

ARGOS
Um gigante de cem olhos (também chamado Panoptes) que foi designado pela deusa Hera, mulher de Zeus, para vigiar Io, da qual tinha ciúmes.

ARIADNE
Na mitologia grega, filha de Minos, rei de Creta, e de Pasífae, filha de Hélio. Ajudou Teseu a sair do labirinto, depois que este matou o Minotauro.

ARISTEU
Filho do deus Apolo e da ninfa Cirene. Era venerado como protetor dos caçadores, pastores e rebanhos e como inventor da apicultura e do cultivo das oliveiras.

ÁRTEMIS
Uma das principais deusas, equivalente à deusa romana Diana. Era filha do deus Zeus e de Leto e irmã gémea do deus Apolo. Era a que regia os deuses e deusas da caça e dos animais selvagens, especialmente dos ursos, e também era a deusa do parto, da natureza e das colheitas.

ASCLÉPIO
Deus da medicina. Era filho do deus Apolo e de Corónide, uma formosa mulher de Tessália.

ATALANTA
Filha de Esqueneu da Beócia ou de Yaso da Arcádia. Contrariado por não ser um menino, o pai abandonou-a na encosta de uma montanha pouco depois do seu nascimento. Foi resgatada e amamentada por uma ursa e, posteriormente, criada por caçadores. A façanha pela qual ficou especialmente famosa foi sua participação na caçada ao javali em Caleidon, uma cidade da Etólia na Grécia central.

ATENA
Uma das deusas mais importantes da mitologia grega. Na mitologia romana, chegou a ser identificada com a deusa Minerva, também conhecida como Palas Atenéia. Saiu já adulta da protecção do deus Zeus e foi sua filha favorita. Ele confiou a Atena seu escudo, adornado com a horrorosa cabeça da górgona Medusa, sua "égide" e o raio, sua arma principal.

ATLAS
Filho do titã Jápeto e da ninfa Clímene, e irmão de Prometeu. Atlas lutou com os titãs na guerra contra as divindades olímpicas. Como castigo, foi condenado a carregar para sempre nas costas a Terra e o firmamento, e em seus ombros, a grande coluna que os separava.

ATREU
Na mitologia grega, filho de Pélops. Quando o rei de Micenas morreu sem deixar herdeiro, os notáveis do reino elegeram Atreu como seu novo soberano.
Atreu, Casa de, família real de Micenas designada com o nome de Atreu, que foi eleito rei pelos notáveis micênicos.

AUGIAS, OS ESTÁBULOS DE,
Os estábulos pertencentes a Augias, um dos filhos do deus Hélio e rei de Élis, a noroeste do Peloponeso.

BELEROFONTE
Filho de Glauco, rei de Corinto; foi o herói que domou o cavalo alado Pégaso com a ajuda de uma rédea dada pela deusa Atena.

CADMO
Príncipe fenício, fundador da cidade de Tebas na Grécia. Quando sua irmã Europa foi raptada pelo deus Zeus, recebeu de seu pai, rei da Fenícia, a incumbência de encontrá-la; caso fracassasse, não poderia retornar para casa. Sem conseguir encontrar a irmã, consultou o oráculo de Delfos, que o aconselhou a abandonar a busca e fundar uma cidade. As instruções do oráculo acrescentavam que ele encontraria uma bezerra quando deixasse Delfos. Deveria segui-la e construir uma cidade onde ela parasse para descansar.

CADUCEU
Bastão simbólico coroado por duas asas e com duas serpentes entrelaçadas. Entre os gregos antigos, o caduceu era levado pelos heraldos e pelos mensageiros como emblema de seu ofício e como marca de inviolabilidade pessoal, porque era o símbolo de Hermes.

CALCAS
O adivinho mais famoso entre os gregos na época da guerra de Tróia. Era muito respeitado pela precisão de suas profecias; sugeriu que os gregos construíssem o cavalo de Tróia, e graças a isso as forças gregas penetraram na cidade.

CALIPSO
Ninfa do mar e filha do titã Atlas. Vivia sozinha na mítica Ilha de Ogígia, no mar Jónico.

CARONTE
Filho da Noite e de Érebo, era o velho barqueiro que transportava as almas dos mortos pela lagoa Estige até as portas do mundo subterrâneo.

CASSANDRA
Filha do rei Príamo e da rainha Hécuba de Tróia. O deus Apolo, que amava Cassandra, lhe deu o dom da profecia, mas quando ela se negou a corresponder ao seu amor, Apolo tornou inútil o dom, fazendo com que ninguém acreditasse em suas profecias.

CASSIOPÉIA
Mulher de Cefeu, rei da Etiópia. Quando Cassiopéia se gabou de ser mais bela do que as nereidas, estas se queixaram com Poséidon, que enviou um monstro marinho para destruir a terra. Poséidon pediu que a filha de Cassiopéia, Andrómeda, fosse dada em sacrifício ao monstro, mas ela foi salva pelo herói Perseu.

CASTOR E PÓLUX
Filhos gémeos de Leda, mulher do rei de Esparta, Tindareo. Eram irmãos de Clitemnestra, rainha de Micenas, e de Helena de Tróia. Ambos eram conhecidos como os Dióscuros, ou Filhos de Zeus, mas na maior parte das narrativas somente Pólux é considerado imortal, porque foi concebido quando Zeus seduziu Leda sob a forma de um cisne.

CAVALO DE TRÓIA
Grande cavalo oco de madeira, usado pelos gregos para conseguir penetrar na cidade de Tróia e, assim, terminar a guerra. Os gregos recorreram a este estratagema por não terem conseguido tomar a cidade após dez anos de sítio.

CÉCROPE
Fundador de Atenas e da civilização grega. Acreditava-se que havia nascido da terra, metade homem, metade serpente. Chegou a ser o primeiro rei de Ática, e dividiu-a em 12 comunidades.

CÉRBERO ( CEROS )
Cão de três cabeças, com cauda de dragão, que guardava a entrada do mundo subterrâneo do deus Hades.

