O substantivo trabalho está associado ao latim vulgar tripaliare, que significa torturar e do latim clássico tripalium, antigo instrumento de tortura.
No início da humanidade quando os homens ainda viviam em igualdade, sem propriedade privada e sem hierarquia econômica, trabalhar era uma atividade de sobrevivência, associada a outras tantas que se desenvolviam naturalmente.
Mas, a partir do momento em que foi criada a propriedade privada e estabeleceu-se uma relação de poder e hierarquia, na qual quem trabalhava não era quem detinha o produto, cada vez mais o trabalho aproximou-se do significado de tortura.
No período escravista, o trabalho, principalmente o manual, era vergonhoso e só deveria ser realizado por escravos, considerados objetos, coisas, das quais se podia dispor como bem quisesse.
Durante a Idade Média, o trabalho passa a ser divulgado como uma forma de alcançar o reino do Céus, Visto que o clero era o intermediário, ao lado da nobreza, entre Deus e os servos, estes deveriam ser submissos às condições que lhes eram impostas.
No entanto, a industrialização e o capitalismo instauraram a idéia do trabalho como uma possibilidade para a ascensão humana, defendendo a sociedade de classes como uma sociedade aberta, na qual as condições de mobilidade do indivíduo dependem única e exclusivamnete dele.
A partir desse momento histórico reestruturam-se as relações sociais: o homem é alienado do produto do seu trabalho, e as condições de trabalho nas oficinas. depois nas fábricas e, modernamente, em todos os âmbitos sociais transformaram-se. O desemprego garante um "exército de reserva" sempre "disposto" a ceder para ficar no emprego.
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