CENTAUROS
Raça de monstros que, segundo a crença, habitava as regiões montanhosas de Tessália e Arcádia. Eram normalmente representados com forma humana da cabeça à cintura, e com o baixo ventre e as pernas de cavalo.

CÍCLOPES
Cada um dos gigantes com um enorme olho no meio da testa.

CILA E CARIBDES
Na mitologia grega, dois monstros marinhos que moravam nos lados opostos de um estreito, personificação dos perigos da navegação perto de rochas e redemoinhos.

CIMÉRIOS
Na poesia de Homero, povo mítico que vivia no noroeste da Europa, junto ao oceano, onde reinava uma perpétua obscuridade.

CIRCE
Feiticeira, filha do deus Hélio e da nereida Perseis. Vivia na ilha de Eéia, que possivelmente ficava na costa oeste da Itália. Com poções e encantamentos, Circe era capaz de transformar seres humanos em animais.

CLITEMNESTRA
Rainha de Micenas, esposa de Agamenon e filha de Tíndaro, rei de Esparta, e de sua mulher Leda. Teve quatro filhos com Agamenon: Electra, Ifigénia, Orestes e Crisótemis.

CREONTE
Irmão de Jocasta, rainha de Tebas. Governou Tebas após o exílio do rei Édipo, até que seu sobrinho Etéocles, filho mais novo de Édipo, reivindicou o trono.

CRONOS
Governador do Universo durante a idade de ouro. Um dos doze titãs, filho mais novo de Urano e Géia, as personificações do céu e da terra. Seus primeiros filhos foram os três hecatonquiros, monstros de cem mãos e cinquenta cabeças, que Urano mantinha prisioneiros num local secreto. Géia tentou resgatá-los e pediu ajuda a seus outros filhos, inclusive os ciclopes. Somente Cronos aceitou o desafio. Atacou Urano e o feriu gravemente; desta forma, Cronos converteu-se no senhor do Universo.

DAFNE
Ninfa filha do deus do rio Peneu. Era uma caçadora companheira de Ártemis, deusa da caça, e, como ela, se negava a casar-se. O deus Apolo quis possuí-la e, como ela não queria, foi transformada por seu pai em um loureiro.

DAFNIS
O pastor siciliano que inventou a poesia pastoril, nascido da união do deus Hermes com uma ninfa.

DÂNAE
Filha de Acrisio, rei de Argos, e, por sua união com o deus Zeus, mãe de Perseu.

DÂNAO
Filho de Belo, rei do Egito, e de Aquinoe. Egito, irmão gémeo de Dânao. Desejava casar seus cinquenta filhos com as cinquenta filhas de Dânao. Suas filhas, que se opunham a esse acordo, fugiram do Egito para Argos, onde Dânao converteu-se em rei. Os jovens perseguiram-nas e Dânao finalmente concordou, porém deu a cada filha uma adaga para que matassem seus maridos na noite de núpcias.

DÁRDANOS
Antepassado dos troianos e filho do deus Zeus e da plêiade Electra. Casou-se com a filha de Teucro, que governava uma região da Ásia Menor.

DÉDALO
Arquitecto e inventor que projectou para o rei Minos de Creta o labirinto onde o Minotauro foi aprisionado.

DEMÉTER
Deusa dos grãos e das colheitas, filha dos titãs Crono e Réia.

DEUCALIÃO
Filho do titã Prometeu. Era rei de Pítia em Tessália quando o deus Zeus, por causa dos depravados costumes da raça humana, castigou-a com um dilúvio. Somente Deucalião e sua mulher, Pirra, sobreviveram à inundação porque eram os únicos que levaram uma vida correcta e se mantiveram fiéis às leis dos deuses.

DIDO
Fundadora lendária e rainha de Cartago, filha de Belo, rei de Tiro.

DIONÍSIO
Deus do vinho e da vegetação, que ensinou aos mortais como cultivar a videira e como fazer vinho.

DIOMEDES
Rei de Argos e filho de Tideu, um dos guerreiros conhecidos como os Sete contra Tebas. Foi um dos heróis gregos que se sobressaíram na guerra de Tróia.

DÓDONA
O mais antigo dos santuários gregos, no interior da região do Épiro, a 80 km a leste de Corfu. Na mitologia grega, era consagrado a Zeus e sua amante Dione.

ÉACO
Rei de Egina. Era filho da ninfa Egina, que deu nome à ilha na qual reinava, e do deus Zeus.

ECO
Ninfa da montanha. O deus supremo, Zeus, persuadiu Eco a entreter Hera com uma conversa incessante, para que esta não pudesse vigiá-lo. Irritada, Hera tirou de Eco o poder de falar, deixando-lhe somente a faculdade de repetir a última sílaba que ouvisse.

ÉDIPO
Rei de Tebas, filho de Laio e Jocasta, rei e rainha de Tebas, respectivamente. Um oráculo predisse que Édipo mataria Laio, seu pai. Durante sua viagem, encontrou e matou Laio, pensando que o rei e seus acompanhantes fossem um bando de ladrões, e assim, inesperadamente, cumpriu-se a profecia.

ÉGIDA
Uma espécie de armadura de Zeus e de Atena. Era uma capa curta feita de pele de cabra, coberta de escamas e com serpentes nas bordas, colocada sobre os ombros. A égida servia como símbolo do poder de Zeus; não só o protegia, mas também aterrorizava seus inimigos.

EGISTO
Filho de Tiestes e de sua filha Pelópia. Desejando vingar-se de seu irmão Atreu e agindo sob o conselho do oráculo de Delfos, Tiestes consumou uma união incestuosa com Pelópia. Pouco depois, Atreu, sem saber que Pelópia era sua sobrinha, casou-se com ela. Quando Egisto nasceu, Atreu aceitou-o como seu próprio filho, porém Egisto descobriu sua verdadeira identidade e, pressionado por Tiestes, matou Atreu.

ELECTRA
Filha de Agamenon, rei de Micenas, e da rainha Clitemnestra.

ELÍSIO
Também conhecido como Campos Elísios, na mitologia grega, um paraíso pré-helênico, uma terra de paz e felicidade plenas.
Na mitologia romana, Elísio era uma parte do mundo subterrâneo e um lugar de recompensa para os mortos virtuosos.

ENDIMIÃO
Jovem de beleza excepcional que dorme eternamente. É descrito como o rei de Élis, que segundo as fontes era um caçador ou um pastor. De acordo com a maioria dos textos, era pastor no monte Lamos, em Cária.

ÉOLO
Nome de duas figuras da mitologia grega. A mais conhecida era a do guardião dos ventos. Vivia na ilha flutuante de Eólia com seus seis filhos e suas seis filhas. Outro Éolo da mitologia grega foi o rei de Tessália. Era o filho de Heleno, antepassado dos helenos, os antigos habitantes da Grécia.

ERÍNIAS
Também Fúrias, as três deusas vingadoras: Tisífone (a vingadora do crime), Megera (a vingadora dos céus) e Aleto (a sempre irada). Na maioria dos relatos são filhas de Géia e Urano e às vezes recebem o nome de filhas da Noite.

EROS
Deus do amor equivalente ao romano Cupido. Na mitologia mais antiga era representado como uma das forças primitivas da natureza, o filho de Caos, e a encarnação da harmonia e do poder criativo no universo. Posteriormente foi considerado um belo e apaixonado jovem, acompanhado por Poto, o Hímero (o Desejo). A mitologia posterior fez dele o companheiro permanente de sua mãe, Afrodite, deusa do amor.

ESFINGE
Monstro com cabeça e tronco de mulher, corpo de leão e asas de ave. Agachada em cima de uma rocha, abordava os que iam entrar na cidade de Tebas apresentando-lhes o seguinte enigma: O que é que tem quatro pés pela manhã, dois ao meio-dia e três à noite? Caso os interpelados não resolvessem o enigma, ela os matava.
No Egito antigo, as esfinges eram estátuas que representavam as divindades, com corpo de leão e cabeça de algum outro animal ou humana, com frequência uma réplica do rei.

ESTIGE
Rio que serve de entrada ao outro mundo. Costuma-se descrevê-lo como o rio fronteiriço por onde o ancião barqueiro Caronte transportava as almas dos mortos.

EUMÉNIDES
Antigos espíritos ou deusas da terra, associados à fertilidade, mas também possuidores de certas funções morais e sociais.

EURÍDICE
Formosa ninfa, esposa de Orfeu, o poeta e músico.

EUROPA
Filha de Agenor, o rei fenício de Tiro, e irmã de Cadmo, o lendário fundador de Tebas. O deus Zeus se apaixonou por ela e, com a aparência de um touro, raptou-a e possuiu-a, tendo com ela dois filhos, Minos e Radamantis.

FAETONTE
Filho de Hélio e da ninfa Clímene.

FILOCTETES
Famoso arqueiro, amigo do herói Hércules, que lhe deu seu arco e suas flechas envenenadas. A caminho da guerra de Tróia, foi picado no pé por uma serpente, como a ferida demorava a curar, tiveram que deixá-lo na ilha de Lemnos.

GALATÉIA
Uma das 50 nereidas, as filhas de Nereu, o velho homem do mar. Galatéia havia despertado o amor do ciclope Polifemo; todavia, não correspondeu ao seu amor.

GANIMEDES
Um jovem e belo príncipe troiano. O deus Zeus, transformado em águia, raptou Ganimedes quando este estava no meio de seus companheiros, e levou-o ao monte Olimpo. O deus supremo lhe outorgou a imortalidade e fez com que substituísse Hebe, deusa da juventude, como copeiro dos deuses.

GÉIA
Personificação da mãe-Terra e filha de Caos. Foi mãe e esposa do pai-Céu, personificado como Urano. Ambos foram os pais das primeiras criaturas vivas: os titãs, os ciclopes e os hecatonquiros, gigantes com cem mãos e 50 cabeças.

GÓRGONAS
Eram as filhas monstruosas de Forcis, deus do mar, e de Ceto, sua esposa. Duas delas eram imortais, Ésteno e Euríale, mas Medusa, que era mortal, foi morta por Perseu. Eram criaturas terríveis, parecidas com dragões, cobertas de escamas douradas e com serpentes ao invés de cabelos.

GRAÇAS
Eram as três deusas da alegria, do feitiço e da beleza. Filhas do deus Zeus e da ninfa Eurínome, seus nomes são Aglaé (resplendor), Eufrosina (alegria) e Tália (a que leva flores). Presidem os banquetes, as danças e outros acontecimentos sociais prazeirosos e proporcionam alegria e boa vontade tanto a deuses quanto a mortais.

GUERRA DE TRÓIA
Guerra lavrada pelos gregos contra a cidade de Tróia. Acredita-se que a lenda é baseada em fatos verídicos, episódios de uma guerra real entre os gregos do último período micénico e os habitantes de Tróada, em Anatólia, parte da actual Turquia.

HADES
Na mitologia grega, deus dos mortos. Filho do titã Cronos e da titã Réia e irmão de Zeus e Poséidon. Os três filhos uniram-se para derrotar o pai Cronos e, posteriormente, dividiram o universo entre eles; para Hades ficou o mundo subterrâneo. Lá, com sua rainha Perséfone, que tinha sida raptada por ele do mundo superior, erigiu o reino dos mortos.

HARPIAS
Monstros alados com cabeça e peito de mulher, corpo e garras de aves predadoras; na crença popular, eram agentes da vingança divina.

HEBE
Deusa da juventude, filha de Zeus e Hera. Durante muito tempo, desempenhou a função de copeira dos deuses e servia-lhes néctar e ambrósia. O príncipe troiano Ganimedes substituiu-a nesta tarefa. Em outra versão, ela deixou de ser copeira dos deuses quando casou-se com o herói Hércules que acabara de ser deificado.

HÉCATE
Deusa da obscuridade e filha dos titãs Perses e Astéria. Era também deusa da feitiçaria e das coisas ocultas, e era especialmente venerada por magos e bruxas.

HÉCUBA
Mulher de Príamo, rei de Tróia, com quem teve, além de outros 16 filhos, Heitor, Páris e Cassandra.

HEFESTO
Deus do fogo e da metalurgia, filho do deus Zeus e de sua esposa Hera ou, em algumas versões, apenas filho de Hera. Diferente dos outros deuses, Hefesto era manco e desajeitado. Pouco depois de nascer foi expulso do Olimpo. Era o artesão dos deuses, para os quais fabricava armaduras, armas e jóias. Frequentemente, Hefesto é identificado com o deus romano do fogo, Vulcano.

HEITOR
Filho mais velho do rei Príamo e da rainha Hécuba de Tróia, e esposo de Andrómaca. Na Ilíada, de Homero, que narra a guerra de Tróia, Heitor é o melhor guerreiro troiano.

HELENA DE TRÓIA
A mulher mais bela da Grécia, filha do deus Zeus e de Leda, mulher do rei Tíndaro de Esparta. Quando criança foi raptada pelo herói Teseu, que esperou o tempo necessário para se casar com ela, mas foi resgatada por seus irmãos, Castor e Pólux. Mais tarde, sua beleza fatal foi a causa directa da guerra de Tróia.

HELENO
Antepassado dos helenos ou gregos. Era filho de Pirra e Deucalião, os quais, por causa de sua piedade, conseguiram se salvar de um devastador dilúvio que destruiu toda a criação. Acreditava-se que era pai das principais nações da Grécia.

HÉLIO
Antigo deus do Sol, filho dos titãs Hipérion e Téia, irmão de Selene e de Eos, deusa da aurora. Todo dia conduzia seu carro de ouro através do céu, proporcionando luz a deuses e mortais.

HERA
Rainha dos deuses, filha dos titãs Crono e Réia, irmã e mulher do deus Zeus. Era a deusa do matrimónio e a protectora das mulheres casadas. Mãe de Ares, Hefesto, Hebe e Ilítia, costuma ser identificada com a deusa romana Juno.

HÉRCULES
Herói conhecido pela sua força e valor, assim como pelas suas muitas e lendárias façanhas. Hércules é o nome romano de Heracles. Era filho do deus Zeus e de Alcmena, mulher do general tebano Anfitrião. Hera, a ciumenta esposa de Zeus, decidida a matar o filho do seu marido infiel, enviou-lhe pouco tempo depois do seu nascimento duas grandes serpentes incumbidas de matá-lo. A criança, embora muito pequena, estrangulou as duas serpentes. Quando jovem, matou um leão com as próprias mãos. Como troféu dessa aventura colocou a pele da sua vítima como uma capa e sua cabeça como um elmo. Posteriormente o herói conquistou uma tribo que exigia o pagamento de um tributo. Como recompensa, foi-lhe concedida a mão da princesa tebana Megara, com quem teve três filhos. Hera, implacável no seu ódio, fez com que tivesse um surto de loucura durante o qual matou sua mulher e seus filhos. Horrorizado e arrependido desse ato, teria se suicidado, mas o oráculo de Delfos comunicou-lhe que poderia purgar seu crime convertendo-se em servo de seu primo Euristeu, rei de Micenas. Euristeu, compelido por Hera, impôs-lhe o desafio de vencer doze provas difíceis, os doze trabalhos de Hércules.

HERMAFRODITA
Jovem transformado pelos deuses em um ser metade homem e metade mulher.

HERMES
Mensageiro dos deuses, filho do deus Zeus e de Maia, a filha do titã Atlas. Como especial servidor e carteiro de Zeus, usava sandálias e capacete alados e levava um caduceu de ouro, ou vara mágica, com serpentes enroladas e asas na parte superior.

HERMIONE
Filha de Helena de Tróia e Menelau, rei de Esparta. Mesmo estando prometida a Orestes, rei de Micenas, depois da guerra de Tróia Hermione se casou com Neoptólemo, filho do herói grego Aquiles. Depois Orestes matou Neoptólemo e se tornou o segundo marido de Hermione.

HESPERIDES
Filhas do titã Atlas ou de Hesper, a estrela vespertina. Ajudadas por um dragão, as hesperides vigiavam uma árvore com galhos e folhas de ouro, que dava maçãs também de ouro.

HÉSTIA
Deusa virgem do lar, filha mais velha dos titãs Crono e Réia. Presidia todos os fogos dos altares de sacrifício e lhe eram oferecidas preces antes e depois das refeições.

HESÍODO (SÉCULO VIII A.C.)
Poeta que ocupa um lugar excepcional na literatura grega, tanto por seus princípios morais como por seu estilo coloquial. Autor de Os trabalhos e os dias, primeiro exemplo de poesia didáctica, e a Génese dos deuses poema que narra o nascimento dos deuses.

HIDRA
Monstro de nove cabeças que vivia em um pântano perto de Lerna, Grécia. Uma ameaça para todos os habitantes de Argos, tinha um sopro mortalmente peçonhento e quando cortavam uma de suas cabeças, cresciam duas no lugar; a cabeça do meio era imortal.

HIPÓLITA
Rainha das amazonas e filha de Ares. Foi morta pelo herói Hércules quando, como um de seus trabalhos, ele tomou o cinturão que Hipólita havia ganhado de seu pai. De acordo com outra lenda, foi a mulher do herói grego Teseu, com quem teve um filho, Hipólito.

HIPÓLITO
Filho do herói tebano Teseu e de sua mulher Hipólita, rainha das amazonas. Era um excelente caçador e cocheiro, devoto servidor de Ártemis, deusa da caça. Desprezava todas as mulheres e, quando sua madrasta Fedra se apaixonou por ele, rejeitou suas insinuações.

HOMERO
Nome tradicionalmente atribuído ao famoso autor da Ilíada e da Odisseia, as duas grandes epopeias da Antiguidade na Grécia.

ÍCARO
Filho de Dédalo.

IDOMENEUS
Rei lendário de Creta, filho de Deucalião e neto do rei Minos de Creta. Pretendente de Helena de Tróia, foi um dos gregos mais valentes na guerra de Tróia.

IFIGÉNIA
Filha mais velha de Agamenon e de Clitemnestra, que foi sacrificada pelo próprio pai.

IO
Filha do deus do rio Ínaco; de sua união com o deus Zeus, nasceu Épafo, antepassado do herói grego Hércules.

ÍRIS
Deusa do arco-íris, filha do titã Taumante e da plêiade Electra, filha do titã Oceano. Como mensageira do deus Zeus e de sua mulher, Hera, Íris abandonou o Olimpo para transmitir as ordens divinas à humanidade.

ÍTACA
Situada a oeste da Grécia, é uma das ilhas Jónicas. Encontra-se no departamento de Kefallinía (Cefalónia), do qual Ítaca é a capital e principal porto. Acredita-se que poderia ter sido o legendário reino de Ulisses, o herói da Odisseia de Homero.

JASÃO
Filho de Esão, rei de Yolco. Quando Pelias, meio-irmão de Esão, arrebatou-lhe o trono, Jasão, herdeiro legítimo, ainda criança, foi enviado aos cuidados do centauro Quiron. Quando atingiu a idade adulta, retornou à Grécia resolvido a recuperar seu reino. Pelias simulou estar disposto a deixar o trono, porém disse ao jovem que antes deveria empreender a busca do velocino de ouro, que era propriedade legítima da família. Pelias não acreditava que Jasão pudesse sair vitorioso dessa busca nem que retornaria vivo, porém o jovem conseguiu vencer todos os perigos que se apresentaram.

JOCASTA
Mulher de Laio, rei de Tebas, e mãe de Édipo, rei de Tebas. Quando um oráculo predisse que o filho de Jocasta mataria o próprio pai, Laio abandonou o menino em uma montanha.

LAIO
Rei de Tebas, marido de Jocasta e pai de Édipo. Quando o oráculo de Delfos predisse que seu próprio filho o mataria, abandonou o recém-nascido na ladeira de uma montanha. O menino, no entanto, foi encontrado e adoptado por um pastor. A profecia se cumpriu quando Édipo, já adulto, matou Laio sem saber que este era seu pai.

LAOCOONTE
Sacerdote de Apolo ou de Poséidon. No último ano da guerra de Tróia, os gregos fabricaram um cavalo de madeira gigante e ofereceram-no como presente aos troianos. Laocoonte advertiu os chefes troianos para destruírem o presente. Enquanto se decidiam sobre a conveniência de arriscarem-se a introduzir o cavalo na cidade, em função das previsões favoráveis que supostamente estavam associadas a ele, Poséidon, a divindade mais implacável com Tróia, enviou duas horríveis serpentes marinhas que estrangularam-no juntamente com seus filhos.

LETO
Filha da titânida Febe e do titã Ceo, e mãe de Ártemis. Foi uma das muitas amantes de Zeus, que, por temer o ciúmes de Hera, sua mulher, exilou-a quando estava a ponto de dar à luz.

MÁRSIAS
Um dos sátiros. Encontrou a flauta que Atena inventara e que depois abandonaria porque, ao tocá-la, suas maçãs do rosto inchavam e seus traços se deformavam.

MEDÉIA
Feiticeira, filha de Eetes, rei da Cólquida. Quando o herói Jasão, à frente dos argonautas, chegou à Cólquida procurando o velocino de ouro, apaixonou-se desesperadamente por ele. Em troca da promessa de Jasão de uma fidelidade duradoura e de levá-la à Grécia com ele, utilizou seus poderes mágicos para enganar seu pai e obter o velocino de ouro.

MÉMNON
Rei da Etiópia, filho do príncipe troiano Títono e de Eos, deusa da aurora. No décimo ano da guerra de Tróia, levou seu exército em auxílio a Tróia. Lutou valorosamente, mas acabou morto pelo herói grego Aquiles.

MENELAU
Rei de Esparta, irmão de Agamenon, rei de Micenas, e marido de Helena de Tróia.

MENTOR
Velho amigo e conselheiro do herói Odisseu e mentor de seu filho Telémaco.

MIDAS
Rei da Frígia, na Ásia Menor. O sátiro Sileno, grato pela hospitalidade e pelo cortejo com que Midas o havia apresentado ao deus do vinho Dionísio, ofereceu concedê-lo um pedido. O rei pediu que tudo que tocasse se transformasse em ouro, mas logo se arrependeu de seu pedido pois até a comida e a água se tornavam ouro com seu toque.

MINOS
Lendário soberano de Creta. Era filho de Zeus e da princesa Europa. A partir da cidade de Cnossos, colonizou muitas ilhas do Egeu e, em geral, era considerado um governante justo.

MINOTAURO
Monstro com cabeça de touro e corpo de homem. Era filho de Pasífae, rainha de Creta, e de um touro branco. Vivia em um labirinto construído pelo arquitecto Dédalo. O herói grego Teseu foi quem conseguiu matá-lo.

MIRMIDONES
Habitantes da ilha de Egina, no golfo Sarónico, seguidores de Aquiles durante a guerra de Tróia. O nome deriva da palavra grega que significa formigas (myrmêkes).

MISTÉRIOS DE ELÊUSIS
Rituais sagrados das festas religiosas na antiga Grécia, em honra a Deméter e Perséfone, na cidade de Elêusis, perto de Atenas. Muito antes de Atenas alcançar seu esplendor, já se celebravam os mistérios. A iniciação ao sacerdócio era a parte fundamental do ritual. Teodósio aboliu o culto e ordenou o fechamento do santuário.

MNEMOSINE
Deusa da memória. Ela e Zeus eram os pais das nove musas. Foi uma das titânidas, irmãs dos titãs pré-olímpicos, filhas e filhos de Urano e Géia.

MORFEU
Deus dos sonhos, filho de Sonho, deus do sono. Morfeu controlava os sonhos de quem dormia, e também representava seres humanos nos sonhos.

MUSAS
Nove deusas e filhas do deus Zeus e de Mnemosine. As musas presidiam as Artes e as Ciências e acreditava-se que inspiravam os artistas, em especial poetas, filósofos e músicos. Calíope era a musa da Poesia épica, Clio da História, Euterpe da Poesia lírica, Melpómene da Tragédia, Terpsícore da Música e da Dança, Erato da Poesia amorosa, Polimnia da Poesia sagrada, Urania da Astronomia e Talia da Comédia.

NARCISO
Jovem formoso, filho do rei do rio Céfiso e da ninfa Liríope. Devido à sua grande beleza, moças e rapazes apaixonavam-se por ele, que rejeitava todas as insinuações. Entre as jovens feridas pelo seu amor encontrava-se a ninfa Eco. Narciso rejeitou-a e Némesis fez com que ele se apaixonasse pela própria imagem reflectida numa fonte.

NÉMESIS
Personificação da justiça divina e da vingança dos deuses, às vezes chamada filha da Noite. Representava a legítima ira dos deuses contra a arrogância e a altivez, e contra os transgressores da lei; distribuía a boa ou má fortuna a todos os mortais. Ninguém podia escapar de seu poder.

NEREIDAS
Ninfas do mar Mediterrâneo. Eram as 50 formosas filhas de Nereu.

NEREU
Deus do mar, filho do deus marinho Ponto e de Géia, chamado o velho homem do mar. Casou-se com Dóris, filha do titã Oceano, com quem teve 50 belas filhas chamadas nereidas.

NESSO
Centauro que Hércules expulsou da Arcádia.

NESTOR
Rei de Pilos, filho de Neleu e Clóris. Desde pequeno se destacou como guerreiro e participou de muitos dos grandes acontecimentos de seu tempo.

NIKE
Deusa da vitória, filha do titã Palante e do rio Estige.

NINFAS
Divindades menores ou espíritos da natureza, que vivem em arvoredos, fontes, bosques, pradarias, rios e águas do mar, e são representadas por jovens e belas donzelas que gostam da música e da dança.

NÍOBE
Filha de Tântalo e da rainha de Tebas. Seu marido era o rei Anfion. Níobe deu-lhe seis filhos e seis filhas muito belos. Ordenou que o povo de Tebas a cultuasse no lugar da deusa Leto, que só tinha dois filhos. No monte Olimpo, os deuses ouviram suas palavras e castigaram-na matando seus filhos e transformando-a em pedra.

NÓ GÓRDIO
Complicado nó, feito por Gordias, rei da Frígia e pai de Minos. Dizia-se que quem fosse capaz de desatar o difícil nó tornar-se-ia o governador da Ásia. Muitos tentaram, em vão. Segundo a lenda, o próprio Alexandre Magno ( Alexandre o Grande ) foi incapaz de desatar o nó e, assim, cortou-o com um golpe de espada.

OCEANO
Um dos titãs, filho de Urano e Géia. Com sua mulher, Tétis, dominava o Oceano, um grande rio que circundava a terra, que era considerada um círculo plano.

ODISSEU (ULLISSES)
Herói grego, governador da ilha de Ítaca e um dos chefes do exército grego durante a guerra de Tróia. Homero, na Odisseia, narra as aventuras de Odisseu e seu retorno ao lar, dez anos após a queda de Tróia. No início, acreditava-se que fosse filho de Laertes, rei de Ítaca; posteriormente considerou-se Sísifo, rei de Corintos, como seu pai verdadeiro.

OLIMPO
Montanha de 2.917 m de altitude, a mais elevada da Grécia, situada na fronteira da Tessália com a Macedónia, próximo ao mar Egeu. Segundo a antiga mitologia grega, este era o lugar onde moravam os deuses. No cume, ficavam seus palácios, construídos por Hefesto. A entrada para o Olimpo era uma porta de nuvens protegida pelas deusas conhecidas como as Estações.

ORESTES
Filho de Agamenon, rei de Micenas, e de Clitemnestra. Era ainda uma criança quando sua mãe e seu amante, Egisto, assassinaram Agamenon. Quando ficou adulto, vingou a morte de seu pai cometendo matricídio.

ORFEU
Poeta e músico, filho da musa Calíope e de Apolo ou de Eagro, rei da Trácia. Recebeu a lira de Apolo e chegou a ser tão bom músico que não teve rival entre os mortais. É mais conhecido pelo seu desafortunado matrimónio com a ninfa Eurídice. Pouco depois da cerimónia de casamento, a noiva sofreu uma picada de cobra e morreu.

ORFISMO
Na religião clássica, culto místico da antiga Grécia, fundamentado nos escritos do lendário poeta e músico Orfeu.
Segundo os princípios do orfismo, os seres humanos procuram com esforço libertar-se do elemento titânico, ou representação do mal, próprio da sua natureza, e procuram preservar o dionisíaco ou divino, natureza do seu ser. O triunfo do elemento dionisíaco pode ser atingido seguindo os rituais órficos de purificação e ascetismo.

ÓRION
Gigante belo e caçador poderoso, filho de Poséidon e Euríale, a górgona. Depois de sua morte, Ártemis transformou-o em uma constelação.

OS HINOS HOMÉRICOS
Junto à Ilíada e à Odisseia figuram os chamados Hinos homéricos, uma série de poemas relativamente breves que celebram as façanhas de diversos deuses, compostos em um estilo épico similar e também atribuídos a Homero.
Os achados arqueológicos realizados durante os últimos 125 anos, em especial os de Heinrich Schlieman, têm demonstrado que grande parte da civilização descrita por Homero não era fictícia. Os poemas são, de certo modo, documentos históricos, e a discussão sobre este aspecto tem estado presente em todo momento no debate sobre sua criação.


Deus dos bosques, dos campos e da fertilidade, filho de Hermes com uma ninfa. Sendo parte animal, com chifres, patas e orelhas de bode, era uma divindade vigorosa, deus dos pastores.

PANDORA
Primeira mulher sobre a terra, criada pelo deus Hefesto por ordem do deus Zeus.

PARCAS
As três deusas que determinavam a vida humana e o destino. Eram Cloto (a que tecia o fio da vida), Láquesis (a que distribui sortes) e Átropo (a inexorável), que levava as temíveis tesouras que cortavam o fio da vida no momento apropriado.

PÁRIS
Também chamado Alexandre, filho de Príamo e de Hécuba, rei e rainha de Tróia. Uma profecia havia antecipado que Páris causaria a ruína de Tróia, e por isso Príamo abandonou-o no monte Ida. Segundo o mito grego, Páris tinha que decidir qual das três deusas (Hera, Atena e Afrodite) era a mais bela. Segundo a mitologia, este acontecimento fez estourar a guerra de Tróia.

PÁTROCLO
Acompanhou o herói Aquiles, seu melhor amigo, na guerra de Tróia. Morreu nas mãos do capitão troiano Heitor. Para vingar a morte do seu amigo, Aquiles retornou à luta e matou Heitor.

PÉGASOS
Cavalo alado, filho de Poséidon e da górgona Medusa. Nasceu do pescoço de Medusa, depois que ela foi vencida e morta pelo herói Perseu.

PELEU
Rei dos mirmidones de Tessália, filho de Éaco, rei de Egina. Participou da caça ao javali de Cálidon e da viagem dos argonautas em busca do velocino de ouro, mas é especialmente famoso por seu matrimónio com Tétis, uma das nereidas.

PÉLIAS
Filho de Poséidon. Apoderou-se do trono de Iolco, de seu tio Éson, e enviou Jasão, filho e legítimo herdeiro de Éson, a Colquida em busca do Velocino de Ouro, confiando que nunca regressaria.

PELOPSÉ
Filho de Tântalo. Ainda menino, foi morto por seu pai e sua carne foi cozida e servida aos deuses em um banquete.

PENÉLOPE
Filha de Icário, rei de Esparta, mulher de Odisseu, rei de Ítaca, e mãe de Telémaco. Seu marido esteve ausente por mais de 20 anos, como consequência da guerra de Tróia, mas ela nunca duvidou que ele regressaria e se manteve fiel.

PERSÉFONE
Na mitologia grega, filha de Zeus e de Deméter. Hades, deus do mundo inferior, se apaixonou e quis casar-se com ela. Mesmo Zeus dando seu consentimento, Deméter era contrária ao casamento, então Hades raptou-a.

PERSEU
Herói que acabou com a górgona Medusa; era filho de Zeus e de Dânae, filha de Acrísio, rei de Argos.

PÍTON
Grande serpente, filha de Géia, nascida do barro que caiu na terra após o grande dilúvio.

PLÊIADES
As sete filhas de Atlas e de Plêione, a filha de Oceano. Seus nomes eram Electra, Maia, Taígeta, Alcíone, Celeno, Astérope e Mérope.

POLIFEMO
Ciclope, filho de Poséidon, deus do mar, e da ninfa Toosa. Depois da guerra de Tróia, o herói grego Odisseu conseguiu matá-lo.

POSÉIDON
Deus do mar, filho do titã Cronos e da titã Réia, irmão de Zeus e Hades. Marido de Anfitrite, com quem teve um filho, Tritão. Teve numerosos amores, especialmente com ninfas, e foi pai de vários filhos famosos pela sua crueldade, entre eles o gigante Órion e o príncipe Polifemo. Poséidon e a górgona Medusa foram os pais de Pégasos.

PRÍAMO
Rei de Tróia. Foi pai de 50 filhos, entre os quais se sobressaiu o grande guerreiro Heitor, e de 50 filhas, entre elas a profetisa Cassandra. Quando era jovem, lutou ao lado dos frígios contra as amazonas. Nos últimos anos da guerra de Tróia, foi morto por Neoptólemo, filho de Aquiles.

PROMETEU
Um dos titãs, conhecido como amigo e benfeitor da humanidade, filho do titã Jápeto e da ninfa do mar Climene ou de Témis. Prometeu e seu irmão Epimeteu receberam a incumbência de criar a humanidade e de prover aos seres humanos e a todos os animais da terra os recursos necessários para sobreviverem.
Proteu, filho de Poséidon ou seu servente e criador de suas focas. Conhecia todas as coisas passadas, presentes e futuras, mas era capaz de transformar voluntariamente seu aspecto para evitar os que requeriam sua capacidade profética.

QUIMERA
Monstro que soltava fogo pela boca, com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de dragão. Aterrorizou Lícia, uma região da Ásia Menor, mas o herói grego Belerofonte finalmente conseguiu matá-lo.

RÉIA
Mãe dos deuses. Era uma titânida, filha de Urano e de Géia, irmã e mulher do titã Crono, e mãe de Zeus. Durante muito tempo, Crono e Réa governaram o Universo. Na mitologia romana, Réa se identifica com Cibele, a grande mãe dos deuses.

SÁTIROS
Divindades dos bosques e montanhas, com chifres e caudas e às vezes com pernas de bode. Os sátiros eram os companheiros de Dionísio e passavam seu tempo perseguindo as ninfas, bebendo vinho, dançando e tocando siringa, flauta ou gaita.

SELENE
Deusa da Lua, filha do titã Hipérion e da titânida Téia, e irmã de Hélio, deus do Sol. Apaixonou-se pelo jovem pastor Endimião, a quem castigou com um sono eterno para que nunca pudesse abandoná-la.

SÉMELE
Filha de Cadmo e Harmonia, rei e rainha de Tebas. Zeus se apaixonou por Sémele e teve com ela o deus Dionísio.

SETE CONTRA TEBAS
Fracassada expedição contra a cidade de Tebas empreendida por sete chefes e seus seguidores, sob o comando de Adrastro, rei de Argos, e Polinice, filho de Édipo, rei de Tebas.

SIBILA
Qualquer mulher agraciada com poderes proféticos pelo deus Apolo. As sibilas viviam em grutas ou perto de correntes de água e, em estado de transe, faziam suas profecias, habitualmente, em hexâmetros gregos, que eram transmitidos por escrito.

SILENO
O maior dos sátiros, filho de Hermes, ou de Pã, tutor do jovem deus Dionísio.

SIRÉNIOS
Ninfas do mar, com corpo de ave e cabeça de mulher, ainda que desde a Idade Média sejam representadas pela iconografia com cabeça e torso de mulher e cauda de peixe; eram filhas do deus marinho Fórcis. Tinham uma voz de tal doçura que os marinheiros que ouviam suas canções eram atraídos até as rochas sobre as quais as ninfas cantavam.

SÍSIFO
Rei de Corinto, filho de Éolo, rei de Tessália. Sísifo observou como o deus Zeus se encontrava com a bela ninfa Egina e contou a seu pai o que tinha visto. Enfurecido, Zeus condenou-o ao Tártaro.

TÂNTALO
Rei de Lídia e filho de Zeus, matou seu único filho, Pélope; cozinhou-o em um caldeirão e serviu-o num banquete aos deuses; porém, estes perceberam a natureza do alimento e nem sequer o experimentaram. Devolveram a vida a Pélope e resolveram dar a Tântalo um castigo exemplar. Penduraram-no para sempre em uma árvore no Tártaro e foi condenado a sofrer sede e fome angustiantes.

TÁRTARO
A região mais baixa dos infernos. Segundo Hesíodo e Virgílio, o Tártaro é fechado por portas de ferro e está tão abaixo do mundo subterrâneo de Hades quanto a terra está em relação ao céu.

TÉLAMON
Rei de Salamina, filho de Éaco, rei de Egina, e pai do herói e guerreiro conhecido como o Grande Ajax. Ajudou Hércules a matar Laomedonte, rei de Tróia. Outros acontecimentos famosos dos quais participou foram a caçada ao javali de Cálidon e a viagem dos Argonautas em busca do Velocino de Ouro.

TELÉMACO
Filho de Odisseu, rei de Ítaca, e de sua mulher, Penélope. Constante companheiro de sua mãe durante os longos anos das travessias de Odisseu após a queda de Tróia.

TÉMIS
Uma das titânidas, filha de Urano e Géia, mãe das três Parcas e das Estações. Deusa da justiça e da lei divinas, era a companheira constante do deus Zeus e se sentava ao seu lado no Olimpo.

TESEU
O maior herói ateniense, filho de Egeu, rei de Atenas, ou de Poséidon, deus do, mar, e de Etra, filha de Piteu, rei de Trezena. Entre suas aventuras estão o encontro com o Minotauro, a caça do javali de Cálidon e a busca dos argonautas ao velocino de ouro.

TÉTIS (NEREIDA)
Filha das divindades marinhas Nereu e Dóris e a mais famosa das nereidas. Foram seus pretendentes Zeus, o deus supremo, e Poséidon, deus do mar, que lhe comunicaram a profecia de que daria à luz um filho que seria mais poderoso que seu pai.

TÉTIS (TITÃ)
Uma titânida filha de Urano e de Géia. Era mulher de seu irmão Oceano e, dessa união, mãe das 3 mil oceânides ou ninfas do oceano e de todos os deuses dos rios.

TIRÉSIAS
Vidente tebano. Contava-se que a deusa Atena o havia deixado cego porque ele a observou enquanto se banhava, mas que o havia compensado, dando-lhe o dom da profecia.

TITÃ
Nome dado aos 12 filhos de Urano e Géia e alguns de seus próprios filhos. Às vezes chamados de "deuses maiores", foram durante muito tempo os supremos governadores do Universo. Possuíam uma estatura descomunal e uma grande força.

TÍTONO
Filho de Laomedonte, rei de Tróia, e irmão de Príamo, sucessor de Laomedonte. Era amado pela deusa da aurora, Eos, com quem teve um filho, o herói Mêmnon, rei da Etiópia.

TRIPTOLEMUS
Sacerdote de Deméter e fundador dos mistérios de Elêusis, celebrados em honra a essa divindade.

TRITÃO
Benéfico deus dos abismos marinhos, filho de Poseidon, deus do mar, e de sua mulher Anfitrite. Ajudou os argonautas em sua busca ao Velocino de Ouro.

URANO
Deus dos céus, casado com Géia. Era o pai dos titãs, dos ciclopes e dos hecatonquiros, gigantes de cem mãos e cinquenta cabeças. Os titãs, guiados pelo seu soberano, Cronos, destronaram e mutilaram Urano e do seu sangue que caiu sobre a terra surgiram as três Erínias ou Fúrias que vingaram os crimes de parricídio e perjúrio.

VELOCINO DE OURO
O velocino do carneiro alado Crisomalo. O deus Hermes havia enviado o carneiro para resgatar Frixo e Hele de sua madrasta Ino. Muitos anos depois, os argonautas, conduzidos pelo primo de Frixo, o herói grego Jasão, recuperaram o velocino.

ZÉFIRO
Na mitologia grega, deus do vento do Oeste. Era filho do titã Astreu e de Eos, a deusa da aurora. Contava-se que era casado com Íris. Seus irmãos eram Bóreas e Noto, respectivamente deuses dos ventos do Norte e do Sul.

ZEUS
Deus do céu e soberano dos deuses olímpicos. Corresponde ao deus romano Júpiter.
Segundo Homero, Zeus era considerado pai dos deuses e dos mortais. Não foi seu criador; era seu pai no sentido de proteger e ser o soberano tanto da família olímpica, como da raça humana. Zeus presidia os deuses no monte Olimpo, na Tesália.
Zeus era o filho menor do titã Cronos e da titã Réia e irmão das divindades Poséidon, Hades, Héstia, Deméter e Hera.